Um amor de outras vidas

6.

Abro os olhos e levanto assustada e meio desnorteada. Percebo que ainda estou na casa da velha senhora.
- O que houve? - Disse eu, ainda meio tonta.
- Você desmaiou. - Ela riu.
- A criatura! Eu a vi, cadê ela? - Olhei para todos os lados.
- Ei... calma, descanse um pouco. Vou lhe explicar. - Disse ela calmamente. E eu novamente apaguei.
Quinze minutos depois, eu despertei e me sentei. Já me sentindo um pouco melhor. E antes que eu falasse alguma coisa, a senhora interrompeu meus pensamentos.
- Eu sei que você está confusa, mas vai ter que me ouvir e tentar compreender. - Disse.
Acho que nem um milhão pegava a cara de espanto que eu fiz quando ela disse essas palavras.
- Aquilo que você recebeu, foi uma entidade. E parece que ela quer lhe dizer algo.
Eu ainda não estava raciocinando, portanto não consegui dizer nenhuma palavra. Então ela continuou.
- Infelizmente, só você pode desvendar essa suposta mensagem. E o máximo de atenção é pouco. Lembre-se: As respostas sempre estarão com você.
Me levantei sem dizer uma palavra. Deixei o dinheiro da consulta sobre a mesa, e me retirei.
No caminho de casa, mil coisas me atormentavam. Mas a principal, era uma estranha presença que eu estava sentindo. Como se eu nao estivesse sozinha. E ao mesmo tempo, não conseguia tirar a estranha anatomia daquele "ser" de minha mente.
Qual seria seu objetivo, afinal?
Eu estava mais confusa do que nunca. Fui em busca de respostas, e voltei com mais questionamentos.