Chapter IX - Come Undone

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Esse capítulo é uma outra versão do momento em que Morgana e Zayn se encontram. O outro capítulo foi apagado e eu espero que vocês gostem dessa nova versão! :P Amo  vocês. xx

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- Você não parece ser do tipo que frequenta feirinhas... – Reprimi um riso ao ver que ele segurava algumas sacolas. Numa delas, inclusive, parecia ter um jarro de flores.

- E o que você sabe sobre mim? – Ele devia ser, pelo menos, vinte centímetros maior que eu. Mudei o peso do corpo para a outra perna. – Que bom que pegou os vinte dólares que deixei cair. – Ele puxou a nota da minha mão e eu soltei um ganido, como se tentasse protestar, o que apenas serviu pra me deixar parecendo ainda mais patética.

- Eu achei esse dinheiro no chão. – Falei, como se obviamente o dinheiro fosse meu.

- Não sei se você cabulou as aulas da escola, mas chamamos de gravidade esse tipo de fenômeno, sabe? O dinheiro cai e, como a gravidade por aqui é zero, ele vai direto para o chão. Simples, não?

- De qualquer forma, eu achei o dinheiro no chão, então ele é meu. – Peguei a cédula da sua mão e enfiei no meu bolso traseiro do jeans. Ele deu de ombros e saiu andando pelo meio da multidão como se nunca tivesse falado comigo, e eu fiquei ali, como uma pateta olhando pro nada.

[...]

- Tia? – Perguntei, enquanto colocava uma caixa imensa de cereais no carrinho de compras. Tia Alice meneou com a cabeça, enquanto conversava com uma mulher morena muito bonita, que parecia muito familiar. Continuei empurrando o carrinho enquanto verificava o que faltava da lista. Senti um cutucão no meu braço e me virei, dando de cara com Lucy e uma menina muito parecida com a nova amiga da tia Alice. Ela tinha o cabelo preso num rabo de cavalo e aparentava ser muito simpática.

- Hey, Mog. Essa é a Waliyha, ela se mudou para cá faz um tempo. Vai estudar com a gente. – Lucy falava com uma rapidez que eu quase nem conseguira acompanhar.Waliyha sorria para mim. Deveria ser uns dois anos mais nova que eu.

- Oi! É um prazer. – Lucy piscou para nós e eu sorri. Logo ela começou a falar novamente.

- Sabia que agora a escola vai usar aquela república lá do campus? Aqueles edifícios com os quartos devem estar cheios de teia de aranha. Não são usados pra mais de vinte anos. – Ela continuava falando sobre o campus e as matérias com Waliyha, que concordava com a cabeça e vez ou outra dava uma palavra ou outra. Ela não parecia se importar com a tagarelice de Lucy.

- Foi bom te conhecer, Trisha. Espero que nos encontremos algum outro dia. – Tia Alice sorria para a moça, que sorriu e acenou para ela. Vi uma silhueta masculina no volante enquanto ela entrava no carro com Waliyha. – Ela tem quatro filhos, meninas. Quatro. Eu tenho dois e para mim parece uma creche inteira.

- Quatro? – Perguntei para não deixar o assunto morrer. Tia Alice virou a chave na ignição e puxou a marcha, dando ré no estacionamento e dirigindo para casa em seguida.

- Quatro. Três meninas e um rapaz. Disse que o garoto é o segundo mais velho. Ela até me mostrou uma foto. Parece ser um bom rapaz. – Ela seguiu falando da moça e seus filhos até entrarmos na garagem, quando tiramos nossos cintos e fomos para a mala do carro, retirar as compras.

- Finalmente vocês chegaram, já estava com fome! – Senti um arrepio percorrer a raiz do meu cabelo até o pé. Eu conhecia aquela voz muito bem.

- Filho, querido! Pensei que não viria. – Tia Alice enchia Dylan de beijos enquanto ele sorria para ela. Nem sequer lhe dirigi o olhar. Tirei algumas sacolas em silêncio da mala e comecei a andar até a cozinha.

- Ei, precisa de ajuda?

- A sua não. – Grunhi entre dentes. Ele estava ali, sorrindo para mim como se nada estivesse acontecido. Como se eu ainda fosse a Morgana dele, a mesma Morgana que montou a casa na árvore e que ele namorou. A garota tímida e boba de quem ele tirou a virgindade, mas não era mais assim. Agora eu via quem ele realmente era: um idiota que só queria se aproveitar de mim.

- O que foi, Morg? – Senti o olhar protetor recair sobre meus ombros quando Lucy entrou na cozinha. – Algum problema?

- Não. Obrigada. – Respondi, deixando as sacolas na mesa. Logo meu tio e meus pais entraram pela porta, preenchendo o cômodo com uma conversa animada.

- Quando isso fica pronto, Alice? – Meu tio perguntou e minha tia bateu nele de leve, rindo.

- Eu mal cheguei, homem! – Ajudei-a a desempacotar as compras e guardá-las, com um sorriso bobo. 





Tenerife Sea || Zayn Malik ffOnde histórias criam vida. Descubra agora