Capítulo 3

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  DOIS MESES E MEIO DEPOIS:

      Depois daquele dia no jardim com Nícolas eu só o vi uma vez, que foi quando ele estava voltando para seu reino.
E agora, bom, agora estou me olhando no espelho, toda vestida de branco. Um lindo vestido, mas eu acho que eu deveria estar usando preto, para o enterro da minha possível felicidade e dos meus sonhos.

     Meu vestido é lindo, admito. Decote coração (não muito grande), colado em cima e bem rodado em baixo. Meu cabelo está em uma trança embotida de lado. Meu véu foi amarrado com minha coroa, ele é enorme, e eu o amo.
Minha maquiagem não foi algo exagerado. Cílios postiços, base, lapís de olho no lado, e como eles olhos são azuis ficaram lindos.

Ouvi batidas na porta e mandei entrar.

    — Aí, gatinha. Como você está linda — disse o Berry entrando no meu quarto.

    — Obrigada, gato — disse eu com a voz rouca.

    — Ei, não fica assim não. Vai dar tudo certo. Qualquer coisa me avisa que eu meto a mão na cara daquele princepizinho — disse me fazendo rir.

   — Mas se você fizer isso irá levar pena de morte — eu disse.

  — Não me importo — ele deu de ombros — Agora vamos.

     Eu enganchei meu braço no seu e nós seguimos.
Chegamos em frente as portas onde meu pai me esperava. Eu já não estava mais me importando em os criados nos verem juntos. Em algumas horas eu já nem moraria aqui mais.

  — Vamos, filha? — perguntou meu pai estendendo o braço para que eu enganchasse o meu.

  — Vamos — falei e enganchei-me braço no dele.

      As portas abriram-se e nós entramos.
Ele me esperava no altar. Alto, cabelos loiros e mesmo pelo seu terno preto dava para perceber seu tórax bem definido.
Eu andava o mais devagar possível, mas cheguei lá, e meu pai me entregou para o Nícolas.
A cerimonia passou mais devagar impossível.

  — Então, Nícolas Müller, aceita Mia Lancaster, do reino de Pluton, como sua legítima esposa? Para amá-la, respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, reinando ao seu lado até o fim, até que a morte os separe? — perguntou o padre.

  — Aceito — respondeu por fim do jeito mais frio possível.

  — Mia Lancaster, aceita Nícolas Müller, do reino de Listem como seu legítimo esposo? Para amá-lo e respeitá-lo na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, reinando do seu lado até o fim, até que a morte os separe? — perguntou o padre para mim.

  —  Aceito — lágrimas quiseram cair, mas eu as segurei.

  — Então eu vos declaro marido e mulher — disse ele e nós botamos as alianças um no outro — Agora pode beijar a noiva — ele disse e meu coração disparou.
O Nícolas virou-se para mim, e aqueles lindos olhos verdes me hipnotizaram, então ele me deu um simples selinho.

Depois da coroação, eu, Berry e Nícolas estávamos em nosso avião indo para Listem.

      Pois é, agora eu sou Mia Lancaster Müller, rainha de Listem, esposa de Nícolas Müller, rei de Listem.

Digamos que isso ainda soa estranho para mim.

Finalmente, chegamos. Berry foi para seu quarto, e eu e Pedro fomos para o nosso.

Chegando lá ele fechou a porta atrás de si e ficou me olhando até que disse:

  — Agora, vamos as regras — disse e eu o olhei confusa — Primeiro: você nunca poderá olhar diretamente pra mim a não ser que eu mande. Segundo: você nunca poderá dirigir a palavra a mim a não ser que eu mande. Terceiro: você deve me chamar de senhor. Quarto: você deve-me obediência sempre. Quinto: você nunca pode beber. E sexto: você deve usar apenas roupas escuras — disse ele e eu o olhei incrédula

  — Você é meu marido e não meu dono, sabia?

  — Isso me torna tecnicamente seu dono — disse ele.

  — Eu olho pra você quando eu quiser, eu vou dirigir a palavra a você quando eu quiser, vou te chamar como eu quiser quando eu quiser, e usar roupas claras como sempre usei! — eu já estava ficando irritada. Ele não quer ser um marido apaixonado e carinhoso? Tudo bem, mas não vem agir comigo como se eu fosse uma cadela.

Quando eu pude perceber estava prensada na parede, meus braços estavam presos pelas mãos dele ao lado da minha cabeça.

  — Você irá aprender a me obedecer por bem ou por mal — ele estava perto o suficiente do meu rosto para eu poder sentir o cheiro do cigarro caro dele.

  — Você não é o meu dono! — berrei e ele me jogou no chão.

  — Você escolheu o jeito difícil. Agora tire a roupa —  eu o olhei sem entender — Agora! — o grito que ele deu por último fez eu me arrepiar. Fiz o que ele mandou e deoois de um minuto ele voltou com um cinto na mão.

  — Fique de quatro — eu não queria fazer aquilo, mas comecei a ficar com tanto medo daquele homem que estava ali comigo que eu fiz o que ele mandou.

       Deu-me umaS 17 cintadas na bunda, e, meu Deus, como aquilo doeu.  Meu pai e minha mãe nunca haviam encostado um dedo em mim, e agora estava apanhando do meu marido.
Ele parou e saiu, eu fiquei uns 15 minutos no chão sem parar, então eu resolvi tomar um banho de banheira. Entrei no banheiro, botei a banheira pra encher e tranquei a porta.

        Minha bunda doía, minha cabeça doía, minha alma doía e minha dignidade também. Eu estava com tanta raiva dele que às vezes, coisas que nunca sequer tinham passado rapidamente na minha cabeça passou em menos de uma hora.

      Depois de uns 20 minutos no banho, resolvi sair, mas tinha esquecido de pegar uma roupa, então sai enrolada na toalha.
Achei que quando saísse do banheiro estaria sozinha mas me enganei, o Nícolas estava lá. Aquele homem terrivelmente insuportável e bonito ao mesmo tempo.

     Ele estava lá sentado na cama gigantesca do nosso quarto e eu estava apenas de toalha, e o medo do que ele poderia fazer comigo me assustou muito. Eu passei por ele e fui em direção as minhas roupas. Peguei-as e fui em direção ao banheiro, mas ele se levantou e me segurou pelo braço.

   — Não me olhe — disse, foi ai que eu me toquei que olhava diretamente para seus olhos. Baixei o olhar e ele continuou — Troque-se aqui, na minha frente — eu o olhei novamente e recebi um tapa forte no rosto.

       Ele me jogou no chão e tirou minha tolha, eu peguei minhas roupas rápido e comecei a colocá-las, mas ele me parou.

  — Tarde demais — ele me jogou na cama, pegou uma algema e me algemou na cabeceira da cama.

      Eu estava assustada, mas lembrei de não olha-lo nos olhos.
      Ele apertava minha coxas e dava tapas fortes o suficiente para me dar a certeza de que ficariam marcas depois.
Eu me mexia como se de alguma forma isso fosse fazer eu conseguir fugir dali, mas não iria; meus pulsos doiam por causa das algemas e de como eu me mexia.
    Então, ele entrou dentro de mim e eu chorei muito, chorei pela dor, por como aquilo havia acontecido. Cada movimento que ele vazia me machucava, não pelo fato de estar perdendo a virgindade, mas pelo fato de que eu era praticamente uma submissa, um lixo na vida dele, e seria assim pro resto da vida!

      Ele parou e deitou-se ao meu lado, virou para o outro lado e dormiu, eu me virei para o outro lado também mas fiquei mais umas 2 horas acordada chorando. Eu não conseguia entender como ele conseguia dormir depois de ter estuprado sua mulher.

A Prometida - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora