Capítulo 8

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       Eu não acredito que mesmo depois de eu ter dito que estava apaixonada por ele, ele acabou me deixando ir embora, e, sinceramente nem eu acredito que eu disse aquilo.
Eu decidi vir para um hotel bem reservado aqui em Listem. Estou pensando ainda em como eu vou fazer, mas uma coisa eu sei, eu devo é parar de chorar por aquele infeliz.
        Desde que eu sai de lá, as únicas pessoas que sabem onde eu estou são a Carly, o Berry e o Michael. O Nícolas não tentou me seguir no dia em que eu fui embora, mas depois de dois dias que percebeu que eu realmente não iria voltar começou a me ligar desesperadamente, mas eu não atendi e nem respondi nenhuma de suas mensagens, não vou fazer isso. Ele deveria ter pensado nisso antes de me deixar ir embora.

     Tudo o que eu sinto pelo Nícolas eu acho que é amor, sinceramente não sei, porque nunca havia sentido isso antes, é tudo tão confuso. Todas às vezes que ele falava comigo me causava arrepios intensos, eu me sentia tensa. Toda vez que ele me dirigia a palavra educadamente eu ficava com um sorriso interno bobo, de tanta felicidade. Muitas vezes, eu me corroída de ciúmes dele com aquela cobra, mas não demonstrava porque seria extremamente desnecessário, e porque eu não queria que ele soubesse o que sinto.
E, mesmo aquela megera ter tentado matar meu bebê, eu ter revelado meus sentimentos por ele e ele não ter mandado ela embora, eu continuo amando ele, continuo a sofrer por ele.

      Hoje faz exatamente uma semana que eu sai de lá, e nessa uma semana Michael veio fazer exames em mim, disse que eu estava com um mês e meio e que só poderíamos saber o sexo do bebê aos 3 meses.
      Confesso que estou muito ansiosa, e comecei a conversar com o bebê sozinha. Louco né? Eu não acho.
Agora, mesmo que eu tenha meus amigos, o bebê é a única pessoa que vai estar sempre comigo, e eu não me sinto uma louca por falar com ele ou ela, bem pelo contrário, eu me sinto segura de alguma forma. Sei que eu não queria esse filho, mas agora é a única coisa que eu tenho, e eu já o amo tanto.
       Pra mim ainda é estranho quando alguém diz que eu vou ser mãe, ou até o fato de eu ser responsável por outra vida; bom, pra ser sincera, eu acredito que tudo na vida tem um porquê, e espero que esse meu porquê me faça feliz.

    — Vai dar tudo certo bebê, a mamãe vai estar sempre aqui — falo alisando minha barriga e me assusto com a campainha tocando.

    Levanto e vou até a porta, e  quando abro me assusto ao ver o Nicolas com uma caixa de bombom e um buquê, fico comovida, admito, mas tento ser o mais fria possível.

  — O que você faz aqui?

  — Mia, eu quero conversar.

  — Já conversamos o suficiente na minha opinião — falei ríspida.

   — Não, você falou, eu ouvi e acabei não falando nada, por favor, me escute — pediu.

   — Você ouviu? Jura? Pelo jeito entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Não quero ouvir suas desculpas — uma lágrima teimou em descer pelo meu rosto, mas eu a segurei.

    — Mia, eu te peço, me deixe entrar. Me deixe falar tudo o que eu preciso falar, só isso, por favor — eu queria deixar, eu queria ouvir, e o meu coração teimava com a minha cabeça, e eu precisei seguir o coração.

   — Tudo bem, você tem apenas dez minuto.

   B Ele entrou, fechou a porta e largou as coisas que havia trazido em cima da mezinha.

   — ode falar— eu pude ver nervosismo em seu olhar.

    — É...é... eu não acho justo você me mandar escolher entre você e ela — fechei os olhos e suspirei alto. Eu achei que fosse ser diferente dessa vez.

  — Tudo bem.

   — Tudo bem? — acenei positivamente — Mas, o que você quer dizer com "tudo bem"?

A Prometida - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora