20-Not a good morning

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Sou meia acordada por uns risinhos. Não sei quem é mas podia rir-se mais baixo.
- Riam-se mais baixo que a gerência agradece. - digo com a minha voz rouca e sonolenta, sem nunca abrir os olhos.
De repente sou acordada completamente com água fria, que alguém me atirou à cara. Quem foi tem desejos de morrer só pode!
- Quem se atreve a interromper meu sono? - pergunto tentando abrir os olhos.
- Nós! Sabes vingança é um prato que se serve frio! - dizem toda a gente que se encontrava no quarto ontem há noite! Que lindo até combinaram o que iam dizer. Que fofos! Ide morrer todos bem longe de mim e deixai-me dormir, pequenas criaturas do submundo.
- Era para começares bem o dia, por isso, bom dia raio de sol. - disse Louis, aquele esstupido.
- Eu vou-vos matar a todos e além disso eu não fui culpada de tudo o que vos aconteceu enquanto dormiam. O Louis também ajudou e muito se querem que vos diga. Já se vingaram dele também, só por acaso?
- Não mas porque não conseguimos. Ele acordou primeiro que todos, por isso não deu. - explica o Niall.
- Ohhhh que pena! Mas isso pode-se tratar, mesmo estando ele acordado. Só temos de apanha-lo desprevenido! - digo eu já a fazer os meus planos maquiavélicos, concebidos pelos deuses.
- Uuhh que medo que eu fiquei assim de repente. - troça o Louis, mas não devia muahahah, riu-me mentalmente.
- Mas devias! - dizem a Márcia e a Andreia ao mesmo tempo assustando os pobres rapazes.
- Eu conheço aquele olhar. - afirma a Márcia.
- E nada de bom vêm com aquele olhar. - completa a Andreia, o pensamento da Márcia.
- Okay se calhar agora fiquei com um bocadinho de medo. - diz o Louis.
- Bem eu adorava ficar aqui e completar os meus planos maléficos, mas não consigo pensar devidamente com fome. Por isso vou lá abaixo, alguém quer que traga alguma coisa para comer? - pergunto amavelmente.
- Sim trás tudo o que puderes. - responde o Niall, instalado a gargalhada pelo quarto todo.
- Okay Niall. Até já e tentem não fazer mais asneiras!
Saio do quarto e fecho a porta, desço as escadas e sigo o meu rumo em direção à cozinha.
Chegando ao meu delicioso destino, pego numa saca e começo a por tudo o que consigo encontrar, pois isto está uma confusão pior que na lixeira municipal, não sei quem é que vai limpar, mas uma coisa é certa, não sou eu. Depois da árdua tarefa de encontrar mantimentos, neste pardieiro retomo o caminho de volta para o meu acolhedor quarto onde se encontra pessoas esfomeadas, como eu. Mas sou interrompida, a sério que este tinha de me aparecer à frente? Que sorte que eu tenho!
- Ora, ora. O que é que temos aqui? - pergunta ironicamente.
- Comida. - digo apontando para o saco. - Mas nenhuma é para ti. Acho que já comeste demasiado ontem! - e ele percebe exatamente o que eu quero dizer.
- Oohh isso é tudo ciúmes?? Para a próxima como-te, para não ficares assim! - ai meu Deus, ele é tão convencido! - Se bem que não te podes queixar muito queno Louis também não é assim muito mau de se comer. Claro que não é como eu, mas dá para remediar. - e eu acho que daqui um bocado os meus olhos saem das órbitas de tanto rolarem!
- Olha ainda bem que ele não é como tu, Harry! Pelo menos dá para ter uma conversa racional, divertida sem ter de lidar com estes joguinhos.
- Não tenho culpa, tu é que complicas tudo, tal como todas as gajas. Para mim era muito simples, o que eu quero é só fisico. Porque é que vocês tem de por sempre os sentimentos em tudo? - diz ele aproximando-se demais para o meu gosto. Será que ele percebe o que é espaço pessoal??
- Desculpa se temos valores éticos e morais que nos fazem racionalizar e intelectualizar, cada das nossas ações. Mas o teu problema é muito fácil de resolver, se o queres é físico então é por essa mesma razão que as prostitutas existem! Agora se me dás licença tem algo melhor para fazer se não gastar o meu latim com um egomaníaco que não sabe ver para além das suas próprias necessidades! Só um conselho, se continuares assim vais perder os que mais gostam de ti por causa das tuas maneiras egoístas. Despois, não digas que não te avisei. - digo virando-lhe as costas. Meu Deus ele tira-me do sério, parece impossível.
Vou a subir as escadas, quando sou parada pelo outro ser que não queria ver nem pintado, mas sabia que mais cedo ou mais tarde tinha de o ver.
- Ouve nunca mais faças uma dessas ou eu faço com que te expulsem, a ti e as tuas cadelas, da minha casa, sim ouviste bem, minha e só minha. - diz ele com uma certa agressividade, tem calma moço, ser assim tão agressivo logo pela manhã deve fazer mal e eu não quero que te dê uma coisinha má.
- Estás a falar do quê, mais propriamente?
- Não testes a minha paciência que ela está a chegar ao fim. Estou a falar de tudo. Para a próxima mantém-te bem afastada da minha festa. - diz ele aproximando-se demasiado. Mas será que ninguém, nesta terra, sabe o que é espaço pessoal? - E além disso o que é que a Andreia ia dizer, ontem à noite?
- Ela queria dizer o que queria dizer mas não disse. - respondone ele fica com cara de parvo, quer dizer cara de ainda mais parvo.
- Mas que raio? O que é que vocês sabem e eu não?
- Nós sabemos o que tu não sabes! - digo gostando deste jogo.
- Para com as respostas evasivas! - diz ele visivelmente irritado. Será que agora transforma-se no Hulk?
- Filho tu é que sabes o que fizeste, devias arcar com as consequências das tuas acções.  - digo já a passar-me com a burrice dele.
- Mas o que eu fiz não tem consequências.
- Isso é o que tu pensas. Olha já disse mais do que devia. Fica na ignorância que lá é que estás bem. - digo virando as costas e indo em direção ao meu quarto.
Eu sabia que ser acordada assim ia fazer que eu não tivesse um bom dia. Vamos ver se o dia continua a ser assim.

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