28-Awkward!!

14 1 0
                                    

- Inês, ouviste o que eu disse?! - pergunta ele tentando despertar-me do meu transe, passando a sua mão em frente dos meus olhos.

- S... Sim... Ouvi. Eu sinceramente não tenho nenhuma desculpa ou uma razão para ter fugido. Eu apenas estava com medo de como ias reagir, na noite anterior já me tinhas mostrado tantas facetas tuas, o multi milionário playboy, o Harry fofo e carinhoso, o Harry rezingão e mandão, o Harry criança, o Harry perverso, o Harry que precisa de alguém lá quando tem pesadelos. E eu apenas não sabia com o quais dos Harrys teria de lidar de manhã.

- Pois mas fez-me sentir usado, como provavelmente as raparigas com quem durmo se sente ao acordar. Senti-me mal e decepcionado por não te ver lá. - diz ele com um sorriso triste, que me parte o coração.

- Eu lamento imenso se te fiz sentir assim, não era essa a minha intenção. - digo, olhando bem nos olhos dele, tentando transmitir o quanto arrependida eu me encontrava. - Como posso te posso recompensar?? E não leves para o lado perverso. - ele ri-se com o meu último comentário e eu sorriu.

- Podemos começar de novo. - sugere. - Um novo encontro, talvez?

- Sim, parece-me bem.

- Ótimo. Deduzo que hoje queiras estar com a tua família e assim, que tal amanhã as 19:00??

- Sim pode ser. Aonde vamos??

- Ahahah. Sei o lugar perfeito para um novo começo, e algo me diz que vais gostar. Mas para já é segredo. Amanhã irás descobrir. - dito isto, dá-me um beijo na minha bochecha (não era propriamente aí que eu queria que ele me beijasse mas por agora serve) levanta-se e diz que tem que ir embora preparar as coisas para a nossa saída.

Depois disso, decido ir jogar as escondidinhas com o Tobias, Louis e Liam.

Foi uma tarde bem passada. E uma noite também, finalmente sentia que fazia parte de uma família normal, embora disfuncional ao mesmo tempo.

Quando cheguei à minha querida e adorada caminha dei graças por dormir aqui e não, dormir enfiada numa cela. Se bem que não conseguia dormir muito bem pois estava entusiasmada pelo encontro de amanhã. Mas o cansaço leva a melhor e adormeço.

Acordo com o som do meu telemóvel a dizer que alguém ne estava a ligar.

Era a minha mãe.

- Tu vais para a prisão e não me dizes nada?? - diz ela num tom que parece estar a gritar para alguém que acabou de acordar.

- Não foi nada de especial e não sei se cabia a mim contar-te pois, originalmente, foi um problema do pai que eu resolvi, digamos, que me levou para a cadeia, mas já estou em casa sã e salva.

- O teu pai ainda não falou comigo mas é o que vai fazer assim que acabarmos de falar.

- Porque é que não vens cá? - pergunto,apanhando-a desprevenida antes que comece com o seu sermão.

- O que é que eu iria fazer aí?? - pergunta meio atônita.

- Garantir que eu estou bem, respirar novos ares, porque não sei se faz sentido tu estares aí, pois acho que tens mais motivos para vires para cá do que razões para ficares.

A linha fica surda durante bastante tempo. Até penso que ela tenha desligado a chamada.

- Tens razão mas custa-me deixar aquilo que batalhei durante anos e anos para conseguir ter para depois ver tudo o que conquistei a escapar-me por entre os dedos. E além disso onde é que ficaria?? Não tenho dinheiro para viajar e muito menos para gasta-lo num hotel qualquer.

- Não sejas tonta. Ficarias aqui eu tenho a certeza que o pai não se importa nadinha. Enquanto ao resto eu não estou a dizer para deixares tudo ai e vires a correr para aqui. Encara isto como umas férias, apenas. E eu sei que tens dinheiro guardado para a eventualidade de eu ir para a faculdade mas como já tenho tudo pago podes usar esse dinheiro.

- Fazes um bom argumento. Vou pensar nisso seriamente. Mas espera aí, como assim o teu pai não se importa que eu fique aí ele já se esqueceu que tem mulher??

- Não se esqueceu mas tenho a certeza que isso não será um problema. Apenas fala com ele.

- Está bem vou falar. Beijinhos meu amor. Eu amo-te.

- Eu também te amo mamã.

Dito isto vou tomar o pequeno almoço/almoçar.

Seguidamente, estou com a Márcia e com a Andreia a falar de tudo e de nada, os assuntos variavam entre o que estava a dar na televisão até aos nossos encontros. A Andreia ia ao cinema com o Niall, enquanto o Theo ia fazer uma maratona de uma série qualquer em conjunto com a Márcia.

Depois fui arranjar-me para o meu encontro e decidi levar uma roupa casual pois não fazia a mínima ideia do que me esperava.

Ouve-se a campainha a tocar e eu vou abrir a porta, mas era o Niall e a Andreia foi para o seu encontro.

Dez minutos depois ouve-se o mesmo som e desta vez é o Harry.

- Estás muito bonita. - diz ele e dá-me um beijinho na bochecha e retribuiu o gesto e o elogio.

Ele abre a porta do carro e eu sento-me.

- Eu pensei en fazermos um pequeno jogo enquanto conduzo. - propõe ele ligando o carro.

- Depende do jogo.

- É um jogo de perguntas, onde eu faço uma pergunta e tu tens de responder verdadeiramente, independente de que tipo de pergunta for e vice versa. - explica ele. - Para conhecermos melhor.

- Está bem. - digo. - Podes começar. Faz-me uma pergunta.

- O que é que pensas de mim?? - pergunta e o meu coração pára. Não estava mesmo nada à espera dessa pergunta.

- Eu... Eu... Eu não sei bem o que pensar. Penso...

- Podes dizer sem receios. Eu prometo não ficar chateado.

- Não sei bem é difícil de explicar. Penso que és um dos deuses do Olimpo - e neste momento ele risse. - penso também que és um cordeiro vestido de lobo, pois pões essa máscara de bad boy enquanto eu sei que não és assim. E acho que isso resume aquilo que eu penso sobre ti.

- Dá para ter uma ideia. Pelo menos não foi pior que eu pensava.

- Como assim?? O que é que tu pensavas que eu pensava sobre ti?? - pergunto.

- E já gastaste a tua primeira pergunta. - diz ele a rir-se. - Não sei, acho que genuinamente acreditavas naquele ato de menino mau e acho que até estou aliviado por não pensares assim.

- Oki isso é bom, acho eu. Estou a gostar deste jogo. Próxima pergunta.

- És virgem??

Broken TrustOnde histórias criam vida. Descubra agora