Capítulo 4 - Analisando escravos

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Depois do grito de dor do homem acorrentado, a administradora saiu da frente e os homens a serem caçados começaram a correr para dentro da floresta. Alguns, querendo dar passos maiores que o elástico permitia, caíram com o rosto no chão. Como era elástico preso aos pés, ele estava bem fixo, sendo amolecido com o andar, com o abrir e fechar de pernas. Alguns homens entenderam isso e começaram a correr quase andando, e depois começaram a abrir mais as pernas, forçando o elástico a se esticar, mas outros já quiseram abrir as pernas de primeira, e acabaram caindo. Depois das gargalhadas do público eles levantaram-se novamente e continuaram atrás dos que entraram primeiro floresta a dentro. Quinze minutos depois as caçadoras foram atrás: Com vontade de tacar aqueles dardos em cheio neles.

Quando todos os de direito entraram na floresta e aquela administradora saiu, o estádio ficou vazio no centro. Então era a hora de começarem as outras atrações: Era a apresentação de escravos para troca e venda na pista de desfile que já estava montada.

Acontecia o seguinte: Os escravos eram distribuídos para as senhoras, mas por vezes elas desejavam trocar alguns ou comprar mais algum, ou apenas vender um. Às vezes acontecia de, por exemplo: Um massagista não massageava direito, então sua dona não o queria mais, e normalmente, depois de maltratá-lo muito, o trocava por outro, ou o vendia.

Acontecia de algum escravo não saber obedecer ordens, e sua dona não o queria entregar de volta para o Centro de Treinamento, pois ficaria sem um escravo por meses, até que ele voltasse melhor adestrado. Então o trocava por outro, se alguma dona o quisesse. Normalmente isso era feito de forma simples, utilizando apenas alguns papéis de troca, algumas assinaturas em cartório e duas ou três testemunhas presentes. Mas como a ilha estava em tempo de festa, resolveu-se fazer de forma pública.

Então subiu a primeira leva: Três escravos, totalmente depilados, musculosos, com pernas e mãos algemados a sua frente, ligados a algema de seu pescoço, vestidos apenas com o cinto de castidade, queimados pelo sol. As mulheres gritaram de felicidade.

Outra administradora subiu na pista, e com o microfone mostrou:

- Escravo um, escravo dois e escravo três!

Como o escravo dois era o mais musculoso e aparentemente o mais sexy, quando ela o apresentou, as mulheres enlouqueceram no estádio: Gritos de loucura. Parecia que todas o queriam como escravo. A administradora as tentou acalmar:

- Tenham calma senhoras! Tudo há seu tempo!

Ela apontou para o primeiro escravo e disse:

- Este aqui começa com trinta Unidades!

(Unidade é a moeda da ilha)

Uma mulher do estádio levantou uma placa. A administradora disse:

- Uma mulher o compra por trinta Unidades! Alguém dá trinta e cinco?

Outras mulheres levantaram suas placas.

- Trinta e cinco. Alguém dá quarenta?

A primeira levantou novamente, juntamente com outras:

- Quarenta. Alguém dá cinquenta?

Outras mulheres levantaram as placas.

A administradora ordenou:

- Escravo, venha aqui na frente! - e o escravo obedeceu, indo para frente da pista - Comece a se mostrar para uma de suas futuras donas! - e ele começou a se mostrar, ficando de costas, mostrando os músculos, levantando um peso posto ali anteriormente. As mulheres iam a loucura com gritos.

- Cinquenta. Alguém dá cinquenta e cinco?

Outras placas levantadas.

- A história desse escravo é a seguinte: - contou a administradora - Ele era um puxador de carroças que deixou sua dona escorregar e cair. Depois dela o chicotear todos os dias, por um mês, ela o quer vender aqui, neste posto. Ele poderá servir como cachorro de madame, como móvel de sua casa: Estante, cadeira, centro, estátua. Como massagista ele não foi treinado, mas nada que o Centro de Treinamento não dê jeito! Sessenta?

Outras placas levantadas, menos que no começo, mas ainda havia.

- Olhem as pernas dele senhoras! Quem não gostaria de chicotear estas pernas? Quem não gostaria de ver este homem de joelhos lhe implorando por sexo! Sessenta e cinco?

Duas placas levantadas agora.

- Setenta?

As duas mulheres se olharam... Elas levantaram as suas placas novamente.

- Começou a disputa! - e as mulheres do estádio riram - Setenta e cinco pelo homem das pernas malhadas!

As duas levantaram novamente, sorridentes.

- Oitenta por estas pernas de joelhos!

Elas hesitaram: Pareciam estar pensando.

- Oitenta por estes músculos! - e andou para perto do escravo, desferindo alguns tapas em seu peito. Depois o alisando - Estou alisando e estou gostando: A peça é boa!

Todas riram.

- Oitenta por estes glúteos! - e beliscou a bunda do escravo. Que deu um pulo de susto.

Uma mulher levantou a placa.

- Oitenta e cinco? Alguém? - nenhuma mais levantou - Oitenta e cinco? - insistiu a administradora - Uma... Duas... Três! Vendido para a senhora por oitenta Unidades!

E todas as mulheres aplaudiram. A nova dona do escravo desceu da arquibancada e foi ao encontro de seu servo. Assinou ali na frente de todos os papéis e já ordenou que outros escravos o levassem para sua nova casa. Depois de ser aplaudida, retornou ao seu lugar, para assistir e participar novamente as outras vendas.

As vendas de escravos aconteceram com estes três e depois com mais três. Então foi dado um tempo de pausa para os espetáculos, para todas saírem e se dispersarem um pouco.

Nesse tempo duas mulheres entraram no estábulo e deixou na frente de cada um de nós dois baldes: Um com água e outro com ração. Elas tiraram nossas mordaças e informaram:

- Vocês têm dez minutos para beber água e comer. - e nos observavam, para que não conversássemos um com o outro.

Legenda da imagem: Alguns escravos, quando fazem mal seu trabalho, são vendidos ou trocados por outros escravos, dependendo da vontade de sua dona.

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