Capítulo 1 - Crowd of monsters

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Naquele momento, eu só ouvia meus pensamentos, estava tudo em silêncio quando observava minhas amigas sendo levadas pela multidão e monstros horripilantes correndo por todos os lados, eu tentei puxa-las, mas o fluxo estava mais forte.
Estava solta no meio da multidão, sem reação, eu sei que disse que seria legal, estou assustada com a reação de minhas amigas, como elas deveriam estar? Cada segundo eu ficava mais tonta com o tanto de gente que tinha ali, não sabia para onde correr, nem se deveria. Meus olhos começaram a se fechar, eu tentei ter forças para sair dali. Quando eu estava quase chegando em meu limite, vi um cara com máscara de vampiro, vindo me ajudar, ele pegou em minha mão e me puxou para fora, em seguida me levou a um corredor bem longe das pessoas.
- Você ta bem? - perguntou ele
- Eu acho que si... - quando fui terminar a frase, desmaiei.

Estando desmaiada, eu só conseguia pensar em como minhas amigas estavam, e como vou acha-las. O que elas deveriam estar passando. Espero que não aconteça nada com elas.
Flashes preenchiam minha cabeça, todos aqueles bichos correndo, as pessoas nada contentes, minhas amigas tentando se segurar uma nas outras. O desespero no olho de cada um. Foi horrível.
Abrindo meus olhos lentamente, a primeira imagem que eu tive, foi de pés embaçados, e uma luz forte iluminando o lugar, que por sinal havia mais gente. Ouvi o homem Vamp falar em um tom mais alto "Ela ta acordando". Coloquei as mãos nos olhos, aquela luz doía. Ele se abaixou e colocou a mão no meu ombro "Você ta bem?" perguntava ele, mas não conseguia o responder, fiz um "Sim" com a cabeça.
- Podem voltar, eu fico com ela - disse ele.
- Aonde.. Eu to? - perguntei me levantando de vagar.
- No camarim. - disse ele calmamente enquanto eu me sentava no colchonete.
- Quanto tempo eu fiquei...?
- Inconsciente? Uns 15 minutos.
- Que droga. - olhei em volta, apenas vi a máscara dele jogada em um sofá preto, maquiagens, secadores, chapinhas, espelhos, tudo, menos minha bolsa.
- O que procura? - perguntou ele, com uma voz calma
- Minhas coisas.
- Está aqui, não se preocupe.
- Como eu vim parar aqui?
- Eu te trouxe.
- Como?
- Peguei no colo... Tem algum problema?
- Não, obrigada... Por me ajudar.
- Não há de que.
- Acho que eu vou...
- Ainda tem multidão lá fora.
- Quanto tempo esse negócio demora?
- Não sei - disse ele rindo
- Você não trabalha aqui?
- Meu pai me pediu para fazer parte desse show.
- Ele é algum funcionário? - perguntei
Ele riu.
- É... Tipo isso. - disse ele parando de rir lentamente.

Como eu já estava completamente consciente, e capacitada de olhar para um lugar mais iluminado, arrisquei olha-lo. Deslizei meus olhos pelos seus cabelos castanhos levemente com gel, raspado dos lados, extremamente brilhoso. Desci os olhos para os seus, olhos castanho claro, me surpreendi quando percebi que ele estava me analisando com a mesma vontade. Arrisquei fitar sua boca, que abriu um sorriso quando percebeu meu gesto.
- Depois de se comerem, você pode me ajudar aqui Brian? - falou uma moça loira com a blusa enroscada no sutiã.
Ele ignorou o primeiro comentário dela e foi ajuda-la.
- Feliz? - perguntou ele
- Não, na verdade, eu queria que você tirasse.
- Não é mais conveniente você tirar no banheiro?
- Só tem vocês aqui.
- Ta né - ele a virou de costas e tirou a blusa dela, revelando seu sutiã vermelho.
- Obrigada - disse ela virando para ele mostrando a parte da frente.
- De nada - disse ele pegando uma blusa que estava atrás dele e dando a ela.
Ela sorriu assanhada para ele, que fez com que ele desse meia volta e saísse dali. Confesso que eu dei uma risada interna daquela situação.
Conversamos um pouco, sobre várias coisas, como... Trocar nomes, idades, trabalho, preferências de várias coisas.
Mas com toda essa conversa, minha única dúvida era:
- Como vou achar minhas amigas?
- Você estava acompanhada? - perguntou ele
- Estava. - disse imaginando o que cada uma estava fazendo. Espero que elas estejam bem.
- Você vai acha-las. - disse ele - Quer procurá-las? Eu ajudo.
- Pode ser - disse me levantando meio tonta

Observei todos os detalhes do lugar. Queria detalhar tudo muito bem, para depois ter uma história para contar. Muito doentio? Talvez.
Estávamos em um corredor escuro, bastante estreito, tanto que eu tive que andar praticamente colada em Brian, quando avistei uma saída daquele lugar horrível, vi uma pessoa com o cabelo igual de Sophie:
- Soph? - perguntei mas a pessoa me ignorou - Sophie! Senhora! - quando cheguei mais perto eu a vi correndo - Senhora, volta aqui! - corri atrás dela.
O parque parecia bem mais vazio, as pessoas haviam evaporado, estava correndo atrás da pessoa, Brian acompanhava bem atrás de mim.
- Tem certeza que é ela? - perguntou ele
- Não
- Porque você ta correndo então?
- Não sei - disse parando.
Estávamos em um lugar bem afastado, os brinquedos estavam desligando e ligando, quando eu vi um cinco palhaços nos cercando.
- Que merda é essa? - perguntei
Brian pegou em minha mão e me puxou, começamos a correr deles, e eles vieram atrás, tinham vários, talvez 8? Eu sabia que aquilo não era brincadeira. O problema era: O que eles iriam fazer se me pegassem?
Corremos loucamente, já não aguentava mais, até que chegamos em um lugar sem saída, olhei para o Brian com aquele clássico olhar de "fodeu".
- O que vocês querem? - perguntou Brian
Alguns palhaços apontaram para mim.
- O que? Porque? - falei assustada
- Não mesmo! - Brian me puxou para perto

Um cara fantasiado de lobo saiu do meio dos palhaços/outros monstros horripilantes, veio em minha direção e se atreveu a dizer alguma coisa:
- Olha aqui fofinha, pediram para levar você. Nós vamos levar, você e seu namorado. - disse ele dizendo claramente, ainda com a máscara.
- O que? NÃO! - não pensei duas vezes, o chutei bem em baixo, que fez com que ele se agachasse.
Isso nos deu um espaço para correr, corremos loucamente. Tropecei em uma pedra minúscula, e cai no chão, me levantei rapidamente mas os monstros ficaram mais perto.
Corremos muito, até chegar em um muro, não havia mais para onde correr. E só o que eu vi. Foi os monstros colocando um saco em nossas cabeças.


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