#SEMREVISÃO
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Fiquei olhando apreensivo para Duda. O que será que ela queria dizer com: precisamos conversar? Essas palavras ditas por uma mulher, sendo ela sua namorada, na maioria das vezes nunca era uma coisa boa. Ainda mais se tivesse menos de 24hs de namoro.
Senti todo o meu corpo enrijecer ao perceber o nervosismo no seu olhar. Ele demonstrava que o assunto era muito sério.
Não conseguia imaginar o que poderia ser de tão grave para deixar minha princesa assim.
Respirei fundo, tentando controlar a angustia que se formava dentro do meu peito, e me levantei afastando nossos corpos. Duda se sentou logo em seguida e fez sinal que eu fizesse o mesmo. Sentei ao seu lado, segurei uma de suas mãos levando-a aos lábios e depositei um singelo beijo.
— O que houve meu amor? — Tentei não transmitir o medo que percorria por todo o meu corpo em minha voz. — O que está te deixando com essa carinha? Seja o que for podemos resolver juntos.
Duda respirou fundo, abriu e fechou a boca algumas vezes, mas não disse nada o que me deixou mais angustiado.
— Meu amor, por favor, diz alguma coisa. — Pedi.
Ela respirou fundo novamente e finalmente, disse o que a estava afligindo tanto.
— Eu sou virgem! — Falou de uma vez só e tampou o seu lindo rosto com as mãos.
Mil coisas passaram por minha mente, mas nenhuma delas chegou perto do que ela tinha acabado de me dizer.
Fiquei em completo estado de alerta. Eu nunca havia ficado ou namorado com uma garota virgem antes. Todas já haviam feito sexo com alguém antes de eu levá-las para cama.
Sempre evitei as virgens, não por não gostar e sim por medo de não saber como agir na hora. E agora estou aqui loucamente apaixonado por uma. Um lado meu estava completamente apavorado com a possiblidade de fazer alguma besteira e acabar afastando mais uma vez a mulher que eu amo da minha vida e por outro lado, me sinto feliz por saber que ela nunca foi de ninguém antes e honrado e possessivo com a possibilidade de ser o único que tocará seu corpo fazendo-a minha para sempre.
— Princesa! Olhe para mim. — Pedi tentando afastar suas mãos do seu rosto.
— Não... — Ri e a abracei.
— Meu amor, não se preocupe com isso. Eu nunca irei te forçar a nada. Só irei amar seu corpo quando você quiser. Pode confiar em mim. — Falei sinceramente.
Esperei alguns minutos por alguma reação sua, mas nenhuma veio. Afastei-me e puxei-a para o meu colo. Ela me abraçou enterrando seu rosto na curvatura do meu pescoço.
— Amor, eu te amo! Não me incomoda se você é virgem ou não. O que importa é que eu sou seu e você é minha. — Tentei me afastar para vê-la, mas ela grudou mais ainda em mim. — Por favor, princesa, olhe para mim!
— Daqui a pouco Príncipe.
— Você está com vergonha? — Perguntei rindo.
— Não ria! — Ganhei um beliscão na costela. — Eu não estou com vergonha. Quer dizer, mais ou menos.
— Não há motivos para se envergonhar meu amor. Se você não se sente pronta para fazer amor comigo não tem problema. Eu vou te respeitar sempre. Nada vai mudar entre nós. Vou continuar te amando do mesmo jeito. Agora deixa ver seu lindo rosto! — Pedi.