Capítulo 3

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Duas semanas depois...

TALITA:

Durante essas semanas que se passaram, o Rafa estava bem mais próximo. Sempre me manda mensagem para saber como eu e o bebê estamos. Hoje nós vamos almoçar juntos e depois tenho que ir a academia falar com o Patrick. Vamos nos encontrar em um restaurante que gostamos bastante, ele fica bem de frente para o mar. Já estava saindo do curso e indo em direção ao meu carro, quando meu celular tocou, era o Rafa.

- Alô? – falei

- Oi Tah. Já estou indo para o restaurante. Tem certeza que não precisa ir te buscar? – ele me perguntou.

- Sim Rafa, estou de carro. Não se preocupe.

- Ah... Esqueci que você é motorista agora... kkkkkk – ele riu

- hahahahaha engraçadinho. Já estou entrando no carro, até mais tarde. – falei ligando o carro.

-Até mais tarde. – desligou

O trânsito estava ótimo, por isso não demorei a chegar. Quando cheguei ao restaurante, o Rafa já estava me esperando no nosso lugar de sempre. Amava ficar olhando para o mar.

- Demorei? – perguntei e ele estava distraído no celular. Quando me viu, guardou o celular e se levantou.

- Até que você chegou rápido – sorriu e me deu dois beijos. – Sente-se – sempre cavalheiro.

- Obrigada! – sorri e sentei.

O almoço foi muito bom. Escolhi comer frango grelhado com arroz, farofa e salada. Rafa escolheu o mesmo que eu. Conversamos vários assuntos e o Rafa me disse que está ansioso para saber o sexo do bebê. Me disse que não tinha preferência em relação ao sexo, pois o bebê seria amado da mesma maneira. Eu também disse que não tinha preferência e que o amaria do mesmo jeito. Terminamos de almoçar, me despedi do Rafa e fui falar com o Patrick. Rafael vai mais tarde para academia, primeiro ia em casa.

RAFAEL:

Me despedi da Talita e fui para casa. Hoje é aniversário do Yago, não falei nada para ela, pois com certeza ela não iria gostar nenhum pouquinho. Me deu vontade de convidá-la, mas do jeito que eu a conheço já até sei a resposta. Cheguei em casa e fui descansar, porque mais tarde ainda ia pra academia.

TALITA:

Falei com o Patrick e zoei com a cara dele, porque ele não ia poder me castigar com os exercícios...kkkkk. Já era de noite, estava com um pote de sorvete de Diamante Negro, com o meu pijama e assistindo um filme sozinha, já que Vivi teve que viajar a trabalho e ficará 3 meses fora. De repente comecei a sentir um forte enjoo e muita tontura, estava com a sensação de que ia desmaiar. Peguei meu telefone e liguei pro Rafa, só chamou e depois caiu na caixa postal. Deveria estar em alguma balada por aí. Então liguei para D. Márcia que no segundo toque me atendeu.

- Oi minha filha!

- Oi D. Márcia, estou ligando porque não estou me sentindo muito bem estou com muito enjoo e tontura. – expliquei

- Já estamos indo – ela avisou e pediu para Seu Licks pegar a chave do carro. Tomei água e deitei para ver se passava um pouco.

Eles chegaram em casa e mandaram eu arrumar uma bolsa com roupas, pois disseram que iria dormir na casa deles. Antes de irmos para casa deles, me levaram ao hospital. Fui logo atendida pela médica da emergência, D. Márcia entrou comigo no consultório. A doutora falou que é comum nos primeiros meses da gravidez esses enjoos, mas que não era aconselhável eu ficar sozinha. D. Márcia disse que eu ia passar um tempo na casa deles, nem deu tempo de falar nada.

RAFAEL:

Estava no aniversário do Yago, mas não estava muito empolgado com a festa e nem sei por que. Fui ao banheiro e senti meu celular tocar, era o meu pai.

- Oi pai!

- Filho, eu e a sua mãe estamos aqui no hospital. – meu pai me disse.

- O que houve? – perguntei preocupado.

- Não aconteceu nada com a gente. Foi com a Talita. – quando ele falou que foi com a Talita, meu coração disparou. – Ela passou mal e tentou falar com você, mas você não atendeu. Então ela nos ligou. – fiquei puto comigo mesmo.

- Estou indo agora aí. Qual é o hospital?

- Ela já está sendo medicada, fique calmo. Sua mãe está com ela. O melhor que você pode fazer é não demorar a ir para casa. – meu pai disse. – Agora vou desligar, por que elas já estão vindo. – ele desligou.

- OK! Já estou indo então. – saí da festa e nem me despedi dos meus amigos. Falo depois com eles. O que importa é a Talita e o meu filho.

TALITA:

Quando chegamos na casa, Seu Licks e D. Márcia me hospedaram no quarto da Ju. Tomei um banho, vesti meu pijama e fui deitar. Acho que a medicação me deu sono. Ouvi algumas vozes e tive a impressão de ter escutado a voz do Rafa também, mas com certeza não era. Ele deveria estar curtindo por aí, foi quando senti a porta do quarto sendo aberta. Foi quando virei para o lado e vi que era ele entrando no quarto.

RAFAEL:

Cheguei em casa e meus pais me contaram o que aconteceu com a Talita. Também me contaram que a Talita vai passar uns dias aqui em casa, não pude deixar de sorrir. Fui até o quarto para ver se ela já estava dormindo, abri a porta bem devagar e quando vi, a Talita virou e me olhou.

- Oi! – falei me aproximando da cama.

- Oi – ela disse somente.

- Já soube o que aconteceu com você, meu pai me ligou e avisou. Desculpa não ter atendido o telefone, não ouvi. – ela apenas assentiu. Continuei. – Como está se sentindo?

- Estou melhor, só um pouco cansada. A doutora disse que isso é normal acontecer nos primeiros meses de gravidez. – ela falou e continuou. – Nem precisava você ter vindo, sei lá de onde.

- Fui no aniversário do Yago até pensei em te convidar, mas você não ia aceitar. – ela revirou os olhos – Não estava com clima nenhum para ficar lá, já queria vir embora mesmo, aí meu pai me ligou. – falei sentando perto dela na cama.

- Ah tá...

- Você pode dormir. Vou ficar aqui com você. – disse para ela

- Não se preocupe. Vá dormir lá no seu quarto, qualquer coisa te chamo. Já estamos bem! - ela sorriu e sua mão foi para sua barriga que está pequena ainda.

Me aproximei mais dela e falei:

- Posso? – fiz um gesto para tocar em sua barriga. Ela apenas assentiu, então toquei. – Hey, bebê! Sei que você ainda está bem pequeno, mas fique direitinho aí, tá? Papai te ama. – levantei a cabeça e a Talita estava com os olhos brilhando e sorrindo. Beijei sua testa. – Fica bem, qualquer coisa é só chamar. – saí do quarto.

TALITA:

Rafa chegou no quarto e disse que não estava com clima para ficar na festa. Conversamos um pouco, até que antes de sair pediu permissão para tocar na minha barriga. E foi a coisa mais linda ele falar com o bebê. Fiquei um pouco emocionada, tudo culpa dos hormônios. Ele me deu um beijo na testa e saiu, apenas me virei para o lado e dormi.

RAFAEL:

Fui para o meu quarto e demorei a dormir. Me peguei pensando em como fazer para reconquistar a Talita, como sentia falta dela. Sorri ao lembrar de falar com o bebê, imagina quando a barriga estiver maior. Dormi feliz, ainda mais que ela vai passar uns dias aqui em casa.



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