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Nesse intervalo de tempo a Dr.Marcia ( Minha médica ) me levou a sala de medicamentos para eu tomar um rémedio que evitaria tudo aquilo acontecer novamente, irônico né? Tomar um medicamento para evitar uma nova rejeição aos medicamentos . Mas tudo bem contanto que funcione . Dá para imaginar que estava lá?

Exatamente... o admirador desconhecido. Eu entrei na sala me escondendo atrás da minha mãe com muita caltela para não ser percebida , mas para minha infelicidade "brotou" uma cadeira na minha frente e eu caí  fazendo muito barulho... pendei em fingir um desmaio, mas eu iria terminar matando minha mãe do coração, então para que isso não acontecesse apenas me levantei, me ajeitei e fingi que nada tinha acontecido.

   Propositalmente sem querer me sentei na maca ao lado da maca do garoto desconhecido e fiquei aguardando a enfermeira. Depois de uns 10 minutos de puro silêncio e talvez algumas trocas de olhares , o garotinho doente começou a ter algo semelhante ao que a Dr.Mária chama de rejeição aos medicamentos. O semblante da aparente responsável pelos meninos mudou drasticamente de desfalecida para desesperada. Estava bem evidente que ela não sabia oque fazer para ajudar o garoto. Enquanto minha mãe foi buscar ajuda eu coloquei minha mão no ombro do "admirador desconhecido" para chamar atenção do mesmo e disse :

- É só abaixar a cabeça dele e vai ficar tudo bem!

E então a mulher fez conforme eu havia falado e aos poucos o sangramento foi diminuindo, alguns minutos depois minha mãe chegou com uma enfermeira , que levou a mulher e o menino para algum tipo de exame urgente ou sei lá.
Porém o " admirador desconhecido " ficou e vindo em minha direção falou:

- Então... obrigado

- Não precisa agradecer - Falei com um sorriso fraco e envergonhado .

- Não , sério obrigado mesmo , faz pouco tempo que recebemos o diagnóstico do meu irmão, já estava bem avançado. Como pode ver minha mãe anda um pouco desconcertada, é muita informação pra ela!

- Eu sinto muito por seu irmão! Leucemia? - Perguntei para o garoto que assentiu com a cabeça.

Ficamos incontáveis segundos só nos observando , mas ele logo quebrou o silêncio :

- Então... - Arregalou os olhos esperando meu nome

- Elena, mas pode me chamar de lena - Falei apertando a mão do garoto.

- Lena, me chamo Samuel ou Sam, como preferir, e a senhora? - Esticou a mão para minha mãe.

- Laura, muito prazer!

- Prazer é meu Dona Laura!

   Minha mãe percebeu que eu não estava muito à vontade e que eu deixaria uma ótima opotunidade passar . Então , ela perguntou :

- Samuel , você não quer deixar seu contato ?

- Sim , seria ótimo Dona Laura

   Ela pegou tão rápido o papel e a caneta que mais parecia que ele ia fugir.

- Posso falar ? - Ele perguntou

- Pode

   Então ele deu seu número e endereço. Morava em um bairro novo na cidade e tinha um sotaque estranho, provavelmente não é daqui ou está aqui a pouco tempo. Logo após minha mãe pegar todo o DNA do garoto nos despedimos e ele foi embora.
Engraçado que o pouco tempo que conversamos esqueci que era doente, me sinto normal... o mais engraçado nem foi isso, é que minha mãe parecia estar mais interessada nele do que eu.

- Já não é mais desconhecido! Temos número e nome. E agora? - Ela perguntou

- Esperamos - respondi

  Então pessoas ... oque estão achando ? Deixem nos comentários o que vocês acharam de mais legal nesses capítulos .
  Vou pedir desculpas por não ter postado antes , é que minha internet quebrou e demorou para conserta ... mas agora estou de volta , espero que vocês gostem . Se gosta deixe seu voto e comente !

Boa leitura a todos S2

Essa é minha vida. bem - vindosOnde histórias criam vida. Descubra agora