Epílogo

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Olá! Então aqui está... a última parte dessa fanfic.

Boa leitura!

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Stiles não saberia dizer se acordara por causa da dor ou se sentira a dor por ter acordado. Mas, em vias de fato, ali estava ela. Profunda e agoniante, uma ancora mantendo o garoto em um mar de consciência, com a sensação de que sua cabeça era como um balão com ar demais, prestes a explodir a qualquer instante.

A primeira coisa que notou é que estava nos braços de alguém. Abriu os olhos assustado e viu, chocado, que eram os braços de Derek. Derek Hale. O lobisomem Alpha que carinhosamente chamava de sourwolf. Esse Derek mesmo.

A segunda coisa percebida é que o mais velho tinha uma das mãos sobre sua têmpora, num ponto especialmente dolorido. Stiles compreendeu que ele estava sugando a dor para si e isso o incomodou. Afastou a mão com um tapa fraco.

– Pára – resmungou rouco – Posso agüentar um galinho.

Derek não disse nada. Apenas aceitou afastar a mão. Porém tão logo o fez a dor verdadeira atingiu a cabeça de Stiles, obrigando o garoto a apertar os olhos com força e tatear as cegas em busca da mão de Hale outra vez. Assim que a encontrou a colocou de volta sobre a própria têmpora.

– Não me obedeça tão rápido! – pediu em um fio de voz – E continue a sua mágica...

– Você precisa ir ao hospital. Pode ser uma concussão.

– Estou bem. A senhorita Smith me pegou desprevenido e... cadê ela?

Tentou sentar-se, porém uma tontura o obrigou a voltar a posição inicial. Talvez a tal concussão não fosse brincadeira e a idéia do hospital não fosse tão ruim assim... seu estômago se revirou em uma espécie de ânsia.

– Espere...

– Derek... – Stiles se agitou – Deus do céu, homem. Não me diga que você matou minha professora de literatura! Eu tinha tudo sobre controle... totalmente tinha sobre controle. Vamos levar o corpo até meu pai. Podemos pensar em uma desculpa para as mordidas e...

– Você tem razão.

– Tenho?! – a voz do menino era pura incredulidade e confusão.

– Não é uma concussão – Derek fez uma careta – Ou ficaria com a boca calada.

– To falando sério!

– Stiles, eu não matei a sua professora – o Alpha tentou passar toda a sinceridade possível através de seu olhar.

Esse ato acalmou o filho do xerife, assim como ele relaxou mais a medida que a dor em sua cabeça era tomada pelo lobisomem. Suspirou de alivio.

– Então onde ela está...?

– Ela se foi – Hale respondeu com simplicidade. Não havia outra resposta a ser dada.

Stilinski fechou os olhos com força.

– Sabe como isso soa mal? Espero que não seja em sentido figurado...

Derek não respondeu. Não sabia o que dizer. Que a falsa professora realmente existira não restavam dúvidas, Stiles se lembrava dela. Logo todos os outros com quem a mulher interagira deveriam se lembrar também.

Quanto a historia que ela contara... o Alpha não saberia dizer o quanto acreditava nela. Ou se ao menos acreditava. Tinha plena consciência do maço de folhas com a redação dobrado em seu bolso de trás.

Assim como tinha consciência de outra coisa: esse tempo todo afastara o menino por puro medo de se entregar e machucar a si mesmo. Mas possibilidade de perdê-lo era mais dolorosa e assustadora do que qualquer outra coisa. Até do que sua própria morte.

Sacrifício de Amor (Sterek)Onde histórias criam vida. Descubra agora