Capítulo 24

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Minha casa estava um caos! Hoje é o dia da minha festa de aniversário. Deixei Margareth encarregada de procurar um decorador. Decidi que iria ser Alice no País das Maravilhas. Um casal montava a mesa principal igual a mesa de chá do Chapeleiro Maluco. Meu vestido azul já estava em cima da minha cama. Decoraram o hall como a sala das sete portas. Eu to maravilhada com tudo! Tudo bem que é meus 18 anos e pode até ser um tema infantil, mas sempre fui apaixonada por esse livro.

O pessoal da decoração não teve grandes problemas com o hall porque a porta é quase idêntica a do filme. Fora a mobília francesa que também tem ali. Na sala, tiraram todos os móveis. Ao redor da mesa principal, eles fizeram algo parecido com o jardim que Alice passa assim que entra no País das Maravilhas. Nos outros cantos, colocaram as árvores e flores do jardim da Rainha de Copas. No lugar que ficaria a pista de dança, colocaram a representação do relógio do Coelho Branco. E, claro, sem dúvidas de que não poderia faltar o Gato de Cheshire, que ficava ao lado da porta que dá para a sala depois do hall. Digamos que ele recepciona os convidados por um pedido meu.

- Uau! Tudo isso em menos de um mês?! Tempo recorde! - Justin falou parado na porta. - E esse bicho de assusta. - Ele disse dando um peteleco no coitado.

- Não fala assim do Gato de Cheshire! E pra tudo isso sair em menos de um mês eu tive que gastar uma grana absurda! - Ele me deu um selinho.

- Feliz aniversário, meu amor. - Sorri e ele entregou-me uma caixa.

- Obrigada. O que é isso?

- Desembrulha. - Assim fiz. Ele tinha colocado uns quatro livros dentro e personalizado a caixa com várias frases de livros que sou apaixonada.

- É perfeito!

- Sabia que você iria gostar. - Beijei-o novamente.

- Eu realmente amei! - Justin sorriu.

- "Eat me". - Ele falou lendo o que estava escrito em cima dos docinhos e riu. - Vi um duplo sentido nisso. - Revirei os olhos. - E eu trouxe o baralho que você pediu.

- Obrigada.

- Vai servir pra que?

- Tá vendo onde vai estar aquele sofá e os pufes? - Apontei e ele assentiu. - Apesar do cenário fofo, pensei em uma mesa de jogatina. - Justin olhou pra mim.

- Já posso ver a putaria que não vai rolar.

- Aí já não é minha culpa. - Ele riu.

- O que tá acontecendo na minha casa?! - Minha mãe disse assim que entrou.

- Correção: minha casa. E eu te avisei da minha festa de aniversário faz semanas.

- Vou ter que aguentar uma festa essa noite?

- Por que não vai pra casa do seu namorado? E pode ficar tranquila porque vou ter a decência de passar a chave na porta do seu quarto.

- Eu queria poder relaxar na minha casa, não na casa dos outros.

- A festa começa as sete. Tem muito tempo até lá. E do seu quarto você não vai ouvir nada antes de começar a tocar o som.

- Senhorita, Jones, acho que a mulher dos docinhos está na porta do condomínio. - Um dos empregados da casa me avisou.

- Obrigada. - Minha mãe subiu as escadas batendo o pé e resmungando como uma criança de 10 anos. Autorizei a entrada da mulher e continuei vendo se tudo estava do jeito que eu queria.

(...)

- Já tem bastante gente lá embaixo. Provavelmente pessoas que você só conhece de vista. - Brendon falou através da porta. Eu estava no closet terminando de me maquiar.

Wake me upOnde histórias criam vida. Descubra agora