Eu imagino como deveria ser antes da Grande Revolução, as pessoas deveriam ser mais amigáveis umas com as outras, sei que haviam guerras, mas também sei que havia amor, e ele era lindo. Infelizmente, hoje amor é apenas algo que poucas pessoas conseguem ter. Aqui no 3° subEstado, nós adimiramos quem consegue ao menos ter amor próprio, é bom, você ve o mundo de outra forma. Dizem que o amor também fere, mas eles estão errados, pois quem fere são as pessoas e não o amor. Se isso ainda existe aqui, nesses tempos, quem sabe não estariamos nessas condições.
-Não, você não vai, eu vou, está decidido - digo à minha mãe, tento ser o mais forte o possível e com mais autoridade que conseguiria.
-Você não pode, pelo simples fato de que eu não deixarei minha filha ser escrava do 1° subEstado - ela diz com autoridade, mas vejo seus olhos cheios d' água.
-E quem vai cuidar da Mandy? Eu sei que posso, mas ela precisa da mãe dela e não da irmã, eu já tive meus bons momentos com você, agora é a vez dela - estou quase chorando, mas tenho que me mostrar forte diante dela.
-Nós iremos pegar tudo o que temos e levaremos para a Festa da Colheita. Você não vai para o 1° subEstado - ela disse e foi para o quarto.
Preciso me arrumar, mesmo que a Festa da Colheita não tenha mais o mesmo sentido de antes, ainda é uma comemoração.
Faltam apenas 20 minutos, já estou pronta e estou esperando a Mandy colocar o vestido. É um vestido simples, mas lindo, num tom azulado com uma faixa perolada. O meu também é simples, mas seu azul é um pouco mais forte e não tem nenhuma faixa. Sem graça.
-Vamos Mandy - minha mãe diz apressada - Você já pegou tudo? - ela pergunta para mim.
- Sim, está tudo na cesta - digo apontando para a pequena cesta, cheia de coisas que poderiam nos servir de alimento por meses.
Será que Trendy conseguiu tudo? Não me importo. Mas espero que sim, Cuide dele Senhor, não deixe que nenhum deles tenham que trabalhar no 1° subEstado.
Mandy termina tudo e vamos todas para a Festa da Colheita.Chegamos a tempo, na verdade ainda faltam 7 minutos, quase todos já estão aqui. Avisto Trendy, ele e sua família não aparentam estar muito tristes, devem ter conseguido tudo.
15 horas, em ponto, e os fiscais já começam a nos chamar pelo nome das famílias. Somos as Vandlers, então até lá, tem muitos nomes.
Nós ficamos numa fila com famílias cujos nomes comecem com a letra U até as famílias que comecem seu nome com a letra V.
O nervosismo comeca a tomar conta de mim e vejo que da minha mãe também.
-Ei, calma, vai dar tudo certo, eles só irão nos chamar pelo nome da nossa família e nós iremos até lá entregarmos nossa oferta, e depois iremos embora, todas juntas e seguras - digo à minha mãe, espero que à ajude a acalma-la.
-Família Vackles - chama um dos fiscais.
- Eu digo o mesmo querida, vai dar tudo certo - minha mãe diz a nós duas, mesmo que nós três saibamos que tem a probabilidade de uma de nós não voltar para casa hoje.
- Família Vandler - chama um outro fical.
Capítulo curtinho, eu sei, mas eu estou a um tempão sem postar nada, me desculpem.
Espero que gostem
Beijos e fiquem com Deus ^^
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Uma Segunda Chance
SpiritualNum futuro distante, Rebecca tenta sobreviver com sua mãe e irmã em Driprom, um Estado onde a pobreza é a maioria. Nesse lugar ela descobrirá a sua verdadeira missão na Terra e que todos podem ter uma Segunda Chance.