[Rebecca Vandler, 16 anos]
Mais um dia começa e fico olhando as duas pessoas que mais amo dormirem, minha mãe Marily e minha irmã Mandy, sinto dó de ver elas num mundo desse.
Já disseram que há muito tempo esse mundo foi muito pior. Mesmo que eu não tenha vivido naquela época, acho que tenho que discordar em alguns fatos, até por que do mesmo jeito que era ruim em muitas coisas, em outras eram muito boas, as pessoas tinham mais Fé em Cristo, tinham alegria de ir na igreja e de louvar ao Senhor, mas com o tempo, muitos foram se desviando, e como o esperado, o mundo foi cada vez mais se tornando um lugar terrível para todos, principalmente para aqueles que ainda possuíam algum tipo de religião. Outro bom exemplo, foi a Música, soube que existiam músicas de todos os estilos, e que quase todos os dias eram lançados novos álbuns. Hoje o que nos restou foram os discos que sobreviveram a Grande Revolução, não tem muita variedade, mas consegui achar umas boas músicas esses dias numa casa abandonada na Zona Proibida.
A Zona Proibida, como o nome já diz... é uma área proibida, mas ela é proibida porque depois da Grande Revolução, os que tinham mais poder foram juntando as pessoas mais pobres e dividindo os territórios, e temos o que chamamos hoje de Estado de Diprom. A Zona Proibida é fora de nosso subEstado, onde cercas que deveriam nos proteger só ficam de enfeite iludindo mais pessoas do 1° subEstado. Como essa área é devastada e não há pessoas por lá, ela é chamada de proibida, mas como vivemos no 3° subEstado, ninguém liga que pessoas possam ultrapassar as cercas, desde que não seja para ir a outros subEstados clandestinamente.
Minha mãe, Mandy e eu vivemos no 3°subEstado, como já disse antes. Eu só não disse como é horrível esse lugar, onde temos que sobreviver de misérias. Aqui no 3° subEstado não existe idade para trabalhar, por isso, para sustentar minha família, eu trabalho desde os oito anos e como consigo fazer com que não falte muita comida em casa, Mandy não trabalha (não conseguiria vê-la trabalhando aos 11 anos), mas como minha mãe trabalha na colheita, Mandy a ajuda no que pode.
Decido parar de preguiça e me levantar, primeiramente ajoelho e oro por mais um dia viva, por mais um dia em que tenho minhas meninas em minha vida. E então começo o meu dia, lavo o meu rosto e faço o café da manhã, chá de ervas e pão, é o que temos.
Minha mãe já levanta em seguida, logo logo ela terá que sair para trabalhar na colheita.- Bom dia mãe - eu digo e ela logo vem para me dar um beijo.
- Bom dia, querida. Becca, eu não sei que horas chegarei hoje da colheita, eu sei que será tarde, então deixe sua irmã dormindo mais um pouco ta bom?! Ontem ela me ajudou bastante. E eu já vou indo, estou atrasada para pegar o ônibus.
- Tudo bem mãe, só tente não chegar muito tarde. Beijos, não se esqueça que eu te amo viu e vá com Deus.
- Também te amo minha flor. Amem.
Esse está sendo um bom trabalho para minha mãe, ela gosta dele, já que conseguiu aprender muitas coisas de botânica com a Sra. Alken, que antes de falecer deu um livro de botânica, onde minha mãe conseguiu aprimorar mais na área, não que isso tenha lhe proporcionado um cargo melhor, mas pelo menos ela consegue aproveitar mais as plantas que não são utilizadas por mais ninguém. Mandy a ajuda como pode, principalmente na botânica. Mas quero que ela faça isso porque gosta e não por uma questão de necessidade.
Falando nela... é sempre a última que acorda, e já acorda com uma juba de leão. Leão nós só conhecemos por imagens mesmo, existem alguns, mas somente no 1° subEstado. E já chega minha leoazinha.- Bom dia meu amor - eu digo depositando um beijo em sua testa.
- Bom dia Becca. A mamãe já foi?
- Sim, ela disse que como iria chegar mais tarde hoje, você não precisava ir, e soube também que você a ajudou bastante ontem.
- É, ontem trabalhamos pesado. Ela deve chegar mais tarde por causa dos preparativos da Festa da Colheita.
Havia me esquecido, a Festa da Colheita é daqui a alguns dias, e eu não terminei com os reparos do vestido da Mandy, nunca vi tantos buracos num só vestido.
- Mandy, eu vou na cidade buscar mais linha para o seu vestido, você quer ir junto?
- Claro que sim, só vou me trocar e podemos ir - ela disse correndo para o quarto.
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Chegando na cidade, deixei Mandy na casa de sua amiga enquanto ia no Mercado, na verdade não queria que ela ficasse comigo enquanto eu vendia algumas tralhas que eu encontrei na Zona Proibida junto com Trendy.
Trendy é o meu melhor amigo, me ajuda sempre que pode, o único problema é que eu não o deixo me ajudar, não é orgulho, mas ele já ajuda a sua família e seus vizinhos, e enquanto na minha casa somos minha mãe, Mandy e eu, na casa de Trendy é ele, seus pais e mais 4 irmãos. Então não obrigada, já tenho muito peso na consciência.- Bom dia pequena - ele diz para mim, me avistando de longe.
- Bom dia gigante - eu retruco. Não gosto quando ele me chama de "pequena" e ele sabe disso.
Ele se aproxima do lugar onde estou vendendo nossas coisas e logo em seguida já começam a chegar mais pessoas.
Oii gente, esse foi o primeiro capítulo, se vocês gostarem não esqueçam de dar seu voto na estrelinha e de deixar um comentário, ficarei muito feliz ^^
Espero que gostem, amanhã estarei postando mais.Fiquem com Deus. Beijos.
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Uma Segunda Chance
SpiritüelNum futuro distante, Rebecca tenta sobreviver com sua mãe e irmã em Driprom, um Estado onde a pobreza é a maioria. Nesse lugar ela descobrirá a sua verdadeira missão na Terra e que todos podem ter uma Segunda Chance.