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Rafael havia chegado da rua, estava escurecendo, ele havia uma surpresa para Felipe. Com um sorriso nos lábios foi até seu porão, viu Felipe sentado no canto da cela, onde estava trancado, e sorriu para a cara de desespero que os dois garotos fizeram. Rony tampava o rosto e Felipe apenas olhava para Rafael. O loiro gostava de Felipe, mesmo depois de tudo o que ele passou, ele consegue manter seu amor por Rafael firme e forte. Rafael amava isso. Assim ele poderia fazer o que quisesse com ele, de todos, ele é a sua melhor vítima.

Abriu a cela e pegou Felipe pelos braços brutalmente. O moreno por um segundo se espantou com o ato, mas depois relaxou, o fato de estar com Rafael o fazia se sentir seguro.

O loiro o levava para o carro, Felipe não sabia o que ele iria fazer, mas isso não importava mais.

Já dentro do carro ambos permanciam calados enquanto Rafael o levava para algum lugar desconhecido. Felipe estava encanto com tudo que via, depois de dois anos ele finalmente saiu daquela escuridão que era o porão da casa do loiro.

Tudo era bonito aos olhos de Felipe, ele sentiu saudades de ver as luzes iluminando as ruas, as pessoas e as barracas de comida, como ele queria comer um sanduíche agora ou quem sabe um hambúrguer no Mc Donalds.

Mas tudo isso doi por poucos minutos, logo eles estavam em frente a um cemitério. O moreno não sabia bem o por que de estarem alí, mas ele não iria perguntar a Rafael.

Antes de saírem do carro esperaram duas pessoas irem embora de lá que Rafael conheceu bem, era Alan e Maethe. Mas o que diabos eles estavam fazendo ali? Ela chorava e Alan a braçava também com lágrimas nos olhos.

- Por que eles estão chorando? - Felipe olha para Rafael confuso. Z queria sair de lá e abraçar seus amigos, perguntar por que estavam tão tristes. Seu coração se apertou ao ver aquilo.

- Você irá saber. - Lange sorri de um jeito medonho para o garoto.

Assim que o casal foram embora, Rafael pegou no braço do garoto e o levou para dentro do cemitério. Um arrepio enorme percorreu o corpo de Felipe. Estar ali a noite é assustador. Ver aqueles túmulos com rosas em cima, e velas, é aterrorizante. Qualquer um iria achar que os corpos mortos das pessoas iriam se levantar e correr atrás deles. Porém nada é mais assustador que Rafael. Felipe pode comprovar isso, por tudo que já passou dentro daquela cela. Tudo o que foi obrigado a ver. Lembrar disso causava ainda mais arrepio, era medonho, assustador.

Rafael parou em um túmulo e quando Felipe viu aquilo seus olhos arregalaram. Ele não podia acreditar nisso.

Um túmulo com o seu nome, rosas nele e velas ao redor. Isso é horrível. Ele não estava morto.

- O- o que é isso? - O moreno pergunta pasmo.

- Você não está vendo? Eles acham que você está morto. - O loiro sorri.

Eles se encaram, Felipe não sabia o que falar, ele sentia que estava enganando todos. Ele não gostava disso.

Lange pegou o maior pela nuca e prensou seus lábios contra os de Felipe. Na mente insana de Rafael Lange, foder no cemitério iria ser uma das melhores coisas, e ainda mais em cima so túmulo de seu parceiro.

Felipe não pensava isso e queria se afastar de Lange. Ele pensou em fugir, mas ele não queria deixar o loiro. Porém precisava, ele precisava dizer para a sua família que não estava morto. Mas como seria para eles que vissem Felipe, depois de dois anos achando que ele estaria morto? Ele não podia fazer isso. Sua única opção foi permanecer com o loiro. Felipe estava totalmente entregue a ele, e mesmo que um dia ele quisesse fugir não saberia para onde ir.

- Só espera. - Z o interrompe. - Isso quer dizer que irá me matar?

O loiro sorri contra o pescoço no maior. - Eu não vou te matar. Eu gosto de você.

Felipe sentiu sua perna ficar bamba e seu coração acelerar, aquela sensação de borboletas na barriga, parecia que elas estavam fazendo um heavy dentro dele.

- V-você o que?

- Eu gosto de você. - Ele fala novamente, sua voz era suave e não parecia medonha que nem segundos atrás.

- Eu amo você. - Felipe sussurrou e fechou os olhos deixando Rafael beijar todo seu pescoço de uma forma lenga e carinhosa.

Psycho // CellpsOnde histórias criam vida. Descubra agora