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DIAS ATUAIS

Felipe estava trancado em sua cela esperando Rafael trazer a ele sua refeição, a única refeição do dia, Rafael não queria que seus prisioneiros morressem de fome. Se fosse para algum deles morrer, que fosse por suas próprias mãos.

O som da porta se destrancando soou pelo cômodo despertando atenção de Felipe, que a segundos atrás brincava com seus dedos e pensanva no loiro, e como ele queria sentir seu toque novamente.

Um garoto alto, cabelos escuros bagunçados e olhos verdes como esmeraldas, adentrou o local sendo segurado por Rafael. O garoto de olhos verdes chorava, implorando para Rafael ter piedade e não mata-lo. Assim que bateu o olhar em Felipe logo se calou, Rafael o jogou dentro da cela ao lado de Felipe dando um tapa no rosto do garoto mandando ele calar a boca.

O garoto chorava muito, aquilo estava ficando irritante, Felipe não conseguia dormir com os gemidos baixo do garoto e as fungadas que dava.

- Ele não vai matar você. - Felipe diz, o garoto para de chorar e encara Felipe.

- Como sabe disso?

- Eu estou aqui a dois anos e não tenho um arranhão se quer. - Diz um pouco impaciente, ele só queria fazer o garoto parar de chorar para poder dormir em paz.

- Você nunca pensou em fugir? Como conseguiu ficar aqui por tanto tempo?

Felipe pensa um pouco antes de responder.

- Eu meio que ma acostumei com tudo isso. - Fala, mas a verdade é que ele não queria sair daqui.

Rony encarava Felipe pensativo.

- Sou Rony. - sorri.

- Felipe. - Disse não dando muita importância para o garoto, ele só queria dormir.

DIA SEGUINTE

- A gente pode bolar algum plano para sair daqui. - Diz Rony pensativo olhando para o chão. Antes que Felipe pudesse falar algo, a porta do cômodo abri revelando Rafael sorrindo.

- Vamos ver se você é uma boa puta. - Rafael fala indo em direção a cela de Rony, que se afastava do garoto mais ainda.

- Por favor, não. - Rony se afastava mais ainda, Rafael levantou as mãos e deu tapa forte no rosto do garoto, que agora estava se desfazendo em lágrimas.

Felipe pensou. Rafael nunca lhe bateu, nunca encostou um dedo se quer nele, ele apenas vinha aqui fodia o garoto e ia embora. Será que Rafael gosta de Felipe e não quer machuca-lo? Claro que não. Porém Felipe achava isso, até presenciar a cena em sua frente, seus olhos encheram de lágrimas ao ouvir o moreno repetir as mesmas coisas, que a dois dias atrás, havia falando para Felipe.

- Shh, não chore baby. - Rafael falava enquanto estocava forte em Rony, que gemia alto e colocava a cabeça no ombro de Rafael.

- Shh, não chore amor. - Rafael falava enquanto estocava forte em Felipe, que gemia alto e fincava as unhas em suas costas.

Felipe chorava em silêncio no canto de sua cela tendo que presenciar tudo isso e não poder fazer nada. Ele achava que o loiro gostava dele. Ele estava enganado porém esse amor maluco que Felipe senti por ele ateapalhava tudo, ele poderia pedoar o loiro se ele apenas o beijasse, Felipe se achava fraco, ele era fraco.

Ver Rafael beijar Rony fez o mereno lembrar dos beijos que ele lhe dera a dois dias atrás, e assim fazendo o garoto chorar mais ainda.

Felipe gostava mais quando ele era o único aqui.

DOIS DIAS ATRÁS

- Shh, não chore amor. - Rafael falava enquanto estocava forte em Felipe, que gemia alto e fincava as unhas em suas costas.

Felipe chorava por dor e por medo de que depois disso o loiro irá o matar, isso era o que passava em sua cabeça, mas Felipe logo afasta esses pensamentos. O loiro gosta dele, ele percebeu isso, ele pensava isso, mas não era verdade.

- Só mais um pouco. - Diz e logo na próxima estocada seu líquido preenche o garoto. Ele larga Felipe e depois se limpa, deixando Felipe apenas de boxer naquela cela.

- Rafael! Eu amo você. - Felipe disse, depois de alguns minutos percebeu o que fez e tampou sua boca. Rafael apenas sorriu falso e foi embora.

Felipe achou que ele também o amava, feliz por isso, foi dormir pensando no loiro.

AGORA

Felipe percebeu que estava errado. Rafael não o amava, e isso doia muito no moreno.

Felipe tentou dormir, mas os gemidos de Rony o atrapalhava, e dessa vez ele não podia fazer nada para faze-lo parar. Apenas Rafael.

Psycho // CellpsOnde histórias criam vida. Descubra agora