-- Eu sabia, EU SABIA. - Maethe sorria e batia palmas de alegria para o garoto sentado em seu sofá. Alan permanecia perplexo com tudo aquilo, depois de quase três anos achando que seu amigo estava morto, ele simplesmente aparece na porta da sua casa sem explicação alguma, aquilo era realmente chocante.
- Bom, eu não estou morto como podem ver. - Felipe sorriu sarcástico e olhou para a garota em sua frente.
- Eu nunca engoli essa história de enterro sem o corpo. Eles nem ao menos se deram o trabalho de procurar por você. - Ela abaixou a cabeça um pouco triste mas logo abriu um largo sorriso para o cacheado. - Eu estou tão feliz. - Ela o abraçou bem apertado transmitido toda aquela saudade guardada em seu pequeno coraçãozinho.
- Eu também estou feliz por ver vocês. - Felipe retribuiu o abraço sorrindo.
Xx
Alan ligou a televisão e de cara deu com um noticiário importante onde diziam ter encontrado uma pessoa morta a tacadas, Felipe ao ouvir aquilo cuspiu toda a água que tinha em sua boca. Os policiais haviam achado o esconderijo de Rafael depois de tanto tempo.
Felipe não podia ficar mais nervoso, afinal, foi ele quem matou Rony e não Rafael. E se a polícia descobrir? E se a polícia descobrir o corpo de Rafael? Felipe seria preso no lugar de Rafael? Ele conseguiria sair de lá sem pegar pena de morte pelas atrocidades que Rafael cometeu? Felipe estava assustado.
- A polícia encontrou uma foto de um garoto moreno em um dos livros que havia na casa. - Após essas palavras saírem dos auto-falantes da televisão, a foto de Felipe se estampou na tela. Felipe olhava aquilo com os olhos arregalados, as mãos suadas e as duas pessoam que ainda estavam presentes na sala olhavam tudo aquilo com um perfeito "o" formado em seus lábios.
Uma foto 3x4, como aquelas que se tira para identidades. Será que Rafael havia pegado isso na carteria de Felipe? Espere... Rafael guardava uma foto de Felipe?
- A polícia achou que poderia ser uma das vítimas. A página em que a foto marcava fala sobre amor e como esse sentimento confundia a cabeça do ser humano. A polícia ainda está atráz de mais pistas. - Felipe abriu um largo sorriso ao ouvir aquilo. Será que finamente Felipe estava conseguido mudar Rafael?
Perguntas sem respostas rodam a cabeça de Felipe enquanto Alan e Maethe tentavam de alguma maneira não ficar impressionados -assustados- com tudo aquilo.
- Tem certeza de que contou a verdade para nós? - Alan disse olhando para o garoto moreno.
- Vocês vão ter que me ajudar com algo. O moreno sorriu.
Xx
- Entregue um recadinho a eles. - Felipe disse sorrindo para a mulher em sua frente. As orbes azuis da moça transmitiam puro medo e Felipe odorava aquilo.
Passaram-se um ano em que Felipe saiu da casa de seus amigos. Ele deixou os garotos livres de qualquer encrenca apesar de que Maethe queria ajuda-lo de alguma forma, ela só pode contribuir com o silêncio junto com o Alan. Felipe disse para eles apagarem ele de suas memórias e se alguém perguntasse algo era para ficarem de boca fechada. Felipe tinha um plano perigoso em mente.
Felipe nunca chegou a matar alguém novamente e por isso tinha um certo cuidado, usava uma máscara para não ser descoberto de jeito nenhum, ele não queria que sua brincadeira acabasse tão cedo.
Ele adora ver a polícia desesperada atrás dele. Mas tudo isso era para não deixar Rafael morrer e cair em um esquecimento eterno. O amor deles dois diveria ser memorável e o moreno teve a grande ideia de tornar isso inesquecível.
O moreno segurou a mulher pelos cabelos ondulados e loiros inclinando seu pescoço para o lado. A respiração de Felipe no pescoço da loira a fazia o pânico correr pelas veias da pobre moça.
Com uma faca Felipe esculpiu um 'R' no pescoço dela que se debatia em dor nos braços do cacheado. Sangue escorria pelo local mas Felipe tinha certeza de que ela não morreria, nada como um bom livro de medicina para ajudar. Pegou um pano e colocou no rosto da mulher, embriagando a moça com aquele cheiro forte do remédio, fazendo-a desmaiar. Felipe cuidou da ferida da moça pegou pelo colo, levou até algum carro -que obviamente não era de Felipe- e guiou até o local mais óbvio, o centro da pequena cidade. Era ritual de Felipe. Sequestrava a vítima, mantinha ela em cativeiro por no máximo cinco dias, marcava seu corpo com o famoso 'R' e a deixava no centro da cidade para ser encontrada facilmente. Toda segunda-feira uma vítima era deixada lá, as vezes com sinais de espancamentos e as vezes limpas, mas sempre com o 'R' marcado no corpo.
A polícia ficava confusa tentando descobrir qum é o "Maníaco do R", um nome idiots mas Felipe gostava. Enquanto Felipe não for pego ele vai continuar honrando o nome do seu único amor, o amor de sua vida.
Rafael.
-Fim-
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Psycho // Cellps
TerrorOnde Rafael é um Psicopata que adora torturar suas vitimas. Plágio é crime.x