CAMOUFLAGE • l.s • EM CORREÇÃO

6.

 (N/A) to muito feliz gente! 

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 - Oi, eu sou o Harry...  

A figura que estava em minha frente era aterrorizante mas ao mesmo tempo, angelical. O menino estava de joelhos e mordia o lábio inferior me observando com um olhar malicioso. Ele parecia estar excitado com a minha presença. 

- Você não é real... Não, não é... - Eu cuspia as palavras fechando os olhos. - Você é fruto da minha imaginação... 

- Nossa, eu sou tão lindo assim? - Ele falou com sarcasmo. 

- Como? - Pergunto incrédulo. - Você pode falar também? 

- Sim, eu posso. E a propósito, eu sou tão lindo, que você pensa que sou um fruto de sua imaginação? - O suposto fantasma me instiga. 

De certa forma, o rapaz era bonito, seus olhos verde-selvagem penetravam em minha consciência de uma maneira que me fazia enlouquecer. Eu só podia estar delirando. 

- Hey... Está tudo bem? - O rapaz falou se erguendo e ficando totalmente ereto em minha frente. 

Ele era maior que eu, seu odor era de um tom amadeirado misturado com suor. Sua boca estava seca, talvez por não beber águo o suficiente. Seu peitoral era definido, a camisa branca que ele usava estava transparente graças ao suor do mesmo. 

- Está... Sim... Claro... - Respondo coçando os olhos.

- Melhor assim. Venha, ainda estou com fome. - Passou por mim, indo em direção a escada. 

- Você não vai sair daqui! Você é só um fruto da minha imaginação, um fantasma, apenas isso! - Grito segurando seu braço fazendo o maior girar e depositar um beijo em minha boca.

- Isso pareceu real? - Ele diz olhando dentro dos meus olhos. 

O beijo tinha sido intenso, caloroso. Ninguém nunca havia feito eu me sentir assim. Minhas pernas tremiam, eu parecia estar em uma corda bamba. De um lado estava um abismo escuro e profundo, do outro, a melhor sensação que já havia sentido. 

- Vamos subir? - Harry deu de costas já pondo o pé sobre o primeiro degrau da escada. 

- Harry, não... Você não pode fazer isso! - Pucho seu braço pela segunda vez. 

- Você quer mais um beijo? - Harry fala girando seu corpo e ficando mais uma vez de frente para mim. 

Eu queria... 

- Não, seu nojento! - Dou dois passos para trás.

- Querido Louis, essa casa é minha, eu vou aonde eu quiser... - Harry soltou um sorriso fofo e sarcástico. 

- Não pode ser, não pode... - Eu repetia à mim mesmo. - Saia daqui, agora!

- Louis está esquentadinho.... - Ele solta uma risada forçada. - Escute bem, eu vivia aqui com meu amigo Niall até ele ser morto pelas criaturas, e não vou deixar dois "homens" - Ele da ênfase na última palavra. - Estragar as mais preciosas e únicas memorias que tenho com ele... Por favor, me solte.. 

Harry subiu as escadas rapidamente até chegar a cozinha e me deixar sozinho no porão escuro. 

- Hey, espere... 

- Ah Louis, por favor, me deixe...

- Espere, como assim, "Louis". Você sabe meu nome? 

- É meio obvio, né? - Harry abre a geladeira e retira de lá, dois pedaços de carne.