Capítulo III

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...

Ari e Harry seguiam Alfred em direção a seus aposentos.

Enquanto caminhavam, perceberam que não havia luz elétrica, o que quase fez Ari entrar em pânico. Todo o corredor, feito de pedras, era iluminado por tochas e decorado com alguns quadros que, aparentemente, pareciam ser pinturas dos familiares de Vlad, pois todos possuíam uma postura e fisionomia parecida. Finalmente, havia um quadro que parecia ser Vlad. Quando Ari ia ler o nome, Alfred passou em frente a uma das tochas, fazendo esta se mexer, e dificultando sua visão. Ela pode apenas ver com certeza o primeiro nome, que era Vlad, como ela imaginara. Mas o sobrenome parecia ser outro. Talvez não fosse o mesmo Vlad, talvez fosse seu pai, pois eram muito parecidos. A ideia grudou na cabeça da menina, não a deixando pensar em outra coisa pelo resto da noite.

─ Harry? ─ Ariela chamou.

─ Sim? ─ Ele já havia desfeito sua mala e agora arrumava a enorme cama para que pudessem dormir.

─ Você reparou nos quadros que havia no corredor? ─ Harry assentiu ─ Viu algo de estranho neles? ─ Harry parou por um instante, tentando voltar ao momento pelo qual passavam pelo corredor.

Pensou nos quadros, mas não viu nada de muito extraordinário além das datas. Havia quadros de 1612, ou até mais antigos. Vlad possuía uma família que vagava pela Terra desde sei lá... Sempre.

Era quase como se eles tivessem-na criado. Isso o assustara um pouco.

─ Não, não vi nada de especial. ─ Ele respondeu.

─ Eu reparei numa coisa ─ Ela continuou. Precisava compartilhar. ─ Havia um quadro do Vlad...

─ Havia?

─ Havia. Estava escrito seu nome lá, mas com outro sobrenome. Eu não consegui ler direito, mas não se parecia nada com aquele sobrenome estranho com o qual ele se apresentou.

─ Bom... Poderia ser o pai dele.

─ Com o sobrenome diferente? ─ Ariela perguntou e Harry voltou a pensar. ─ Eu tinha chegado à mesma conclusão, o cara da pintura parecia mesmo o Vlad. Mas não podia ser seu pai com um sobrenome diferente.
Harry aproximou-se de Ari e beijou sua testa.

─ Acho que você está vendo coisas. ─ Ele disse ─ Por que não vamos pra debaixo das cobertas e esquecemos do Vlad um pouquinho? ─ Ari sorriu e Harry a pegou no colo.

...

─ Como eles ousam não servir o jantar? ─ Niall perguntava indignado, com as mãos no rosto.

─ Pois é. ─ Alissa tocou seu estômago. Havia comido há apenas trinta minutos atrás. Precisava de um petisco. Ou melhor: um jantar bem calórico.

─ O que faremos? ─ A garota assentiu como quem diz que não sabe. Niall pegou-se encarando o quadro que havia dentro do quarto, estava exatamente de frente para a cama. Era uma jovem, possivelmente com uns 19 anos, de cabelos castanhos compridos e um vestido verde. Os olhos eram assustadoramente pretos o que lhe causou um arrepio. A garota parecia ter saído de um filme de exorcismo. ─ Não vou conseguir dormir com ela me olhando.

Alissa riu.

─ Depois a tiramos daí. No momento, estou mais preocupada em como vamos conseguir comida.

Road to Transylvania (One Direction)Onde histórias criam vida. Descubra agora