Capítulo IV

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...

─ Na verdade, ele gostaria apenas da presença da senhorita Lyanna.

Um silêncio instalou-se no aposento. O sorriso de Louis desaparecera, assim como o de Lyanna. Alfred continuava impassível, esperando de forma cordial na porta.

─ Ele a espera na sala de jantar ─ prosseguiu.

Antes que Lyanna pudesse responder, Louis a cortou.

─ Vá.

─ O quê?

─ Eu falei pra você ir. ─ Seu tom de voz não transparecia qualquer emoção.

─ Mas, Louis...

A garota ficou confusa. Sabia que Louis estava nervoso e enciumado, mas não fazia ideia do porquê, diabos, aquele Vlad estava no seu pé.

Era um homem assustadoramente bonito, isso era verdade, mas estava começando a incomodá-la.

─ E se eu não quiser? ─ Ela respondeu. Louis nada disse.

─ Bem ─ Alfred ajeitou seu paletó de mordomo do século XIX ─ tome seu tempo. E retirou-se.

Mais uma vez, o silêncio. Louis agora olhava a janela, parecendo um pouco irritado, enfim.

─ O que foi isso? ─ Lia perguntou baixinho. Ele não respondeu, continuando de costas pra ela. ─ Louis?

─ Vá logo, Lyanna. ─ Ele passou a mão pelos cabelos ─ faça o que ele pediu.

─ O que aconteceu com a sua maldita preocupação? ─ Estava um pouco mais alterada agora, o que não acontecia com frequência.

─ Que se foda essa porcaria ─ Louis berrou. ─ Se ele faz tanta questão de vossa companhia ─ disse, fazendo uma reverência, claramente irônico ─ , então vá. Pelo menos, assim ele para de incomodar.

Lia parou e respirou, então, abriu a porta e saiu.

...

─ Mas que caralho, não enxergo nada. Vamos morrer! ─ Alissa tateava a parede com uma mão, a outra apertando a mão de Niall com força.

─ Jesus Cristo, Alissa, se acalme. ─ Ele retirou o iPhone do bolso o usou-o como lanterna. ─ Eu avisei que devíamos ter pegado uma das tochas do corredor.

─ E como eu deveria saber que nos outros andares não tinham nenhuma porcaria de tocha?

─ Porque passamos por aqui duas vezes.

─ Ah, é.

Alissa e Niall andaram tanto, que mal notaram que já estavam no primeiro andar. Mas não havia sinal algum de cozinha.

─ Esse cara não sente fome, não? ─ Niall protestou. Haviam conseguido uma vela que estava casualmente largada por aí e Alissa estava mais calma.

─ Aquele Alfred não deve comer mesmo! Parece um zumbi.

─ Esse lugar todo é bizarro. ─ Niall parou em frente a uma porta de madeira, consequentemente fazendo Alissa parar também. Ficaram encarando-a por alguns instantes.

─ Abrimos? ─ A garota perguntou.

─ Não pode ficar pior. Quer dizer, o que pode ter aí? Corpos?

Road to Transylvania (One Direction)Onde histórias criam vida. Descubra agora