29° capítulo

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#Peter

Entrei na mansão. Não fazia a mínima ideia de quem tinha organizado a festa. Mas como uns amigos meus me convidaram, vim. Também porque é o sítio perfeito para pregar umas partidas para o meu canal do "YouTube".

Pedi a um deles, ao John, para andar comigo e para filmar a partida quando a fizesse.

-Oh! Estamos numa festa! Vamo divertir-nos! Porque estás sempre a fazer vídeos para o teu canal? Nem tens assim tantos subscritores...

-Mas talvez um dia tenha! E devo de continuar a fazer para os que tenho agora...

-Pronto! Está bem.

-Vá, vem comigo.

Andámos pela festa à procura de pessoas para assustar. Acabei por me perder do John. O pior foi que ele não atendia o telemóvel. Acho que ele se perdeu de propósito.

Bem, ao menos posso praticar para depois assustar realmente a sério.

Depois de um bocado já me encontrava longe das pessoas. Estava a passear pela mansão. Era realmente misteriosa, magnífica...

Vi luz a escapar pelas frestas de uma porta. A curiosidade venceu-me e, então, decidi abri-la. Estava uma rapariga a pintar.

Aqui seria uma partida perfeita. Onde está o John quando preciso dele?

Decidi assustá-la na mesma. Coloquei a máscara, caminhei até ela cautelosamente e esperei que ela se virasse.

Gritou.

Ela ficou com uma cara tão cómica! Ri-me. Decidi tirar a máscara , principalmente porque não conseguia ver bem a cara da rapariga, e desculpar-me, claro:

-Foi uma partida...- tentei dizer. Ainda estava a rir, tentava controlar-me, mas não estava a conseguir. - Desculpa se te assustei muito. - disse, finalmente, num tom mais sério.

-Não faz mal...- respondeu ela.

Virou-se e começou a arrumar uns materiais quaisquer. Esta rapariga é me familiar, só não sei de onde. Permaneci a olhar para ela, como que se a resposta fosse surgir de algum modo.
Voltou-se novamente para mim. Ela notou que eu a fixava. "Bolas"! Decidi apresentar-me:

-Chamo-me Peter.

-Annie. -respondeu.- Eu tenho de me ir arranjar.

- Okay. Então...vemo-nos já?- tentei dar uma indireta.

-Sim...pode ser.

" Boa, Peter!" pensei.

Ela ia em direção à porta, mas tropeçou num pincel. Por sorte dela eu estava lá e consegui apanhá-la. Os nossos rostos ficaram a milímetros de distância. Fiquei a olhar os seus olhos, e ela os meus. Eram verdes, azuis e castanhos. Acordei dos meus pensamentos e decidi perguntar se ela não se magoou.

-Estás bem? -perguntei-lhe.

-Sim, sim...estou bem! Obrigada. - agradeçeu e afastou-se de mim -Vou andando.

Simplesmente acenei com a cabeça e segui os seus passos até sair desta "oficina de artes", sei lá.

Acho que, pela primeira vez, entendi o verdadeiro significado da expressão: " Amor à primeira vista."

Good Girl or Bad GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora