Provocation.

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Camila  POV

Me mudar para Nova Iorque e tentar recomeçar a vida foi uma das atitudes mais decisivas que eu já tomei, largar o emprego sem avisar e sair de Los Angeles sem olhar pra trás, como Mandela falou: "eu sou mestre do meu destino, eu sou capitã da minha alma!". Seria assim daqui pra frente.

Minha vida não era das mais complicadas. Acabei de completar vinte anos, saí do México aos dezoito, meus pais ainda moram lá com minha irmã mais nova, e eu vivo sozinha. Quando larguei o emprego em Los Angeles e decidi me mudar, lembrei-me logo da minha querida tia distante, agora estou aqui morando em sua casa, enquanto ela faz uma viagem pela América Latina. Ainda tenho alguma grana, fruto do meu antigo emprego, então não preciso me preocupar em arranjar trabalho, pelo menos não ainda.

Já conheci meus novos vizinhos, um casal pacato e simpáticos, e sua filha, bom, digamos que Lauren é uma menina encantadora, seu jeito nerd e tímida, chamaram minha atenção, devo admitir que tenho um fraco por nerds. Bom, deixa eu explicar, não sou lésbica, nem hétero, a questão é que eu detesto rótulos, as coisas são como elas acontecem e podem mudar, ninguém precisa rotulá-las, afinal, as coisas não são, elas estão. Por exemplo, hoje eu posso adorar uma comida e comê-la em excesso, amanhã posso estar enjoada só de olhar para a mesma.

Mas enfim, voltando a filha dos meus vizinhos, Lauren, é uma menina linda, e sua peculiaridade genética me chamou mais atenção ainda. Acho que gostei dela. Ela me olha diferente, como se nada ao redor existisse, como se sua vida dependesse disso. Se eu estou interessada nela? Sim. Se eu vou investir? É claro, porém, eu quero que ela tome iniciativa, quero que ela dê o primeiro passo, mas, é claro que eu vou provocá-la, instigá-la até ela não se aguentar.

Agora mesmo estou em meu quarto, deitada na cama e pensando nela, no seu corpo, e, claro, seu pênis. É lindo, mesmo em seu estado normal, vi só de relance, mas guardei na mente. Branco como sua pele e, por mais que eu não tenha visto, deve possuir a glande rosada. Não pude evitar que o desejo viesse à tona, minha boceta já dava sinais de querer algum contato para aliviar o tesão. Deslizei minha mão pelo meu abdômen, a escorreguei por baixo do tecido fino da calcinha e acariciei meu clitóris com a ponta do dedo indicador, deslizei mais a mão para baixo e encontrei minha entrada encharcada, não demorei em penetrar dois dedos e começar a movimentá-los para dentro e para fora, com a palma da mão eu fazia uma pressão gostosa em meu meu nervo latejante, não demorou e logo eu atingi o ápice, um orgasmo delicioso, desses que só nós mulheres podemos dar a nós mesmas. Despi-me e fui para o banheiro tomar outro banho antes de dormir, embaixo d'água pensei no que acabara de fazer, em como quero saciar meu desejo, mas não sozinha, e em como Lauren me deixou com sede do seu beijo, mais cedo na praia.

Flashback on.

- Obrigada então. - Lauren respondeu séria. Nossos rostos estavam a poucos centímetros um do outro. - V-você...você também é muito linda. - elogiou-me abaixando a cabeça. Porra garota!

- Obrigada. - agradeci de forma que transparecesse meu desapontamento, dei um suspiro rápido e permaneci em silêncio por alguns minutos, até decidir que tava na hora de ir pra casa. - Bom, vamos? - perguntei me levanto e retirando a areia de meu corpo.

- C-claro. - respondeu repetindo meu gesto.

O caminho pra casa foi silencioso e entediante. Lauren mal se despediu quando a deixei em frente à sua casa, sua timidez era visível, seu rosto estava corado, confesso que achei fofo, mas, ainda assim, estou frustrada pela falta de atitude por parte dela, o que não me impede de brincar um pouco com essa situação.

Flashback off.

Dia seguinte.

Passei o dia rodando a cidade, conhecendo e me familiarizando, fiz algumas compras no final da tarde e fui em busca de algum lugar pra comer.. Pensei em ir buscar Lauren no colégio, mas preferi evitar deixá-la constrangida, mais uma vez. Estava tomando café em uma Starbucks do centro da cidade, quando ouvi meu celular tocar, era minha melhor amiga.

The girl next door.Onde histórias criam vida. Descubra agora