O Pulo do Gato (Romance Gay)

#03 - Gato Mal

Quero dedicar este capítulo a Pam, minha menina linda, que tanto amo...

ANTONY

As luzes brilhavam como se quisessem chamar mais atenção do que o público animado, que lotava todo o clube, que pulava e gritava enlouquecidamente....

Aquele era o momento perfeito de me jogar na platé....

Booooommmmm.....................

Uma bomba? Não! Pior que isso minha guitarra, estraçalhada no chão. E o gato cinza e pulguento do vizinho, com cara de tonto encima do guarda roupa, no mesmo local onde ela se encontrava.

Não me entendam mal, respeito muito os animais, mais que eu estava com vontade de matar aquele dali, eu juro que estava!

Me levantei feito um louco para matar o gato, mais o infeliz foi mais rápido e pulou pela janela, me deixando ali, parado, feito um idiota, me perguntando o que fazer da minha vida, tinha um ensaio para ir naquele dia... Perái.... O ensaio?! Que droga o dia quando tem de ser ruim é uma merda.

Peguei meu celular e vi as horas, droga meia hora de atraso, leva trinta minutos para chegar até o estúdio, Ao menos tenho que dar uma satisfação pra galera.

"Minha guitarra quebrou!" Simples assim, seria exatamente o que diria quando entrasse no estúdio mega atrasado. - O ônibus ainda me fez o favor de quebrar no meio do caminho, Tive que vir andando.- Tentaria explicar o que me levou a chegar a tal situação. Tirando a parte do maldito gato que me fizerá passar por imbecil.

Chegando lá...

O mundo parou, literalmente, ao menos dentro daquele estúdio tudo parou. Desde as baquetas do Baterista até as cordas de aço da guitarra que o corpo estranho ali presente... Recapitulando... Guitarrista novo... Rápido assim?! Me atrasei apenas uma horinha! Talvez se tivesse me atrasado umas duas horas ja teriam iniciado uma turnê mundial.

- Quem é ele? - Perguntei já com medo da maldita resposta.

- O guitarrista novo... - Respondeu o baterista com cara de maconheiro.

- Q!?!? - Meu espanto foi tão grande que não dei por mim que meu corpo continuava na mesma posição, segurando a porta entreaberta.

- Fecha a porta, aqui tem ar... - Falou o cara de espanto (guitarrista novo) enquanto repolsava a guitarra apoiada na parede, e logo depois passou por mim parecendo o flash. - Vou fumar...

Tá vendo! Ele é ridículo! Contribuindo para o aquecimento global! Tá eu também fumo de vez em quando mais era eu.... Ah que se foda.... Momento presente.

- Agora pode explicar. O que deu em vocês?

- Antony, você está fora! - Agora foi a vez do loirinho do baixo da uma de chato...

- Fora?!?! Como assim, fora? - Eu quiz saber.

- Cara! De boa... Ninguém aguenta mais seus atrasos. Pow, olha só nem trouxe sua guitarra, Qual desculpa vai inventar agora, o gato derrubou sua guitarra e ela se dividiu em duas?

- Como você sabe? - o cara só podia ser vidente.

- Vai se fuder, não acredito mas em nenhuma palavra que saia da sua boca.

- Ahh! quer saber?! Foda-se todos vocês....

Fui embora, mais antes de sair deixei as lágrimas cairem como as primeiras gotas de uma tempestade. Agora sim, não tinha mais nada na vida, nem sequer uma banda... Só faltava um caminhão me atropelar.

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Não posso negar, Obviamente aquilo estava muito além dos meus planos para uma noite de sábado.