EDWARD
Passei pela porta tropeçando nos brinquedos que Ed deixava espalhados pela casa, feito uma criança desobediente. - Sorte a minha, ele não ter aptidão para andar de skate. - Fui direto ao portão, abri e vi dois homens, um deles parecia um Deus Viking.
Ele, o Deus, tinha o cabelo grande até a bunda, cacheado, preto e volumoso, sua pele era branca assim como a minha e seu rosto era perfeito, em uma delicadeza estranha para tal ser, até então. Era musculoso, usava uma camisa de alguma banda estranha, que ficava justa ao seu corpo - ressaltando os músculos de um Deus. - e uma calça larga com coturnos. Ambos pretos.
Por um instante, fitei seus olhos e me prendi a eles, como se fosse a melhor coisa do mundo. E por ali fiquei no paraíso até o outro homem me tirar de lá...
- Queríamos ver a guitarra que está a venda! - Este já era mais normal, branco, cabelo curto, liso e preto com cara de idiota, parecia ser fã da mesma banda pois trajava uma camisa da mesma e se vestia igual ao outro, apenas com um detalhe, este carregava um gato cinza de olhos verdes como esmeraldas e que fulminavam o meu gato com extrema curiosidade.
Automaticamente o assunto da guitarra foi esquecido, para tratarmos de algo de extrema importância, os nossos bebês... Os gatos.
Conversamos durante algum tempo, até a ignorância dominar o corpo daquele Deus lindo e burro, este começou a falar baboseiras imediatamente. - Como pode sair tanta coisa ridícula de alguém tão bonito? - Virou as costas fingindo ir embora e depois voltou todo convencido. Que horror!
Depois do showzinho, pedi que entrassem para ver a guitarra. O olhar de indignação do Deus estava me comovendo...
Entramos em casa e pedi para que tirassem os calçados. Minha casa era limpinha, não iria deixar que dois estranhos a sujassem.
Depois fomos para o meu quarto, não conseguia parar de olhar para aqueles dois quando adentraram na minha casa. Os dois faziam uma cara de total espanto.
Motivo número 1: Parecia um playground para gatos. Motivo número 2: Todas as paredes, incluindo sala e cozinha, eram cobertas por pôsteres e objetos relacionados com rock.
- Seus pais devem ser pessoas bem liberais para deixar você fazer isso com sua casa não? - Perguntou o idiota.
- Não tenho mais meus pais, moro com meu tio. - Disse já cortando o assunto, não gostava de falar nisso, principalmente com dois estranhos. - Alias, vocês não me disseram os seus nomes! O meu é Edward. E o de vocês é...?
- O meu é Bruno! E o dele é Antony. - Falou o cara do gato cinza.
- Porque os brasileiros tem essa mania de americanizar os nomes em? - Fiz essa pergunta mais para mim mesmo. Mais se alguém se incomodou...
- Você também fez a mesma coisa que o seu. - A voz de Antony era linda, principalmente quando ficava puto.
- Não querido. Minha mãe era americana, por isso tenho esse nome, Edward era o nome do meu bisavô.
- Ahn legal! - Como era bom provoca-lo.
Tá eu sei, eu não era assim. Sempre fui muito bonzinho. Mas aquele cara me tirava de orbita, sem eu saber o porque. Ele parecia ter saído de um filme medieval, e mesmo assim parecia ser fofinho na medida certa. - Mesmo sendo tão arrogante! - Pensei.
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O Pulo do Gato (Romance Gay)
RomanceEdward, um jovem de dezesseis anos, mora com o tio desde o assassinato de sua mãe, cometido pelo próprio pai. Ainda guarda lembranças fortes e assustadoras sobre o ocorrido. Mais nada o impede de ser o menino doce e carismático que é. Seu amor...