Capítulo 30

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Voltei pra casa andando com o Bruno, o vento no rosto e uma vontade estranha de sair correndo até cansar. E como sempre, Bruno parecia adivinhar meus pensamentos, ele me cutucou e o cutuquei de volta provocando. Ele cutucou mais uma vez e quando fui devolver ele correu e então eu fui atrás, a adrenalina e a sensação de liberdade tomando conta de mim, não havia Gustavo nem Mariana, eram só Bruno e eu dois bobos correndo pelo parque até em casa.
     Aos poucos ele ia parando de correr e eu fui chegando mais perto, ele me puxou e passou os braços em volta da minha cintura e nós dois não conseguíamos parar de rir, então ele me abraçou e eu devolvi o abraço. Eu podia ficar daquele jeito pra sempre, estar com o Bruno me fazia esquecer a ferida aberta em meu peito, não que ela estivesse curada mas doía menos quando ele estava por perto.

- Obr...bri...gada... Obrigada! - eu disse recuperando o fôlego.
- Não por isso. - ele disse.
- Quer entrar?
- Outro dia, preciso estudar biologia hoje.
- Ah, tudo bem. Se precisar de ajuda estou aqui.
- Acho que vou precisar. - Ele disse rindo.
- Bobo. - disse sorrindo.
- Eu amo seu sorriso. Queria vê-la assim sempre. - Ele levou a mão até a minha bochecha fazendo carinho. Retribui o gesto com um beijo na bochecha e ele sorriu. Nos despedimos e fiquei observando ele ir embora, o vazio retornou e a dor aumentava a cada passo que ele dava para longe de mim.

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