Capítulo 13

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    Foi difícil encontrar um lugar no colégio em que Gus e eu pudéssemos ficar a sós. Quando finalmente encontramos um lugar mais sossegado o Gus me abraçou com muita força, apesar de gostar do seu abraço não entendi o motivo eu queria explicações. E antes que eu exigisse explicação o Gus começou a falar.

- Quando eu te vi naquela sala de aula esperando o contato de alguém, tão tímida e misteriosa tudo que eu queria era falar com você, mas eu não sabia como. Enquanto todos riam de você o que mais queria era te abraçar e dizer que tudo ia ficar bem.
- Gus... Eu...
- Calma Júlia. E quando você derrubou minhas coisas e na tentativa de me ajudar olhou nos meus olhos eu vi que era amor.
- Mas Gus, se você me ama porque me deixou falando sozinha naquele dia por causa da flor?
- Você conhece o Bruno?

Já tinha ouvido falar no Bruno, ouvi algumas meninas comentando sobre ele mas nunca o tinha visto. Pelo que falavam ele era muito bonito mas fazia a linha cafajeste. Não era o meu tipo.

- Não, mas já ouvi falar.
- Ele que deixou aquela flor.
- O que? Isso não faz nenhum sentido. Ele nunca me viu.
- Mas já ouviu. Ouviu por todo o colégio sobre você "A filha da nova psicóloga do colégio" e que estava aos risos comigo na biblioteca.
- Mesmo assim, uma flor? Que tipo de loucura é essa?
- Eu tive uma namorada alguns meses atrás. A Gabi era linda, todos os garotos queriam namorar ela. E eu fui o felizardo. Mas tinha um problema, o Bruno a queria também. Ela me traiu com ele e tudo começou assim com uma flor em um armário. E agora parece que a história se repete. E eu gosto de você poxa, eu não queria gostar de ninguém novamente. Eu prometi isso a mim mesmo.
- Gus eu não sou a Gabi. Eu não quero o Bruno. E também não sei se quero você. Mal nos conhecemos. - O que eu estava dizendo? Eu amava aquele garoto. Eu devia estar louca.

- Então eu não tenho nem a chance de tentar?

Eu estava contra a parede. Como eu ia dizer que também já tinha sofrido por amor? Que já havia me decepcionado tantas vezes? Como eu ia confiar meu coração, ou pelo menos os pedaços dele, ao Gus?

- É muito cedo pra tudo isso.
- Por favor Maria Júlia. Só uma chance.
- Gus... Eu não sei...
- Vamos nos conhecer melhor então. Não precisa dizer nada agora.
- Acho que assim tudo bem.
- Quer ir no cinema comigo hoje?
- Claro!

Eu estava feliz com o Gus gostando de mim, eu também gostava dele e quem sabe tudo pra nós pudesse dar certo? Ele foi um ótimo amigo desde que cheguei aqui, também poderia ser um ótimo namorado.

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