Tenha cautela!

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Chego no shopping, onde vou assistir o cinema as 14 e 37 com Anne já me esperando perto da bilheteria.

-Achei que não ia vir...- Falou apontando para o relógio em seu pulso

-Calma...Só foram 7 minutos atrasado- disse pegando seu relógio e mostrando a ela.

Fomos à bilheteria e compramos os ingressos, porém o filme ia demorar em torno de 1 hora para começar, então, fomos para perto da praça de alimentação e sentamos lá.

-E aí...O que foi fazer de tão importante que teve de adiar o cinema?

-Fui ver uma pessoa que não via a muito tempo- disse dando ênfase na letra ''u'' da palavra ''muito''.

-Ora, ora...quem?

-Tenta adivinhar?

-O Alex está de volta?

-Não, se não você saberia.

-Então quem?

-Sophia- disse sem titubear

-Que Sophia? Aquela de 3 anos atrás?- Indagou Anne, se sentindo meio confusa- Aquela que não fala com você desde que eu mandei para ela aquela mensagem de 'até nunca mais'?

-Isso! Essa mesma. A Senun.

-Quem correu atrás de quem aí?

-Eu que fui atrás dela...

-Mas porquê? E como?

-Primeiro eu fui em uma reunião de sala da Rafa e na sala tem um garoto, amigo de Rafa, chamado Marvin Senun, que no caso, é irmão de Sophia e eu nem lembrava que ela tinha irmã e da mesma idade que Rafa...- E fui contando para ela toda a história- ...E de lá, vim para cá me encontrar com você como tínhamos combinado.

-Que loucura! Mas Charlie, você lembra que ela não te fazia bem e como você era antes?

-Como eu era antes?

-Inseguro, meio perturbado, raramente sorria, raramente saía com os amigos, ficava deprimido rápido, sentia-se triste...Quer que continue?

-Não! Para! Chega! Tá bom!

-Mas assim Charlie, pelo o que você disse e visto que foi você, teimoso, que foi atrás dela, não quero nem saber no que isso vai dar. Se você se der mal, lamento, se você der bem, lamento. Até porque, se trata de Sophia - Por algum motivo, Anne não gosta de Sophia, na verdade, nunca foi achegada a ela, para começar, nunca se viram, porém, pelo o que dizia, Anne sentia raiva dela, não que fosse ciúmes, mas o jeito que Sophia me deixava e mesmo assim, parecer que faz pouco caso de mim, deixava Anne furiosa e preocupada comigo. Acho ela fofa por isso...Por se preocupar comigo.

Depois de passado aquela 50 minutos, compramos nossos lanches na lanchonete do cinema mesmo, ou seja, pipoca, refrigerante e chocolates, e fomos em direção a sala do cinema.

Depois do filme, fomos jogar os lixos na lixeira e sentamos em um banco próximo aquele que a gente sentou da última vez.

-Então quer dizer que você vai levá-la para a balada hoje?

-Sim, passarei la junto com Billy. Falando nisso, ainda não avisei a ele.

-Avisa logo hein...

Decidi mandar, então, uma mensagem para Billy.

''Hey Billy, tudo certo? Bom, passa lá em casa para irmos para a balada e vou pedir para a gente passar antes em um lugar pegar um pessoa, qualquer coisa, te pago a gasolina''

Logo em seguida, Billy me responde:

''Opa, Charlie. Pode ficar tranquilo. A gente passa onde você quiser sim. Não se preocupa. Passo na tua casa umas 22 e 40. Até mais tarde.''

-Pronto! Já avisei para Billy e ele já concordou. Quando formos, passamos lá na praça que Sophia falou para pegá-la

-Charlie...- falou Anne de cabeça baixa

-Que foi?

-Por favor, vê se toma cuidado. Me preocupo com você e não quero que volte a sofrer como antes. Quero continuar a ver você sorrir e se divertir. Por favor, faça isso, tome cuidado!

-Pode deixar, Anne...- Disse abraçando-a- Prometo a você que dessa vez eu tomarei cuidado e quero que você saiba que eu não estou tendo certeza da tentativa de um relacionamento com Sophia, você sabe como éramos amigos e quero isso de volta.

-Pode até ser, Charlie. Mas a Sophia estava certa, a chance da porta do amor que estava fechada ter uma ruptura é muito fácil. Por isso, digo para tomar cuidado.

-Obrigado Anne, pela preocupação e por tudo e vou fazer de tudo, para que eu não volte a ser aquele Charlie de antes.

Saímos do shopping, indo um para cada lado. Nos despedimos e vou em direção ao ponto de ônibus. Mas o que Anne me disse, começa a se espalhar por minha mente, me deixando preocupado de como eu era antes e agora, terei de me esforçar a não voltar a ser o que era, pois, pelo jeito, isso acabava afetando os que estavam ao meu redor.



Meio Cheio, Meio VazioOnde histórias criam vida. Descubra agora