3. decisions

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Luke.


Michael e eu chegamos em casa tarde da noite, o orfanato fica a cerca de três horas de distância. Era cansativo ter que dirigir todo o caminho de ida e volta. Meus pensamentos viajaram até Jonathan. Eu nunca vou ser capaz de vê-lo novamente... ele vai ser levado embora, para ser o filho de outra pessoa.

Eu sinto as lágrimas voltando... eu tinha uma conexão com ele, assim que eu o segurei em meus braços eu senti. Quase como foi com Michael, apenas um pouco diferente. Como da maneira que um pai olha para seu filho. Ele poderia ter sido meu, mas chegamos tarde demais. Eu sinto um buraco no meu peito, eu estava pronto para começar uma vida com ele e Michael.

Sinto uma única lágrima salgada rolando pelo meu rosto. Michael vem atrás de mim, sem saber do meu estado atual.

"Então, Lukey, você ainda acha que só devemos adotar bebês?" ele pergunta, brincando, colocando os braços em volta da minha cintura e virando meu corpo de frente para o seu. Seu sorriso some de seus lábios logo que ele vê minhas lágrimas. Ele franze as sobrancelhas. Ele me dá um abraço apertado e beija minha testa amorosamente.

"Gatinho, eu sei que você amou Jonathan... mas isso simplesmente não funciona assim." ele me acalma enquanto esfrega círculos nas minhas costas. "Mas, April...", ele deixa a frase no ar.

"Você está pensando em adotar April em vez disso?" eu pergunto, um pouco magoado.

"Bem, eu quero dizer, sim, ela foi tão doce e-"

"Michael", eu o cortei, "Nós concordamos em adotar um bebê... quero dizer, e se ela for diferente quando nós a trazermos para casa? Nós não sabemos e..." eu vejo como seu sorriso se desmancha novamente. Eu me sinto culpado, eu realmente gostei um pouco de April, mas não vi isso como uma oportunidade de realmente a adotá-la.

"Oh, sim, você está certo." ele silenciosamente diz, olhando para o chão. Sei que eu acabei de machucá-lo, bom trabalho, Luke. "Gatinho, vamos lá, vamos descansar um pouco, podemos falar sobre isso amanhã de manhã." diz ele, pegando uma das minhas mãos e me levando junto. Nós caminhamos para o nosso quarto em silêncio. Eu tiro fora meus jeans skinny e Michael faz o mesmo, ambos colocamos camisas diferentes e ficamos apenas de boxer na parte de baixo. Deixo ele colocar um braço em volta da minha cintura e me aconchego mais perto dele. Ele deposita um beijo leve no topo da minha cabeça.

"Boa noite, gatinho."

"Michael?" eu chamo antes que ele adormeça.

"Sim?"

"Eu não me importaria de voltar para visitar April..." eu paro. Talvez isso pudesse funcionar, eu só tenho que manter a mente aberta, agora tudo o que eu consigo pensar é não ter mais Jonathan e isso, de certa forma, está bloqueando minha visão do que está certo na minha frente. April.

"Sério?" ele pergunta depois de um curto silêncio.

"Sim. Eu gostei muito dela. Eu gostaria de vê-la novamente."

"Obrigado Lukey, eu te amo."

"Boa noite Mike, eu também te amo."

Eu acordo e me sinto frio. Abro os olhos lentamente, limpando o borrado da minha visão por um momento. Michael não está na cama comigo. Eu, sonolentamente, me sento e jogo minhas pernas sobre a borda da cama, bocejando antes de ficar em pé. Eu faço meu caminho para fora do nosso quarto, à procura de Michael.

"é, tudo bem, sim. Tenha um bom dia." eu escuto fracamente. Eu entro na cozinha para ver Michael com seu celular na mão.

"Oh, bom dia." ele diz, um pouco nervoso.

"Hum, bom dia, quem era?" pergunto, levantando uma sobrancelha.

"Hum, era Calum, ele só estava perguntando se nós queremos sair jantar amanhã, tudo bem para você?" ele pergunta, relaxando.

"Claro. Você já fez o café?" eu pergunto, coçando minha nuca. Ele balança a cabeça a arrasta uma caneca do outro lado do balcão, empurrando-a para mim.

"Sem leite e açúcar extra." ele sorri. Eu pego a bebida quente e lhe dou um beijo.

"Obrigado." eu gemo dramaticamente.

Ele ri, eu me sento em uma das cadeiras da bancada. Ele fica na minha frente, o balcão nos separando.

"Então, hum, sobre Jonathan...", diz ele, evitando contato visual.

"Michael, não vamos falar sobre isso. Que tal falarmos sobre April... eu tenho pensado muito sobre isso. Quer dizer, eu realmente quero visitá-la em breve. Você acha que poderíamos ligar para o orfanato e dizer-lhes que não estamos apenas interessados em bebês?"

Um sorriso se estende por seus lábios perfeitos. "Você realemnte gostou dela? Você não está apenas dizendo isso porque eu gostei, huh?" ele pergunta com ceticismo. Eu concordo.

"Não, ela foi extremamente adorável." eu rio.

"Assim como você." ele se inclina sobre o balcão, agarrando meu queixo e beijando meus lábios brevemente.

"Vou tomar banho." ele diz antes de sair em direção ao banheiro.

"Não me deixe aqui sozinho!" eu grito de brincadeira.

Sua cabeça aparece de trás da parede. "Bem, eu acho que você vai ter que se juntar a mim, certo?" ele pergunta com um sorriso.

"Eu acho que sim." eu sorrio enquanto o sigo até o banheiro.




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