End of the Day

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"If there's something that I learn from a million mistakes;

You are the one that I want at the end of day."

Quando Harry fez 16 anos, seu pai disse que ele poderia pegar o carro somente em situações de emergência. E o cacheado não poderia pensar em uma emergência maior do que essa.

Mesmo tendo uma moto, ele sabia que se tentasse dirigir com suas mãos tremendo, iria acabar na sala de cirurgia.

Ele parou de qualquer jeito na rua, largando a moto e correndo para dentro do lugar, o mais rápido possível (talvez esbarrando em algumas pessoas no caminho) até encontrar Sarah.

— Cadê? Cadê ele? Está tudo bem?

A menina o segurou pelos ombros, enquanto ele olhava ao redor, procurando por uma pista.

— Calma, Harry, por favor. Eu não vou te deixar entrar se você estiver nervoso assim. — ela falou em um tom compreensivo.

— Eu posso entrar? — ele disse, com os olhos arregalados, jogando o cabelo para trás.

— Se ele te colocou como o número de emergência então, sim, você pode. Mas, você sabe, não é?

— Des não pode descobrir.

Nessa hora, as pessoas na sala já olhava para os dois curiosamente, como se eles fossem a única distração para tudo que estava acontecendo.

— Se ele ficar sabendo disso, Harry...

— Eu sei.

Harry estava ansioso para entrar naquela sala, talvez ansioso demais. Depois da briga, a primeira vez que ele vai ver Louis é depois do mesmo quase morrer. Isso é um bom motivo para deixá-lo ansioso.

— Não, você não sabe. Por favor, tenha cuidado. Des não está aqui agora, mas fique atento no seu celular. Se eu te mandar uma mensagem, seja qual ela for, saia pela janela imediatamente. — ela disse, apontando uma seringa para ele e depois se apoiando no balcão para falar outra enfermeira.

— Claro. Obrigado, Sarah. — Harry disse, já andando o mais rápido possível pelo corredor. Sarah riu baixinho, pegando sua prancheta.

— Boa sorte, Hazz.

••••••••••••••

A porta nunca pareceu tão interessante para Harry. De repente, a cor branca, parecia um perolado. Ou seria sua imaginação?

Ele engoliu em seco, tomando uma coragem repentina e abrindo com cuidado a porta.

— Oi?

— Harry?

— Oi.

Louis estava deitado na cama, com óculos e lendo um livro qualquer, enquanto suas mãos, totalmente ligadas à vários fios e máquinas, pareciam extremamente frias.

A janela estava aberta, mas mesmo com a luz que entrava, o quarto parecia escuro. E por algum motivo, a escrivaninha estava arrumada e a bola de futebol não se encontrava em lugar nenhum.

— O que você...

Louis pareceu parar de repente.

— Eles te ligaram, não foi?

— Na verdade sim — Harry respondeu, envergonhado.

— Merda, me desculpe. Eu ir falar para você na segunda, mas...

Harry riu levemente, ainda encostado na porta, mas Louis estava quase da cor de um tomate de tão vermelho.

— Louis, está tudo bem...

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