Verdes y Azuis - AyA

Capítulo 4

Anahi trabalhou muito, porém sem dizer muita coisa. O ajudou em tudo o que precisava.
Quando ela estava ocupada com outras coisas, ele a observava, sem a mesma perceber.

- Daqui a alguns minutos estou indo para casa. - diz, batendo a caneta calmamente encima da mesa.

- Bom, então isso significa que daqui a alguns minutos eu também estou. - sorri de canto, olhando-o rapidamente.

- Você mora muito longe daqui?

- Á alguns quarteirões.

- Se quiser, te levo.

- Não precisa se incomodar Sr.Herrera

- Não é incômodo algum, ou seu namorado é muito ciumento?

- Eu não namoro Sr.Herrera. - solta uma pequena risada discreta.

- Não?

- Não!

Isso acabou despertando uma curiosidade em Alfonso.
Agora queria saber mais sobre ela, mas claro que não perguntaria diretamente.
Anahi, de fato não namorava, nem sequer tinha tempo para isso. Era uma pessoa muito ocupada, dedicada ao pai e aos poucos amigos.
Após alguns minutos os dois já tinham terminado tudo.

- Acho que acabamos.

- Na hora certa! É Anahi, você me surpreendeu. Vou admitir que pensei que isso não iria dar certo.

- Desculpa lhe informar mas ... estava totalmente errado Sr.

- Percebi isso. Bem, agora vamos?

- Mas eu disse que não precisa me levar.

- Pelo menos me deixe te acompanhar até a recepção.

- Está bem..

Uma companhia não seria uma má ideia, mas não queria abusar e nem ao menos era acostumada com isso.
Alfonso á levou até a recepção e foi em direção a parte aonde seu Porsche branco estava.
Ela, como sempre pegou um táxi e foi direto para casa.
Pegou o telefone e ligou para Maite para saber como estava a mãe de sua amiga, pois já havia 2 semanas que ela estava mal de saúde.

- Alô?

- Maite? Sou eu.

- Anahi! Que bom que ligou.

- E ai? Como ela está?

- Segundo o doutor, ela já está bem melhor, graças a Deus.

- Que ótima notícia!

- E tenho mais uma que te deixará mais feliz ainda.

- Qual?

- Amanhã estou indo passar um tempo com você!

- E sua mãe?!

- Calma, ela vai ficar com o Daniel..

- Uffs, te espero então.

- E você? Como foi?

- Amanhã te conto tudo.

Como amanhã seria sexta-feira e era seu último dia de trabalho da semana, sábado e domingo cuidaria de Sofhia e com a ajuda de Maite, seria ótimo e menos cansativo.
Alfonso ainda teria que resolver o assunto do jantar com os irmãos e com a mãe no final de semana, porque talvez, não daria para ele ir, mas não gostaria de decepcionar a mãe e como precisava de ajuda em algumas coisas da empresa e iria resolver com os irmãos, teve uma idéia ...

- Christopher, temos assuntos pendentes sobre o desenvolvimento da empresa ou não?

- Mas você não contratou uma secretária? Então, quem deveria saber disso era ela e não eu.

- Educado você não?

- Mais que você sim. - diz rindo da cara do irmão.

- Já que tocou no assunto .. acho que já sei quem vai me ajudar.

- Ajudar no que?

- Em umas coisas ...

- Alfonso, Alfonso .. - revira os olhos.

- Calma, vai ser fácil.

- Assim espero. Alice já falou com você do jantar?

- Já, e é ai também que você irá me ajudar.

- Se eu soubesse com o que..

Depois de contar detalhe por detalhe a Christopher, os dois entraram em um acordo.

- Hum.. assunto interessante, mas você não acha isso muito infantil? Só porque ela desafiou o majestoso Alfonso Herrera? - faz pouco caso.

- Que seja. - revira os olhos e toma um gole de wisk.

- Tá, eu te ajudo. Pelo menos me divirto um pouco, estava na hora.

- Mas vê se não dá muito na cara, porque eu te conheço.

- Você está falando com um especialista e não com você mesmo.

- Engraçado, muito engraçado.

- Combinado então.

Alfonso e Christopher eram os irmãos que mais se davam bem, por talvez serem muito próximos desde pequenos.
Christopher foi embora e como já era um pouco tarde, Alfonso se deitou, por estar meio cansado acabou pegando no sono rápido, diferente de Anahi.
Ela, de fato conseguiu dormir mas não muito, tudo por causa de um sonho que a incomodou e a fez pensar sobre ele por um bom tempo.

- Alfonso não confunda as coisas..

- Querida, por que não acredita em mim? - segurando seu queixo com a mão direita e se aproximando.

- Porque? Eu não sei! Agora me deixe ir. - se afasta.

- Não vá querida! - puxa ela pelo braço.

- Me deixe ir Alfonso, por favor.

- Não deixarei você ir até que eu.. - sela seus lábios com os dela, aonde, depois de um momento, acaba-se tornando um beijo profundo, calmo, confuso por uma parte e ..

- Não! Aonde eu estou? Oque aconteceu? - acorda assustada.

Quando percebeu que era somente um sonho, já havia se acalmado. Se levantou, tomou um copo d'água e voltou para cama.
Achara estranho o sonho que tivera, e ficou pensando, pensando, repensando..
Por que havia sonhado com ele? Desse jeito? Será que realmente isso, mais cedo ou mais tarde aconteceria?