Capítulo 5

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Amanheceu. Alfonso acordou, se arrumou rápido e desceu até a cozinha, como de costume.

- Bom Dia Kátia! - diz, todo feliz, pegando uma garrafa d'água na geladeira.

- Bom dia Sr. Precisa de algo? - secando a louça.

- Não, obrigado! Só uma pergunta, Christopher ligou?

- Não senhor, mas se ele ligar, aviso.

- Está bem. Bem, preciso ir. - sai em direção ao quarto.

Anahi, já havia acordado, depois de não ter tido uma boa noite de sono. Já que Maite iria passar um tempo lá e ela precisava ir trabalhar, deixou a chave em baixo do vaso, em frente a porta de seu apartamento.
Maite já até sabia.
Desceu as escadas do condomínio e pegou um táxi. Depois da noite anterior, decidiu que não iria conversar muito com Alfonso, apenas falaria quando fosse necessário.
Ele, por outro lado, já havia até chegado mais cedo.

-  Bom dia Mathias. - abre a porta e deixa sua maleta sobre a mesa.

- Bom dia.

- E Anahi?

- Não chegou ainda, nem são 7:00 hrs.

- Cheguei tão cedo?

- Chegou.

Depois de alguns minutos, Anahi como havia dito, apenas cumprimentou Mathias e Alfonso e já foi para sua mesa trabalhar.
Alfonso estranhou um pouco, mas também ficou em silêncio.
Porém o silêncio acabou, quando alguém entrou na sala.

- Cheguei. - diz, abrindo a porta.

- Bom dia Christopher. - sorriu.

- Bom dia Alfonso! E bom dia senhorita!

- Bom dia Sr. - continua lendo uns papéis.

- Me chame de Christopher, por favor.

- Está bem, Christopher. - sorriu de canto.

Alfonso estava se divertindo com a cena que estava vendo. Ela não sabia de nada. E ele, estava se segurando para não rir.

- Aqui está o que me pediu. - joga um envelope encima da mesa de Alfonso, que o pegou e o guardou em uma gaveta próxima.

- Obrigado. - disse, se levantando.

- Disponha. - sorri de canto e se dirige até a porta.

- Pode ficar aqui por um tempo? Vou precisar resolver uns assuntos.

- Claro que não, pode ir.

Christopher já sabia do certo "plano", então logo se sentou no lugar de Alfonso. Anahi continuava revendo uns papéis sem prestar muita atenção no que Christopher fazia, até que o mesmo cansou do silêncio e começou a perguntar..

- Anahi, não é?

- Sim. - levanta a cabeça.

- Alfonso é chato demais, não ? -disfarçando a risada no máximo que conseguia.

- Não, não é. - sorri, de um modo simpático.

- Pra mim sim. Bem, namora?

- Não!

- Uma moça tão bonita e não tem ninguém?

- Sinceramente não, não tenho muita sorte no amor.

Passaram mais alguns minutos conversando, podiam até dizer que haviam virado grandes amigos por esses minutos de risos, conversas...
Alfonso tinha cansado de tanto esperar, já havia passado mais de meia hora, então decidiu voltar, se deparando com uma Anahi sorridente e um irmão descontraído.

- O que tanto conversam? - encara Christopher, que revira os olhos.

- Nada que você precise saber Poncho. - dá de ombros.

Poncho? - pensou Anahi.

- Christopher, por favor! - o encara, com uma "certa raiva".

- O que? Sabe, já que voltou, eu vou indo .. e Anahi, já sabe hein? - sorri e pisca pra ela, logo em seguida.

- Está bem. - sorri de canto.

Alfonso olhou o irmão confuso, sem entender nada. Logo em seguida, Christopher desapareceu pelo extenso corredor.
Instantaneamente, olha Anahi, que o olha também, mas logo desvia o olhar.

- Aconteceu alguma coisa?

- Creio que não. - responde em um murmúrio.

- Não está falando muito comigo desde que chegou. Christopher te disse algo?

- Não senhor. - disfarça com um pequeno sorriso.

- Alfonso, me chame de Alfonso.

- Como quiser.

De fato, o resto do dia foi assim. Não se falavam muito. Alfonso estranhou isso, porém, não quis perguntar.
Christopher havia gostado de Anahi, gostado da curta conversa que tiveram.
Como era sexta-feira e sempre havia menos trabalho nas sextas, Alfonso olhou no relógio de parede e percebeu que já podiam encerrar o trabalho.

- Bem, já são 10 p'ras 4:00. Logo você pode ir para casa.

- Tão cedo?

- Quando é na sexta, sempre saímos mais cedo.

- Entendi. - se levanta.

- Aonde vai?

- Só vou aqui beber água, o senhor quer?

- Não, agradeço. E não me chame de senhor, assim me faz sentir velho.

- Perdão, Alfonso. - pega um copo de água e se senta em um sofá.

Ele apenas sorriu, estava cansado. Trabalhara o dia todo, e amanhã tinha que estar disposto, porque não queria deixar a mãe preocupada. Keyt era uma mulher muito protetora com os filhos, e principalmente com o marido. Sempre preocupada com todos, era uma mulher certa para ser mãe.
Alfonso olhou no relógio pendurado na parede e se levantou arrumando o paletó.

- Podemos ir Anahi.

Ela apenas assentiu, pegando a bolsa e a colocando ao ombro, enquanto Alfonso a observava.

- Quer que eu te acompanhe? - oferece.

- Não obrigada. Bem, adeus. - sorriu de canto e abriu a porta.

- Disponha.. - disfarça o sorriso.

E ela sai caminhando até a faixada do prédio. Colocou a mão em um dos bolsos do casaco que estava usando e pegou o celular para ver a hora.

- Nessas horas já era para...

Ela é interrompida pelo som da buzina do carro.

- Anahi, entra ai! - abre a porta do carro.

- Mas.. - olha quem está no volante. - Maite?!

- Entra logo ai.

- Já estou indo. - entra no carro da amiga, logo coloca o cinto e em seguida fecha a porta.

- Surpresa! - liga o carro e sai andando pelas ruas de Chicago.

- De quem é esse carro? Como sabia que eu iria sair a essa hora?

- Segredo. - sorri.

- Ai, desisto! - revira os olhos.

Enfim, as duas chegam. Maite estacionou o carro em um estacionamento abandonado atrás do velho condomínio e desceram, entrando no apartamento.

Verdes y Azuis - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora