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Aquele momento decisivo de : digo que estou doente e fico em casa ou vou para aquela prisão nojenta?

A primeira opção parece a melhor mas o dinheiro realmente faz-me falta e eu não posso simplesmente faltar. O que é triste.. Pois eu não tenho qualquer vontade de ir. 

A minha enorme dor de cabeça quase não me deixa levantar da cama, mas tenho de o fazer de qualquer das maneiras, mesmo que o mais lentamente possivel, arrastando-me até à casa de banho. Encaro a minha figura no espero. Terrível. Odeio o meu rosto quando acordo.

Retiro os meus calções de pijama, assim como a camisola quente. Deslizo a minha roupa interior pelos meus braços e pernas, colocando tudo no cesto da roupa suja. Assim que a água quente toca na minha pele, a vontade de sair de casa diminui ainda mais. Passo a esponja com gel-de-banho pelo meu corpo, deixando-o cheio de espuma branca que lavo com ainda mais água. Não lavo o cabelo pois lavei ontem, tendo cuidado para não o molhar.

A minha playlist mental é bem agradável, incluindo bastante Ed Sheeran. Enrolo-me numa toalha comprada recentemente, deixando a mesma enquanto coloco um batom vermelho e rimel nas minhas pestanas/cílios. Deixo o meu cabelo novamente solto, caindo em ondas suaves nos meus ombros.

Coloco uma t-shirt preta, vestindo o casaco do trabalho. Umas calças pretas justas com dois pequenos rasgões nos joelhos e as botas escuras que aperto com a mínima força possivel. A minha cabeça está a matar-me e a minha paciência esta no 0% hoje.

Agarro o meu telemóvel e na minha carteira, saindo de casa. Uma barrinha de cereais integrais é a única coisa que como pelo caminho até à paragem da camioneta/bus mas que acalma o meu estômago. Sento-me num dos lugares livres, fechando o casaco. A camioneta deve estar quase a chegar pelo que já tem algumas pessoas aqui à espera.

Quando o grande automóvel aparece na rua, todos nos levantamos. Pago ao motorista, dirigindo-me para um dos bancos. Encosto-me na janela observando o pouco movimento nas ruas. O sol ainda não ilumina muito pelo que ainda é muito cedo. Suspiro quando o edifício se torna visível, preparando-me para mais um dia de merda.

''Identificação, por favor.'' o porteiro pede fazendo-me procurar pela mesma. Quando percebo que a deixei em casa. Suspiro. 

''Eu esqueci-me dela.'' 

''Lamento.'' indicou-me que saísse, mas não o faço.

''Abres-me a porta todos os dias, sabes perfeitamente que eu trabalho aqui.'' rodou os olhos, carregando na alavanca para abrir o portão. Agradeço, correndo para o calor do interior. Acho que o aquecimento é a única coisa boa que tem aqui.

''Bella! Que saudades.'' abraço-a, assinando a folha de presença.

''Já não te vejo à uns dias.. Tenho estado doente.'' caminhou do meu lado pelos corredores até à sala dos funcionários. Coloco o teaser a arma no cinto, levando comigo as folhas para colocar tudo o que encontro, ou não, nas celas.

''Tens sorte por teres ficado em casa uns dias. Odeio trabalhar aqui.'' encolho os ombros.

''Já não deve faltar muito para conseguires pagar a faculdade. Não terás de trabalhar aqui durante muito mais tempo.'' é verdade. ''Hoje é dia de fazer revisão. Espero não encontrar facas novamente.'' riu. Odeio dias de revisão.

''Bem, boa sorte então.'' desejo, fazendo-a retribuir a palavra e caminhar para o seu sector. A primeira sela é aberta e os gritos do velho homem quando encontro um ferro nas suas pernas aumentam ainda mais a minha dor de cabeça. Sou obrigada a colocar no seu nome o que encontrei.

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A ultima cela é sempre a que me deixa mais nervosa. Não consigo estar muito perto dele. E algo me diz que a sua aproximação é um pouco falsa. Como se ele só o fizesse para ter algo em troca. Só não sei o que ele poderia querer. 

Mas bem, ele até pode ser boa pessoa.. Mesmo que esteja aqui. Até porque eu não sei o porquê de ele estar preso.

Passo o meu cartão na porta, entrando. Volto a fechar o metal grosso que impede que impede que ele fuja e quando olho em frente, o seu corpo está no chão. Os seus braços a levanta-lo e a baixa-lo enquanto ele conta. Deus, não consigo negar que ele é muito atraente. Ainda mais quando está a fazer exercício. 

''Revisão.'' os seus movimentos pararam e observo-o a levantar-se com um sorriso de lado. O seu peito ligeiramente suado que apenas está à vista poiso seu macacão laranja tem as mangas amarradas na sua cinta.

''Não tenho nada.'' arrumou o seu cabelo, sentando-se na cama.

''Sim, claro.'' faço sinal para ele se levantar e, depois de um dramático rodar de olhos, ele faz isso mesmo. Passo as minhas mãos pelas suas pernas e, felizmente, ele realmente não tem nada. ''Estás doido?!'' quase grito quando sou empurrada para a parede.

''Admite.'' olhou no fundos dos meus olhos. ''Tu queres.'' tentou juntar os nossos lábios. Agarro o teaser, fechando os olhos antes de o usar. Ouço o Harry gargalhar enquanto cai de joelhos. Sinto-me mal. Ele não parece realmente afectado.

''Não faças isso de novo.''

''Ambos sabemos que vai acontecer.'' rodo os olhos, saindo da sua cela. Merda, as folhas. Volto a passar o meu cartão, agarrando as mesmas. O seu olhar percorre todo o meu corpo, deixando-me desconfortável. Volto a sair, caminhando para o mais longe possivel.

HARRY P.O.V

A hora do almoço chega e agradeço por isso. Depois de ela me ter dado a porra de um choque com o teaser, eu deveria desistir. Mas quando Harry Styles quer ter alguma mulher, Harry Styles vai tê-la. Sempre fui conhecido por ter muitas supostas namoradas, que duravam uma ou duas noites, e não me parece que isso vá mudar tão cedo.

Arrasto-me até ao refeitório, sendo obrigado a comer a merda que eles servem. Uma das coisas que sinto saudades é a comida das raparigas/garotas lá em casa.

Quais raparigas? Não devo falar sobre isso.

Depois de terminar, encosto-me à parede onde a Mitsy fica sempre. As portas são abertas e ela entra com mais alguns guardas. Ela deitou a suas costas contra a parede, longe de mim. Dou alguns passos para o lado, ficando a apenas uns centímetros de distância.

''Pára. Não me faças usar o teaser novamente.'' ameaçou, fazendo-me rir.

''Isso já não me incomoda.'' admito. Tantas coisas que já me fizeram a mim, e aos outros do grupo que um teaser quase já não faz efeito algum.

''Como não?''

''Há muitas coisas sobre mim que não sabes.'' o seu olhar ficou mais fraco. ''Talvez um dia venhas a saber.'' 

''Dispenso.'' encolheu os ombros. ''Começo a achar que deveria ter medo de ti.'' gargalhei. Oh, devias.

Mas por algum motivo, ela seria a ultima pessoa a quem eu conseguiria fazer mal. Muito menos ficar longe. E isso iria fazer-me querer leva-la comigo. Um erro? Talvez. Mas esse maravilhoso erro levaria-nos a um final dramático.

desculpem por este capitulo pequeno ;-; </3

[minha próxima fic para quando a prostitute terminar já tem a sua introdução postada ^^ adorava que fossem la ver :3] [i am lesbian]

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eu sei que eu nunca fiz divulgação de fic mas irei fazer agora

é de uma amiga minha e se pudessem ir lá ver, ela iria agradecer bastante ^^

user : camscornio

fic : follow your dream

Prisional Guard || H.S || TerminadaOnde histórias criam vida. Descubra agora