Capítulo 2

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Acordei 06:10. Fui ao banheiro e tomei um banho bem demorado. Me vesti com aquele uniforme ridículo e fui para o refeitório. Comi e fui para a aula. Como eu esperava, as aulas eram bem chatas. Dormi boa parte da primeira aula, até que eu acordei com alguém gritando.

-PROFESSORA, PODE DORMIR NA SALA DE AULA?
-Que pergonta, senhor. É claro que não.
-Então manda a Bela Adormecia acordar aqui.
-Eu estou acordada, seu idiota.

Copiei o que achei importante. No fim das aulas, fui para meu quarto e dormi até a hora do almoço. Acordei quase meio-dia. Tomei um banho demorado e fui almoçar.

Os dias seguintes foram bem calmos. Não ouvi falar daquele tal Pedro nem do que ele já fez.

-Beatriz, venha comigo. -o diretor parecia sério.

Quando chegamos lá, vi que tinha um menino lá também. Me sentei.

-A sala dos professores foi pichada. E eu sei que só vocês dois tem capacidade de fazer isso.
-O que te leva a pensar isso de mim?
-Você é a filha de Caio Moreira. E você também.
-Então você é o tal Pedro?
-Beatriz?
-É.
-Então, quero saber qual dos dois que pichou a sala dos professores.
-Eu.-ele se alto-dedurou.
-Certo. Está dispensada, Beatriz.

Saí e esperei o Pedro lá fora. Ele saiu um tempo depois.

-E aí, o que tem pra fazer por aí?
-Depende. Quer ver o diretor irritado?
-Que pergunta! É claro!
-Podemos ir à piscina.
-Perfeito.

Fomos para a piscina, já que eu já estava de roupa de banho por baixo. Só tirei a bluda e o short e pulei na piscina. Pedro ficou me observando.

-O que é isso?
-Nossa Bia, tá calor né?
-Não se atreva!

Ele tira a camisa, exibindo a barriga de tanquinho.

-Pedro, veste essa camisa agora!
-Relaxa, tá calor.

E dá um salto na água fria da piscina.

-Os dois, saiam já daí!

Saímos, pois não tinha alternativa.

-Bia, vamos arrumar as malas, o Caio vai mandar buscar a gente daqui a pouco.
-E o que tem a ver?
-Ele não gosta de atrasos.
-Ele não quis ficar comigo? Agora ele vai ter que aguentar Beatriz Ribeiro Moreira!

Arrumei minhas malas e fui para um banho bem demorado. Já tinham falado que o motorista tinha chegado. Fiz questão de demorar ainda mais por isso. Vesti um short jeans, uma camiseta preta e um tênis branco. Saí eram 15:42.

-Finalmente, Beatriz. Pensei que tinha morrido lá dentro.
-Calma, Pedro. Você vai ter que me aguentar muito ainda.

Fomos para a casa do Caio. Ele já estava nervoso.

-Tulio, você deveria estar aqui com os dois à duas horas.
-Me desculpe, senhor.
-Eu demorei um pouco pra decidir o que vestir.
-Sei. Vamos entrando.

A casa era grande. Não era a toa, o Caio era o empresário mais rico do país.

-Não tem cor nessa casa não?
-Não, é tudo branco. Vem, quero te apresentar uma galera.

A gente já estava saindo quando o Caio nos interrompe.

-Para onde os dois vão?
-Dar uma volta.-falei
-Aonde?
-Tchau, Caio- saio puxando o Pedro pelo braço.

Fomos a uma praça perto dali. Tinha uns meninos lá.

-E aí turmaa! Voltei!

Pedro cumprimenta cada um deles com um aperto de mão.

-Gente, essa é minha irmã Beatriz. Bia, esses são Luís, Lucas, João e Guilherme.
-Prazer.
-Bonita você.-Lucas fala, meio sem jeito.
-Valeu.
-Então, o que temos pra hoje?
-Atormentar aquela velha do quinze.
-Topo. Vamos, Bia?
-Por quê não? Bora.

Fomos para uma casa. A velha morava lá. Atormentamos ela um bom tempo. Depois, saímos soluçando de tanto rir.

-Galera, vamos pra minha casa? - Pedro sugere.
-Vamos- todos concordam.

Vamos para a casa do Caio, que já começa querendo satisfação.

-Onde os dois estavam?
-Com a galera, relaxa pai.
-Pedro, não quero saber de brincadeiras hoje. E você, Beatriz?
-Estava com eles.

Ela faz um sinal de negação e entra. Vamos para a sala e colocamos um jogo no x-box do Pedro. O som estava muito alto, então o Caio logo apareceu.

-Que barulheira é essa? Podem parar com isso, estou ocupado e preciso de silêncio!
(...)

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