Cap.2- "Cortando as Bolas"

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Hoje, resolvi ir até a vila. "Fazer compras".

Talvez não serei bem recebida, mas dane-se. A única coisa de que preciso é alimento.

Faz bastante tempo que não vou lá. Pra falar a verdade, não vou à Vila desde que fui expulsa de casa, ou seja, se agora estou com 22 anos, faz 7 anos que não "dou as caras" em Crossville.

Está na hora disso mudar. E se o General quiser bater um papo comigo, tudo bem. Só que não vou tolerar abusos. Ele já sabe oque sou capaz de fazer.

Acho que está na hora de encontrar meus "velhos amigos".

***

Vesti minha roupa de caça. Uma calça preta rasgada colada e um top vermelho que deixava minha barriga a mostra. Coloquei minhas adagas e pequenas facas na cintura. Todas à base de prata. E também, levei meus dois bebês. Não, não são crianças de verdade. Até porque, quem seria o pai? Não me relaciono com ninguém desde que minha avó morreu. Meus dois bebês eram dois facões de 2 metros feitas de prata e com cabo de Ouro. Eu mesma fiz.

E, coloquei mais uma pistola na bainha da calça, escondida. Nunca se sabe quando vamos precisar.

Deixei meus longos cabelos vermelhos soltos. Sei que não quero a chamar muita atenção, mas...odeio meu cabelo preso.

Depois de me arrumar, parti para vila.

***

Pelo jeito, muita coisa havia mudado desde que eu fui morar na floresta. A pequena cidade tinha crescido bastante. Havia mais bares do que antes.

Acabei entrando no primeiro bar que vi.

Em Crossville, não são só os homens que bebem. Ou entram em bares. As mulheres também fazem isso. E, assim que pisei dentro do local, todos os olhares voltaram-se para mim.

Não queria ser reconhecida em um bar, com um monte de gente bêbada. Queria ser reconhecida pelo General e pela minha mãe ingrata. Então, joguei meu cabelo para frente e cobri meu rosto o máximo possível.

O único banco vazio era um que estava do outro lado do local onde eu estava.

Andei lentamente até ele enquanto todos os olhares seguiam-me.

Um homem barbudo que estava perto assoviou e deu um tapa em minha bunda assim que passei em sua frente.

Parei e me virei para ele.

- Carne nova!- gritou e todos os homens começaram a rir.

Dei um sorriso gentil de prostituta.

-Você vêm de onde amor?- ele perguntou, segurando minha cintura.

- De um lugar distante.

- Quanto você cobra pela hora?- ele perguntou com um sorriso safado.

- Ah, não faço esse tipo de serviço.- respondi ainda sorrindo.

- Pra mim você vai fazer. Sou o dono desse lugar imundo.- ele disse e tentou me beijar.

Então, eu lhe dei um soco no nariz, que, rapidamente, começou a sangrar.

- Sua puta!- ele berrou, e, todos que estavam ali presentes começaram a gritar: "Dá uma lição nessa vadia, Erick!"

"Erick" levantou-se e veio me "punir".

- Vai me bater, chefinho?- perguntei inocente.

- Não, vou fazer algo pior.- ele disse, e abaixou as calças, deixando seus países baixos a mostra.- Fica de quatro.- ordenou.

Escutei um "Uou" por parte dos homens que estavam ali.

- Tudo bem, senhor.

Fingi que ia ajoelhar, mais ao invés disso, peguei uma de minhas a adagas e, com um rápido golpe, cortei o saco dele fora. O dono do bar ajoelhou-se de dor e começou a gritar, enquanto seu "saco" mexia-se sozinho no chão, como uma minhoca.

- Sua filha da puta, filha da mãe, merda...- ele me xingou de todos os palavrões existentes e inexistentes.

- Cala a boca.

- Não vou me calar só porque você mandou, sua vagabunda!

- Ou você cala a boca ou a sua garganta vai ser rasgada.- ameacei.

- Eu não vou me calar.

Coloquei minha adaga em seu pescoço.

- Então continua falando, vamos ver se minha faca está mesmo afiada.

Ele, então, calou-se.

- Bom garoto. Agora, eu preciso ir, não tenho tempo para bobagens.

Comecei a andar até a saída, mas "Erick" gritou e veio até mim, levantando os calções e gemendo de dor.

- Você não vai sair daqui sem pagar.

- Pagar pelo quê? Não consumi merda nenhuma do seu bar idiota.

- Pagar pelo que você fez com o meu pinto.- ele disse e ia me dar um soco, se um cavalheiro não chegasse e intervisse.

- Deixe ela comigo, Erick.- disse o rapaz.

- General, até que enfim. Prenda essa garota. Ela cortou meu saco fora! Torture-a, faça ela limpar o chão da delegacia e...

- Pode deixar que eu assumo daqui em diante.- interrompeu o homem e Erick saiu tropeçando e resmungando.

Saí do bar e fui andando em direção ao "centro" da Vila. Eu tinha que pegar algumas coisas e vazar logo, antes que anoitecesse.

Comecei a andar e senti uma mão em meu ombro.

- Vejo que você é Valentona.- disse o homem que disse ao Erick que me "assumiria".

- O que você quer? Se for pra me prender, nem tente.- resmunguei.

- Você sabe com quem está falando, garota?- perguntou, parecendo indignado.

- Bom, não sei e nem quero saber. Essa informação inútil ocupará um espaço importante na minha memória.- apertei o passo. Quanto menos tempo ficasse ali, melhor.

Ele apressou os passos e se colocou na minha frente, fazendo com que eu parasse de andar e prestasse mais atenção  nele.

Era alto, moreno e tinha olhos escuros. Um porte atlético e possuía uma pistola calibre 37 na cintura. Provavelmente, regulava idade comigo.

- Eu sou o filho do General. E eu sei muito bem quem você é, Kyra.- disse dando ênfase em meu nome.

Notinha da autora: Hellow! Hellow! Tudo bem com vocês? Eu estou ótima.

Estão gostando? Deixem nos comentários por favor.

E se tu curtiu o capítulo, deixe sua estrelinha, pois me ajuda muito e me motiva também.

Até o próximo capítulo e Bye Bye ;) ;) ;)

Proximo capítulo: 04/ 01/2016 (segunda-feira). Sim, esse sairá mais cedo. Ebaaaa!!! Comemorem aí nos comentários. Rrsrsrsrs Bjs gente :)).

Caçadora: "A Verdadeira História Da Chapeuzinho"Onde histórias criam vida. Descubra agora