Cap.4- "A Vingança Vem Pior."

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*Flashback on*

Minha mãe havia acabado de me expulsar de casa. Eu estava vagando pelas ruas de Crossville, sem rumo.

Acabei encontrando um dos amigos de bar de meu falecido pai idiota, Victor Russo.

Ele me viu e veio andando até mim, com uma garrafa de cerveja.

- Ora, ora, ora...se não é a pequena filha do Hugo.- ele disse com a voz trêmula de tanta bebida.- Você está crescendo e ficando gostosa hein, garota.

Apressei meus passos e tentei passar por ele, mas fui encurralada.

- Me deixa ir.- supliquei.

- O seu pai está me devendo 20 contos. Paguei 5 copos de cachaça pra ele ontem. Cadê o meu dinheiro?

- E-eu não sei...eu não tenho...- ele não me deixou terminar, segurou minha garganta forte.

- EU QUERO MEU DINHEIRO!- Victor disse.

Com ele apertando minha garganta, ficava meio difícil para falar e até respirar. Tive que balançar minha cabeça em sinal de negação, para que ele visse que eu não tinha dinheiro algum.

- Você não tem meu dinheiro, vadia? Então vai pagar de outra forma.

*Flashback off*

Naquela noite, fui estrupada por um bêbado. Pela primeira e última vez. Não vou descrever essa cena pois foi muito repugnante e humilhante. Esse foi um dos motivos que também levaram a me transformar na pessoa que sou atualmente.

E hoje, eu teria minha vingança. Custe oque custar.

***

Segundo Ryan, Victor havia construído o próprio bar para "gerenciar". Este, ficava bem longe do centro da Vila.

Resolvi esperar o local fechar, pois não queria chamar muita atenção caso as coisas ficassem complicadas.

***

Por volta das 3 da manhã, um homem começou a despejar todos que estavam dentro do estabelecimento para fora.

Deduzi que aquele era Russo. Ele estava bem diferente desde o nosso último encontro. Victor havia cortado o cabelo castanho, tirado a barba e agora, parecia que estava fazendo exercícios. Ele devia ter uns 40 anos, e depois da repentina transformação, aparentava ter 30.

Esperei ele fechar o bar, para, só depois, abordá-lo.

- Olá, Victor.- falei me aproximando.

- Te conheço, mocinha?- ele disse e estava com um leve hálito de cerveja.

- Creio que se lembre de mim. Não é muito difícil esquecer da garota que você violentou.- falei e lhe mostrei a cicatriz que ele deixou em meu olho esquerdo.

Na noite do estrupo, Victor pegou uma faca e tentou me cegar, porém, consegui desviar e hoje, tenho uma cicatriz que passa pelo meu olho esquerdo verticalmente. Então, todos os dias lembro-me daquela noite tenebrosa e horrorosa, onde eu era apenas uma garotinha indefesa.

- Kyra, a filha do Hugo.- reconheceu.

- Isso mesmo.

- Achei que você tinha morrido.- disse.

- Nem sempre oque achamos é verdade.

- Foi você mesma que matou seu pai?- perguntou curioso.

- Não te interessa. Estou aqui por outro motivo.

Ele guardou as chaves no bolso e sorriu.

- E qual seria?

- Vim cobrar uma dívida.- falei e a cara dele passou de despreocupado para completamente confuso.- Você está devendo 12 mil pratas para um amigo meu. Ele te vendeu algumas armas ilegalmente.

- Ah sim...o filho do General. Ryan, né? Eu não tenho o dinheiro dele.

- Seu prazo era até hoje.

- Eu sei, eu sei. Avisa ele que irei pagar a dívida semana que vem...- eu não o deixei terminar, apertei seu pescoço do mesmo jeito que ele havia feito na "noite" maldita.

- Eu não sou mulher de recado.- falei ríspida.

- T-Tudo bem...eu posso pegar seu dinheiro.- eu o soltei e ele tentou me dar um soco, mas eu o imobilizei e lhe dei chutes nos seus "países baixos" e, o, bom e velho, tapa na cara.

***

Depois de tê-lo espancado, arranquei um pedaço de sua camisa e enfiei dentro de sua boca, para que ele não pudesse falar, gritar e nem chamar uma possível ajuda.

- Fica quietinho.- falei.

Peguei Victor e o coloquei dentro do seu bar. Era um local maneiro. E se eu não tivesse em serviço ou me vingando daquele otário, até poderia dar uma pausa pra bebida.

Mas agora eu não tinha tempo.

- Vamos ver se você não tem dinheiro.

Dei uma revistada em todo o lugar e encontrei 20 mil pratas.

- Olha só...além de cachaceiro é mentiroso.- falei rindo.

Peguei todo dinheiro e coloquei em um saco que havia encontrado ali mesmo.

Quando terminei, saquei minha pistola que estava na barra de minha calça.

Me aproximei de Russo.

- Olha cara, não é nada pessoal.- falei, mais depois fiquei pensativa.- Pensando bem, é sim. Uma coisa que você deveria saber é que: "A vingança vem pior." Não estrupe os demônios no inferno, pois a vingança deles irá ser pior que a minha. Boa noite, Cinderela.

Ele não entendeu muito oque eu disse, e, apenas na hora que eu apertei o gatilho ele entendeu. E tentou desviar, mais era tarde demais.

Russo morreu com um tiro na cabeça e dois no saco. Sim, minha vingança vêm pior.

***

Assim que terminei de realizar meu trabalho, ganhei o dinheiro combinado.

- Muito bom, Kyra.- elogiou Ryan.

- Eu sei que foi bom.

- Tenho outros serviços. Se você quiser...

- Eu aceito.- falei e ele sorriu.- Com uma condição.

- Diga então.

- Quero metralhadoras.

- Acho que posso conseguir.- ele disse e fechei a cara.

- Acha? Tem que ter certeza, amigo.

- Tudo bem, posso conseguir.

- Então, está certo. Agora trabalho para você.

Notinha da autora: Olá! Tudo bem com vcs? Esse capítulo ficou meio...sinistro. Senti um pouco de pena da Kyra quando ela contou sobre seu terrível estrupo.

Mas, não devemos nos preocupar, pois agora, ela é a verdadeira chapeuzinho assassina. E fará de tudo para ter vingança.

Espero que tenham gostado.

Se tu curtiu, deixe sua estrelinha, SE não, deixe também. Não custa nada.

E comentem por favor, fico muito, muitíssima feliz quando vejo um comentário. E eu respondo. Não deixo no vácuo.

Bye Bye e até o próximo capítulo.

Próximo capítulo: Entre os dias 06/01 e 08/01.

Caçadora: "A Verdadeira História Da Chapeuzinho"Onde histórias criam vida. Descubra agora