Reencontro

14 0 0
                                    

-Vou pegar uma bebida, quer alguma coisa?- perguntei as meninas que negaram.

-Uma tequila por favor- pedi ao bar-men que por sinal era muito bonito.
-Pode deixar- ele me serviu e eu virei, depois ele me deu uma bebida azul e eu senti braços envolvendo minha cintura.
-Melhor maneirar na bebida ruiva- era a voz de Gui.
-Eu meu aniversário, tenho que curtir não?- disse me virando para ele, estávamos tão próximos que podia sentir seu hálito de álcool.
Eu e Gui ficamos de vez em quando, bêbados ou sóbrios, conheci ele um ano depois da ida de Nate, ele acabou se tornando um ótimo amigo.
-Tenho um presente pra você- ele me beijou, seu beijo era selvagem, o gosto do álcool da boca dos dois se misturou, aquilo era bom.
Ele se afastou recuperando o fôlego.
-Eu queria dar um presente que você não conhecesse, mas não resisto ao gosto da sua boca com tequila ruiva.
-Isso já ta ficando repetitivo, tem que aprender a me surpreender de outro jeito- disse no seu ouvido e fui pra pista de dança puxando sua mão.
Todos os meus amigos dançavam comigo, eu adorava aqueles otários, eles me faziam bem..me acolheram na escola nova depois que Nate se foi, viraram meus melhores amigos, e eu não os trocaria nem por mil garrafas de tequila, ou talvez sim.

Nate

Assim que cheguei em NY, passei no meu apartamento que por sinal era até maneiro, fiquei sabendo de uma balada bem movimentada aqui, então decidi ir.
O lugar estava lotado de adolescentes "bêbados", são todos amadores, só bebem para chamar atenção, não por prazer.
Me encostei em um canto da boate e avistei um grupo bem animado na pista de dança, uma garota morena, uma loira, uma ruiva, e dois caras, eles pareciam felizes, a morena era linda, e dançava muito bem, mas a ruiva se movia de algo sensual mas nada vulgar, ela sabia exatamente se mover no ritmo da música, não fica só pulando com as mãos pra cima, tinha algumas tatuagens mas nada muito grande ou exagerado, e possuía um piercing no nariz.
Aqueles cabelos ruivos me lembraram Sofi, se ela visse o modo de agir dessa menina ficaria horrorizada, e mais ainda por saber que eu adorava esse jeito louco de viver agora.
Fui ao bar pegar algo pra beber, virei algumas doses de tequila e então a ruiva se aproximou
-Mas uma tequila por favor- ela falava meio ofegante e se sentou ao meu lado.
-Cuidado moça, é seu aniversário mas não vai querer voltar carregada pra casa- o bar-men piscou pra ela ao acabar de falar.
-Não me importo, hoje a noite é minha, e eu sei que vou acordar com uma ressaca filha da mãe amanhã, mas nem ligo.
Pedi uma dose de tequila e antes de virar ela disse
-Novo na cidade?- ela sorriu- não é assim que se bebe tequila em NY, tem que virar de uma vez, nada de limão e sal- ela tomou o copo da minha mão e virou.
-Tem que beber rápido, quanto mais tempo demorar, mas rápido vai fazer efeito.
-Agora eu deixo você me pagar outra dose já que você bebeu a minha, e respondendo a sua pergunta, não , não sou daqui, sou de Orlando, mas já morei aqui.
Ela acenou pro bar-men que trouxe outra dose.
-Qual o seu nome?
-Nate
-Hm, era o nome do meu melhor amigo, ai o filho da puta mentiu pra mim falando que voltaria em um ano, deixou uma garotinha de 13 anos chorando e nunca mais deu notícia. Mas não acho que exista um mocinho e um vilão nessa história, somos todos vilões de certa forma não é?- ela brindou sozinha e virou mais uma dose
Não, aquela não podia ser ela, não podia, aquela garotinha frágil e indefesa, não poderia ser essa garota de atitude, tatuada, com piercing, não podia ser ela.
-Sofi?- perguntei com insegurança.
-Nate?!

###########################
Nate na imagem a cima.
Beijooos

Como Se Fosse A Última VezWhere stories live. Discover now