Capítulo 10- Jonathan

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A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor.- Joseph Addison

Quando entrei naquele avião já sabia que tudo mudaria, afinal, Alicia tinha que saber tudo sobre o acidente com a mãe dela. Eu tinha certeza de que quando ela soubesse de tudo eu ficaria mal com ela.

Quando encontro ela no carro, fico hipnotizado, ela é uma das meninas mais lindas que eu já conheci.
Seus cabelos antes cacheados estavam lisos, ela usava batom que realçava mais ainda sua boca carnuda.

Eu sentia falta daquela noite que tivemos, sentia falta do seu corpo perto do meu. 

Por isso decidi aparecer no meio da noite para conversar com ela e resolver alguns assuntos que não tivemos a chance de conversar.  

Saio do meu quarto e vou em direção ao dela, sinto um frio na barriga isso não é normal para um cara como eu, que não se apega a ninguém, muito menos a uma menina que conheceu em um dia. E que agora é sua meia irmã, eu ficava mais puto por isso e saber que agora eu não poderia mais fazer nada para resolver a situação era o que me deixava pior.

Bato na porta e espero nada acontece, espero mais um pouco e escuto Alicia resmungando ela provavelmente vai me matar por isso, mas eu corro o risco. Ela abre a porta e não posso deixar de rir da cara que ela faz uma mistura de espanto com desejo. Afinal,estou sem camisa e somente com uma calça de moletom.

-O que você está fazendo aqui? Já viu que horas são? É melhor você ser rápido.- Ela começa a tagarelar sem parar, mas não consigo me controlar e grudo meus lábios nos dela, o beijo começa bem calmo e devagar, mas quando minha língua toca a dela, não consigo me controlar e o beijo antes calmo começa a ficar mais intenso e quente. 

Empurro ela para dentro do quarto e fecho a porta, vamos caminhando até a cama dela sem nós separar do beijo, deito ela na cama, de repente ela para e me empurra, fica de pé e começa a andar de um lado para o outro. 

-Então você veio aqui só pra isso? 

-Claro que não, mas você tem que entender que eu sinto a sua falta, desde aquele dia eu não tiro você da cabeça.

Ela está parada me observando, e eu faria de tudo para descobrir o que ela está pensando nesse momento.  Eu não deveria ter feito isso eu sabia, tudo o que eu sentia por ela estava cada vez mais se intensificando. Esse sentimento era errado, estar no quarto dela é errado.

Por isso, faço o que é certo levanto de sua cama e vou em direção a porta, mas sinto uma raiva enorme por estar nessa situação com ela. Ela tem um olhar inocente e percebo que seus olhos estão marejados e sinto um aperto no peito.

-Desde aquele dia eu não consigo te esquecer e você me despreza desse jeito, como se nós não tivemos nada, como se não me conhecesse, eu não sou um estranho pra você. E agora eu sei que você está mal pelo lance com a sua mãe , mas você também tem que entender o meu lado. Você foi embora e só deixou seu telefone, eu pensei em te ligar mas não tive coragem ainda mais depois do que aconteceu e tudo mais.

-Se você gostasse mesmo de mim iria me ligar para saber como eu estava, não que eu quisesse que......hum você ligasse. E agora eu to presa nessa casa, eu não gosto de você nem de ninguém aqui, eu só quero ir pra casa e esquecer que um dia essa merda toda aconteceu.

Ela fica de costas para mim e percebo que agora ela está mesmo chorando,eu nunca sei como reagir quando vejo alguém chorar. Faço a primeira coisa que vem na minha mente, vou me aproximando dela e passo meus braços por seu corpo pequeno e frágil, seu corpo fica tenso mas depois ela relaxa  sinto que devo soltar ela, mas aperto mais um pouco, ela se virá e olha no fundo dos meus olhos, deita a cabeça no meu peito nu e chora mais, passa um tempo ela levanta a cabeça e coça os olhos. Pego ela pela mão e levo para sua cama, deito junto dela, ela está deitada virada para mim dou um beijo em sua testa, em poucos minutos seus olhos estão pesados e ela dorme rapidamente.  Cubro ela com o lençol da cama, saio da cama sem fazer barulho e saio do quarto, fico alguns minutos encostado na porta. 

-O que você estava fazendo no quarto dessa garota?- Eva me tira do sério quando fala assim de Alicia.

-Não fala assim dela ta, ela é uma pessoa incrível e você não sabe nada sobre ela, então fica quieta.

Eu sei que ela é minha mãe, mas depois de tudo que ela fez, eu perdi a confiança nela, ela era louca e precisava ser internada.

-Ah então o garotinho de merda está apaixonado por essa coisa, eu podia esperar tudo de você agora isso? É demais pra mim, você tem é que contar o que aconteceu ela nem vai olhar mais na sua cara depois disso.

Saio pisando duro, sem olhar para ela as vezes eu tenho vontade de socar a cara dela, mas ela é minha mãe e blá blá blá.

Entro mo meu quarto, deito na cama e espero o dia clarear, pois vou começar mais um dia de aula, e espero que tudo de certo a partir de agora.

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