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Toronto – 30 de Agosto de 2012

"Cala a boca" sua voz rude se dirigia a pessoa a sua frente. Não consegui associar direito quando a porta abriu devido as luzes estarem apagadas, mas tudo fez sentido quando o abajur da mesinha de vidro acendeu. Era um rapaz, que aparentava ter seus dezenove anos, tinha um revólver apontado para sua cabeça, seus olhos lacrimejavam e suas mãos tremiam, mas em poucos segundos caiu apagado no chão por uma coronhada forte perto da nuca.

"Mas que porra é essa Joe" eu disse assustada atras do balcão da cozinha. Ele não tinha notado minha presença até então, mas logo se surpreendeu quando me viu.

"Que caralho você está fazendo aqui Dara?" ele gritava e eu não conseguia organizar meus pensamentos, não sabia o que realmente devia fazer.

"Eu acho que eu sou sua namorada não é? namoradas visitam os namorados, principalmente quando é aniversário dele, mas... Joe o que é isso pelo amor de Deus" meus dedos agora batiam descontroladamente em uma das minhas pernas enquanto eu mordia meu lábio inferior por dentro da boca.

"Olha amor, não precisa ficar nervosa" ele se aproximou de mim levantando os braços, ainda com a arma na mão, mostrando inocência. "Eu não vou te machucar ok?"

"Joe" a cada passo que ele dava em minha direção, eu dava dois para trás, nossos olhos não perdiam o contato a nenhum momento, cada um atento a cada movimento do outro. "Me explica.. me explica isso agora"

"Tudo bem, eu vou te explicar tudo" ele disse calmo.

"Merda Joe, explica agora" aumentei a voz irritada.

"Sabe aquele meu trabalho, que eu disse que não podia te contar sobre o que era, o qual você não tinha interesse de saber também?"

"Quer dizer que você trabalha matando pessoas" eu disse com um sorriso irônico no rosto. "Isso.é.loucura, você não deve estar falando sério, você NÃO PODE estar falando sério"

"Não Dara, eu não trabalho matando pessoas, eu só os apago, a pessoa que mata..." ele olha o relógio no seu pulso por alguns segundos e volta seu olhar para a porta. "a pessoa que mata acabou de chegar" Ouvimos três batidas na porta e depois mais uma, quando meu namorado, inocente para mim ate cinco minutos atrás, abre a porta. Um homem alto, vestindo óculos escuros, muito musculoso e com uma barba mal feita entra e rapidamente tem seu olhar sobre mim. Não digo uma palavra, apenas o observo se virando para o Joe e empurrando seu corpo contra a parede.

"QUEM É ESSA JOE?" sua voz era grossa, ele gritava e cuspia de raiva. Via a facilidade com que tinha em sufocar meu namorado contra a parede, que ja era perceptível a falta de ar em seus pulmões.

"Eu não vou contar" corro em sua direção tentando fazer com que o homem o soltasse. "Por favor larga ele, eu não digo nada" Sinto meu corpo sendo empurrado em direção ao chão frio, o corpo de Joe rapidamente cai e vejo sua expressão mudar tentando controlar sua respiração agora pesada.

"Olha vocês vão me desculpar" o homem começou a falar enquanto passava a mão no nariz diversas vezes. Drogado da porra. "Mas eu vou ter que matar vocês" ele tira uma arma da cintura e aponta primeiro para o Joe. Arrasto meu corpo até bater contra a parede da escada, olho pro meu suposto namorado que olha para a porta dos fundos, depois volta seu olhar pra mim dando uma piscadela. O homem logo vira a arma em minha direção e com passos curtos tenta me alcançar, fecho meus olhos quando sinto sua respiração forte se aproximando.

"DARA, SAI, AGORA" Abro meus olhos em milésimos de segundo e vejo o homem durão de joelhos no chão, Joe rapidamente se levantou dando um chute forte em sua barriga fazendo-o cair. "FOGE DARA" Ele gritou de novo, sigo seus movimentos levantando e correndo em direção ao revólver que agora estava no em baixo da mesa de jantar. Seguro a arma com as mãos trêmulas apontando para o cara caído no chão, não sabia o que estava fazendo, só pensava em me livrar daquela confusão toda. Destravei o revólver  como se fosse a coisa mais simples do mundo, como se estivesse atuando em um filme de ação e tivesse que matar um boneco de pano. Virei meu rosto para o lado, fechando meus olhos.

"Dara" Joe me chamava tentando me fazer mudar de ideia, mas segundos depois estava atordoada pelo barulho alto que invadiu meus ouvidos.

Acordei nervosa, minha respiração estava agitada, suor escorria pela minha testa, corri para o banheiro e lavei meu rosto com água. Pela milésima vez eu tive esse bendito sonho, ele vinha atordoando minhas noites a meses, não conseguia dormir três horas seguidas sem que nada interrompesse meu sono, as lembranças do meu primeiro assassinato nunca deixariam minha mente e eu teria que viver com isso até meu último dia de vida, o qual podia chegar mais rápido do que eu esperava.

XXX
ooii genteney, como estão?
bom, essa não é a primeira fic que eu escrevo, mas é a primeira que eu posto, então eu espero que vocês estejam gostando. Capítulo pequeno só pra começar. E a opinião de vocês é sempre bem vinda, comentem o que estão achando sempre que puderem, ajuda muito por incrível que pareça!

chega de mimimi, um beijo e até o capítulo que vem,

Maria xxx

killing it ›› njh [parada/editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora