New Orleans – 14 de Julho de 2015
Aquele garoto é um cafajeste
O melhor que você já teve
É apenas uma lembrança e aqueles sonhos
Não eram tão estúpidos quanto pareciam - Arctic MonkeysEra o que eu ouvia enquanto saía do avião, a quinta-feira mais quente que eu já tinha vivido. New Orleans era a terceira cidade que eu visitava esta semana, uma morte na segunda, o estuprador na terça e por último uma mulher na sexta. Depois de chegar naqueles típicos hotéis beira de estrada, onde o recepcionista passa metade do tempo fumando um cigarro ou dormindo, arrombei a porta do quarto número treze, já que praticamente o mundo inteiro odiava esse número, mas eu gostava. Sempre acabo ficando nesses hotéis onde posso entrar e sair sem ser vista, quanto menos pessoas conhecerem meu rosto, melhor. Resolvi tomar um banho porque o dia seguinte seria longo, entrei no banheiro trancando a porta em seguida, me despi e liguei o chuveiro, deixei que a água fria descesse por todo meu corpo, me livrando da sensação de estar queimando. Senti saudade da minha família, quer dizer, senti saudade do meu tio, porque com mãe morta, pai que nunca deu as caras e tia que só sente pena de você, não é bem ter uma família. Me enrolei em uma toalha e sai, vesti uma lingerie preta e a primeira calça de pijama que vi na mala, iria dormir assim já que o quarto estava quente e eu também já estava com os cabelos molhados. Deitei e fiquei assistindo American Horror Story no celular até que o sono bateu e eu acabei por dormir.
Quando eram umas quatro e meia da manhã, o que já era de costume, acordei, levantei procurando por água. Eu me livro dos sonhos com o Joe e ganho outros piores. Isso de noites mal dormidas acontecem desde que vi um membro da minha facção assassinar uma criança. Tudo bem, eu mato pessoas, mas tenho meus princípios, nunca mataria uma criança, não importa o que ela tenha feito, não mataria. As pessoas que eu mato passam por uma série de análises, verifico suas fichas, observo suas vidas sociais, julgo se o que fizeram foi realmente certo ou errado e por fim decido se mato ou não. Foi nisso que ganhei minha primeira cicatriz. Um dos ajudantes do líder da facção mandou eu matar um homem com quem tinha uma rixa, eu neguei, ele acabou se irritando, muito para dizer a verdade, e já que não era o bastante, enfiou uma faca de caça em meu ombro.
Acordo dos meus pensamentos quando escuto um barulho na porta. Sério? Com tantos quartos para escolher, tinha que ser justo o meu, e as cinco da manhã! Corro para minha mala e tiro uma faca EA-042 do fundo falso. Fico escondida encostada na parede atrás da porta e em questão de segundos um homem, aparentemente alto, entra desatento a medida que ria de algo em seu celular. Assim que passou, empurrei seu corpo contra a parede, fechando a porta com um dos pés, e pressionando minha faca na pele branca do seu pescoço com a mão direita enquanto a esquerda apertava uma das artérias, pronta para apaga-lo. Seu rosto não era familiar, nunca tinha o visto antes. Percebi o susto que levou quando o seu divertimento, seu celular para ser mais precisa, tombou no chão. Ele tinha os olhos claros e transmitiam medo, não o via piscar nem por um segundo sequer.
"Quem te mandou aqui?" perguntei em um tom baixo e com a feição séria. Ele abria a boca diversas vezes a procura de algo para dizer, mas nada vinha. Ameaçava-o mais com minha faca a cada movimento falho que tentava dar. Logo vi suas pupilas dilatas mudarem de direção, ele me analisava, talvez porque eu estivesse apenas com um sutiã e uma calça moletom. Merda Dara.
"Eu perguntei quem te mandou aqui?" disse pausadamente, tirando sua atenção de mim, enquanto pressionava ainda mais a lâmina fria a procura de uma resposta rápida. Sua expressão tinha mudado, olhei para seu pescoço e vi algumas gotas de sangue começarem a escorrer. Bufei.
"Bom eu tentei ser legal, mas já que você não quer cooperar.." com um simples apertão em seu pescoço, o corpo do rapaz foi em direção ao chão. Logo essa, em plena sexta. Peguei uma algema e arrastei seu corpo até a cama prendendo-o lá, olho para seu pescoço que ainda sangrava um pouco. Procuro na minha bolsa um pacote de curativos, limpo o sangue e colo uma das gases no pequeno corte. Visto uma blusa preta com mangas longas. Ele provavelmente acordaria em alguns minutos, tempo suficiente para eu ligar pro Mike -líder da facção- e saber o que faria com ele.
*O que? Eu não vou matá-lo!*
*Você tem que matar ele Dara* Mike dizia sério e com raiva.
*Mike você sabe que eu não mato gente inocente, você concordou com isso* eu andava em círculos pelo quarto.
*Mas vai ter que!* ele disse como sendo suas ultimas palavras, eu neguei com a cabeça.
*Eu vou fazer do meu jeito, não vou matá-lo, não vou* acabo por desligar.Olho para o rapaz e o vejo acordado tocando a área com o curativo em seu pescoço, ele não me via. O relógio em meu pulso marcava seis da manhã, teria que sair em duas horas, mas estava cansada e meus olhos pesavam. Andei em sua direção e sentei a sua frente encostada na parede, ele ainda estava assustado, se afastou o máximo que as algemas lhe permitiram.
"Não vou te machucar nem fazer nada com você" disse tranquila olhando-o nos olhos.
"Eu já ouvi você no telefone" foram suas primeiras palavras, sua voz era doce ainda com umas falhas, seus lábios vermelhos estavam secos, ele me encarava assim como fiz quando ele entrou nesse quarto. Seus cabelos eram loiros, não era natural, era um loiro muito bem pintado por sinal. Usava uma camisa branca de botões, as mangas iam até um pouco abaixo dos cotovelos, calça preta e umas botas desgastadas também pretas.
"Desculpa pelo pescoço" me levantei e peguei um copo d'água e ofereci, mas ele virou o rosto em direção contrária, acho que isso foi um não. Deixei o copo no chão e sentei na sua frente de novo. "Como se chama?" perguntei tentando ter sua atenção. Nenhuma resposta. "Não vai responder? Tudo bem" estava com a cabeça encostada na parede, meus olhos se fechavam e abriam lentamente, não podia dormir, mas estava sendo involuntário. Senti ele me fitar, mas não consegui abrir os olhos, acabei por cochilar naquela posição mesmo.
XXX
HEY, COMO VÃO? eu vou bem caso alguém queira saber! Esse foi o capítulo de hoje, o que acharam? Olha eu geralmente não fico satisfeita com os capítulos que escrevo, mas honestamente, amei esse. Ficaria muito feliz se vocês votassem e comentassem :))) bla bla bla, aguardo vocês no próximo capítulo, muitos beijos,Maria xxx
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killing it ›› njh [parada/editando]
أدب الهواة"Meu nome é Dara, tenho 20 anos e sou uma assassina profissional" [Niall Horan Fanfiction] ↠ Fanfic Brasileira ↠ Plágio é crime