24° Fim

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Acordei estranha, minha cabeça pesava, me levantei e Adam tava lá, dormindo, dei um beijo na bochecha dele, e me levantei.

Meus pés não queria sentir o chão, meus olhos não queria enxerga e de imediato minhas pernas se jogam contra o chão, fazendo eu bater com a cabeça. Tento me levantar mais é em vão, parece ter um peso enorme em minhas costas. Olho pro chão, onde tinha gotas de sangue, que pingavam uma atrás da outra, em sintonia.

Meu nariz tava sangrando, logo lembrei da minha vó. Então falei baixinho, na esperança dela me ouvir " Vó, oque eu faço, me ajuda", não sei se foi coisa da minha cabeça, mais pude ouvi-la. " seja forte querida, levante-se, salve sua vida."

Foi o que fiz, dei um impulso para trás, não ligava pra tontura. Só queria que isso parasse. Corri pro banheiro e fui parar o sangramento, logo sinto alguém colocar uma mão na minha cintura e outra puxar uma mexa do meu cabelo pra trás da orelha.

-- Oque você fez? - olhei pro espelho da minha frente e vi Adam.

--Acordei assim.

-- Isso não é normal, quer algum remédio mor?

-- Não. Deve ser o efeito da Quimioterapia.

-- você ta pálida.

-- to com tontura.

-- pega minha camiseta. - Ele tirou sua blusa do corpo e me deu. -- Coloca no nariz pra estacar o sangue, já já passa amor.

Então peguei e coloquei na região do nariz. Senti ser pega pelos braços fortes de Adam.

-- Não Adam, seus pontos. Você ainda não ta curado. - Eu disse tentando sair.

-- Não importa mor. - Disse ele, que logo me coloco na cama e deu um beijo em minha testa.

-- Eu te amo Adam.

-- Eu te amo Pi.


~já a noite~

Pov. Adam

Estou na sala muito preocupado, a Pitty dormiu, e ainda não acordo, será que ela vai ficar brava se eu chamar ela ?

-- Mããee, vem cá. - Eu chamo minha mãe e ela vem correndo com um avental amarrado a sua cintura.

-- Que foi filho.

-- A Pi... acordei hoje de manhã e ela tava com um sangramento nasal.

-- E por que não me avisou? E por que não ta lá com ela? - Diz ela tirando o avental e com uma expressão de preocupada.

-- Por que você iria ficar assim, preocupada demais, calma mãe, já passou. E eu não to lá com ela por que ela ta dormindo.

-- A quanto tempo ela ta dormindo? - Diz ela me olhando fixamente.

-- Umas 7 horas....

Não fizemos nada a não ser correr pro quarto, e se deparar com Pitty pálida e uma poça de sangue no travesseiro, cai no chão ao ver aquilo, minha mãe correu pra onde estava ela, e tocou em sua pele, fechei os olhos e comecei a murra minha própria cara, como pude deixa-lá a sós, sou um monstro. Ouço a voz da minha mãe chamando ela, mas não ouço resposta, então tudo que passei com minha pequena passa diante dos meus olhos, como um filme.

Me levantei, e fui em sua direção, e minha mãe foi ligar pra emergência. Peguei em sua mão branca e dei um beijo, deitei ao seu lado em lágrimas.

--Não me deixa... Eu te imploro. Abre os olhos, você não ta morta, ainda pode me ouvir. Desda primeira vez que ti vi, você iluminou meu mundo, não sei dizer quantas noites passei acordado pensando em você, agora que te tenho, quero viver minha vida ao teu lado. Não desista. - olhei pra ela, de um jeito que nunca olhei, e pude ver uma lágrima em seus olhos, sim, ela esta ouvindo.

Um Amor Incondicional [ concluído ]Onde histórias criam vida. Descubra agora