Pov. Dr. Tate
Vou ao encontro da garota. Que por incrível que pareça está mais calma do que eu previa.
Sento numa poltrona ao lado da maca. Ela olha pra mim com um olhar triste. Percebo em seu rosto lágrimas, havia chorado tanto em pouco tempo que o rosto estava inchado. Ela abre um pouco a boca, como se fosse falar alguma coisa, mais sem certeza do que iria dizer, fecha e se vira, fixando o olhar na parede.
-- Pode me dizer seu nome ? - Eu pergunto dando um sorriso amarelo.
Mesmo com essa pergunta ela não se move. Apenas derrama lágrimas. Acho que ela esta com medo de perguntar se sobreviveram, deve estar com medo da resposta.
-- Eles estão bem. Estão dormindo agora. -Eu Digo isso, e rapidamente ela olha pra mim e sorri entre lágrimas, parece que eu estava certo, é oque ela tanto queria ouvir.
-- Estão bem mesmo? - Pergunta ela rouca.
Balanço a cabeça afirmando.
-- O garoto que dirigia era o que mais corria risco de vida, ainda teve duas paradas cardíacas na cirurgia, mas ele é um garoto forte. A mulher, apenas teve que levar pontos na cabeça, e ela esta ótima. Pode dizer seu nome ? - Eu digo olhando para ela.
-- Pitty.
--Bonito nome, Pitty.
--Posso ver eles ? - Diz ela já se levantando.
-- Claro. Te daria alta assim que você se acordasse mesmo. - Digo rindo, ela ri e faz uma cara de dor.
-- Esta doendo muito doutor. - Diz ela triste.
-- Eu sei, mais é apenas nos primeiros dias, vai ficar bem, venha, me acompanhe, as pessoas que você quer ver estão juntos num quarto só. Não consegui colocar você la, o quarto é pequeno, espero que me entenda. - Digo acompanhando ela.
-- Claro.
Pov. Pitty
Estou indo ao encontro da minha família, estou fraca, preciso me alimentar, tenho que fazer a quimio. Muita coisa se passa em minha mente. De repente uma dor se estende em toda minha cabeça, na verdade em todo meu corpo, fazendo ficar mais fraca do que já estou. Caiu no chão, bem em frente esta a porta, a porta que vai me da forças pra lutar contra tudo, a porta que me dará coragem. O médico me ajuda a me levantar, quero muito ver eles novamente, dizer obrigada por não me deixarem, e abraça-los.
-- Esta tudo bem Pitty? - Diz o medico.
-- To com dor de cabeça, mais nada vai me impedir de ver eles.
Entrei la, quase não consigo chega perto deles, a tontura dominava meus olhos, via o mundo girar ao meu redor, era uma luta contra a visão e a escuridão.
Chego perto deles e dou um beijo nos dois. Choro ao ver a bolsa de sangue ao lado do Adam. Perdeu sangue, o bastante para ter que completar com o sangue de outra pessoa, mas, Agradeço ao doador.
-- Ele tava me levando para o hospital, ironia do destino não ? - digo me virando para o medico.
-- Para que ele estava te levando para o hospital ? - pergunta ele curioso.
-- Bom, ja deve ter percebido que tenho câncer não é ?Então hoje é... na verdade era pra ser dia de Quimio so que por conta do acidente, perdi a hora. - Digo triste.
-- Você sabe o endereço ? Posso conversar com seu medico, ele vai entender.
-- Sei, vou anotar.
Pego um papel e uma caneta que estava num mesa ao lado das macas, anoto e entrego a ele.
-- Hum, conheço este hospital, tenho um tempo livre, venha vou te levar. - Diz ele dando um sorriso, que pra mim foi um sorriso malicioso.
-- NÃO, nem te conheço, nem sei seu nome, você pode ter salvado a vida da minha familia, mais isso não prova nada que você NÃO pode ser um aproveitador, não ando com estranhos, então me recuso a ir algum lugar com você, posso perder a Quimio mais não vou ! - Digo isso e me viro para olhar para o Adam.
Fica um silencio atormentador, olho para a parede e vejo sua sombra se aproximando de mim, mais e mais, fecho os olhos quando ouço sua voz grossa.
-- Olha Pitty, me chamo Tate... Por mais que eu esteja sendo gentil, eu não vou tolerar este insulto, ou aceita minha ajuda ou nada. Eu venho aqui pra fazer meu trabalho, não para me aproveitar das minhas pacientes, nunca fiz isto e nem penso em fazer! -- Diz ele bravo.
Olho para ele e percebo um olhar sincero, seu rosto tinha expressão de triste. Confesso que ele é muito bonito, aparenta ter pouca idade para ser medico, mas, acho que ele é daquelas pessoas que não envelhecem junto com a idade. Dentro dos seus olhos tinha maguas, seu pulso fechou junto com seu rosto. Ele se virou e saiu. Não pudia ter feito isso.
-- Dr. TATE ... volte, me ajude. Desculpa - digo correndo atrás dele.
-- Eu salvei a vida daquele garoto, na verdade ja salvei a vida de muita gente, só que ninguém nunca me tratou dessa maneira. So que sou tao bobo que nao consigo rejeitar nada. - Diz ele dando um sorriso.
-- Obrigada Dr.Tate.
Acho que alguém vai fazer quimio. . .Consegui fazer a quimio e me arrependo do que tenha dito para o Dr.Tate ele é gente boa.
Ja que minha mãe e o Adam estão bem, resolvi ligar para a mãe do Adam e perguntar se podia ficar por la esta noite, pensei que os médicos tinham informado a ela o ocorrido, ela estava desesperada pelo filho. Ela disse que tinha políciais em toda parte procurando o Adam.O dr.Tate me levou ate lá, e acredite tinha policiais em toda parte mesmo.
Depois de tomar banho e eu explicar tudo. A Sofia quis ir visitar o Adam, eu não fui com ela. Entao resolvi durmi, subi pro quarto onde o Adam dorme. Realmente ele é mais organizado que eu, dou risada de mim mesma e deito na cama dele. Consigo sentir seu perfume, mesmo que ele nao tivesse la, era como se parte dele estivesse deitado comigo. Conseguia sentir seu perfume, sua respiração. Acho que durmi na cama dele nao foi uma idéia boa, so penso nele, eu o amo. Me levanto e vou mexer nas suas coisas . É errado mas so enquanto o sono não vem. Abro uma gaveta que esta lotada de cartinhas de namoradinhas, apenas dou risada da situação, fecho e abro uma porta do guarda-roupa, e pego uma camisa dele bem grande. Tiro minha roupa e a coloco, quem sabe sentido seu cheiro mais perto de mim eu nao consiga durmir mais rapido. Por conta da quimio, logo em seguida fui vomitar. Bom finalmente consegui durmi.
Nota:
Leitores, me desculpem a demora pra postar, serio, me desculpem. Espero que tenham gostado.
Bjus
-Panda
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Um Amor Incondicional [ concluído ]
Roman d'amourTudo começa com Pitty, uma menina de apenas 15 anos que mora com sua mãe, e tem como hóspede sua adorável avó, na qual lutava contra uma doença, e sua neta teve que enfrentar a dor do luto sozinha após sua morte. Com o passar do tempo, Pitty se entr...