Capítulo 35

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-Consegui ouvir um pouco.-disse ele se encostando em mim.

-E o que eles falavam ?-perguntei receosa e ele ficou com uma expressão que não conseguia decifrar.-Anda, Thomas! O que eles estavam falando ?-perguntei baixo e ele chegou em meu ouvido.

-Eu ouvi uma parte que..."Temos que fazer isso, eu vou ter ela!", "Mas ela não Vale nada!", "Não pedi sua opinião, garota, você só está me ajudando a cometer um sequestro."-disse Thomas e eu tapei a boca novamente.

-Eu não acredito!-sussurrei.

-Temos que sair daqui... Venha, vamos!- disse ele me puxando pela mão e fomos saindo.
Fomos em direção ao quintal e ali me joguei na grama ficando sentada.

-Eles não podem estar falando sério!- disse desacreditada.

-Pois acredite! Eles estão Armando um sequestro. Isto é, se já não têm o sequestrado em mente, no caso você!- disse ele e eu olhei pra grama. Como eu queria que nada disso fosse realidade, como eu queria que meu pai estivesse aqui comigo, como eu queria minha mãe me ajudando... Quando percebo, lágrimas já estão rolando!-Ei! Ei! Calma! Eu não vou deixar isso acontecer!-disse ele e eu o olhei.

-Se um dia eu pudesse ter um poder, eu escolheria o poder de deletar, pra eu me deletar da minha vida, eu nunca deveria ter nascido, só trago problemas!- disse já sufocada com meu choro.

-Eu não vou deixar nada acontecer com você, ou melhor, com nós.-disse ele e eu o olhei sorrindo, mas ainda com lágrimas nos olhos.

-Eu queria que nada disso fosse real...-sussurrei e ele me olhou com pena! Pare de me olhar assim, Thomas!

- Vamos sumir!- disse ele e e eu o olhei ainda chorando.

-Ficou maluco ? Quer sumir comigo ?-perguntei e e ele me olhou e sorriu.

-Sim! É por nós! Vamos nos afastar dessa vida, viver as nossas vidas, vidas próprias, sem a dependência de ninguém, sem esse perigo todo, sem qualquer interrupção... Uma vida de paz e alegria!-disse ele e eu olhei pra baixo pensando em sua proposta, era tentadora.

- Eu... Estou sem palavras...-disse e ele sorriu.

-Não diga nada, apenas suma comigo, só nós dois...-disse ele e eu sorri.

- Eu vou!-disse decidida após ter respirado bem fundo pensando nas consequências.

(...)
-Psiu!-ouvi me chamarem da janela, me levantei e fui ver quem era.

-Ah, Thomas! Você me assustou!-disse e ele sorriu.

-Me desculpa, arrume suas coisas, iremos ainda hoje pra fora do país.-disse ele e eu o olhei.

-Será que isso é certo ?-perguntei e ele revirou os olhos.

-Certo não é, mas isso vai aliviar todas as suas dores...-disse ele, mas parecia estar pensando em algo.

-No que está pensando ?-perguntei e ele sorriu.

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