1. apresentação*

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《《Gente, os capítulos já publicados vão ter uma estrelinha, mas TODOS terão coisas diferentes, então mesmo se você leu a antiga versão eu recomendo que você leia tudo, inclusive os capítulos com estrelinhas. 》》

Acordei cansada, com dor de cabeça e a minha típica ressaca de segunda-feira. Me levantei da cama a todo custo só para poder desligar a merda do despertador que estava tocando lindamente What's Up do 4 Non Blondes. Por falar nisso, que invenção inútil de Satã. Despertadores são simplesmente coisas infelizes, criadas por uma pessoa estúpida e sem vida que apenas fazem você começar a odiar músicas que antes você gostava.

-- LEXI! DESCE QUE O CAFÉ TÁ PRONTO! -- A vadia, também conhecida como a namorada vacilona do meu pai, gritou.

Tipo, vai se foder. Não basta estar de ressaca, essa rapariga tem que estar gritando com a sua bela voz de hiena e batendo, provavelmente, um coquetel de remédios misturados com uma coisa que, sinceramente, parece gozo verde. Minha cabeça vai explodir! Pelo menos tenho esta sensação, já que até aquela borboleta que está pousando na flor do outro lado da cidade faz minha cabeça estremecer de dor.

Não tomei banho. Não tomei porque se eu vou pra um lugar obrigada eu não devo tomar banho. Vai que as pessoas do colégio ficam com nojo de mim e me mandam pra casa? Sendo assim, apenas coloquei a minha farda (levemente personalizada, pois ninguém merece usar aquela coisa ridícula) e desci para tomar café. Não literalmente café, porque café é outra coisa demoníaca. Aquela água preta de esgoto. Odeio.

-- Filha, coma rápido que eu não quero ver você atrasada no primeiro dia de escola. -- Para quem não sabe (estou me referindo a você mesmo) este é meu pai Carlos.

O nome dele não é Carlos, mas eu me recuso a chamar ele de Humberto. Olha que nome escroto. Acho que minha avó odiava o Carlos mais do que o necessário pra pôr um nome desses no cidadão.

-- Fodasse -- Vocês já repararam que essa palavra serve meio que... pra tudo?

-- Olha a boca mocinha. Não te eduquei desse jeito - Nick, a vadia com voz de hiena que me referi mais acima falou. Novamente, o nome dela não é Nick, mas considerando que a bruxa da Nick Reed, não sei se o nome dela é assim e também não me importo como se escreve, casou com o meu homem, eu posso chamar a bruxa que tá noiva do meu pai de Nick.

-- Foda-se -- Respondi e olhei para ela com o meu olhar de "Vai encarar, ameba?".

Eu realmente não tenho uma definição definida para colégio... é meio que uma jaula, cheia de animais que falam e de dinossauros que geralmente explicam coisas que eles chamam de "matérias". Isso foi meio aleatório, mas nem tanto já que você sabe que eu tô me arrumando pra ir pra prisão. Oops, colégio. Que se foda, é prisão mesmo. Você sabia que o formato do colégio, tipo os corredores com as salas e pá, foi inspirado na prisão? Pois é. Posso chamar de prisão sim.

Apesar de não ter amigos, os professores me odiarem e eu não falar com ninguém que não venha falar comigo, eu não me considero anti-social. Apenas sou anti-cretinos que passam o dia ignorando a minha existência. E mais ainda, sou anti-cretinos que passam o dia tentando falar comigo. Um exemplo? Meu pau. PAI. CARALHO, CORRETOR ESTÚPIDO.

Antes de terminar de narrar a bosta do meu dia eu vou fazer uma pausa pra me apresentar. Vou fazer uma apresentação formal, quero dizer, totalmente informal pois estou com preguiça de escrever formalmente. Não, eu não vou te contar de quantas escolas eu já fui expulsa, ou se alguma vez já me cortei no banheiro do colégio, ou muito menos se já me cortei:

Nome: Alexia Marshall (Ou Lexi, para os íntimos. Ou seja ninguém. Aquela puta me chama de Lexi, mas não dei esse direito à ela).

Idade: 15 anos.

Você só precisa saber disso. Fim.

Você só precisa saber disso e que eu não sou muito fã de ficar bêbada. Eu sempre fico bêbada no domingo, mas isso não quer dizer que eu goste, ok? Dois beijos.

Fim da minha bela, breve e nem um pouco interessante apresentação. Nunca me apresento direito, vai ver que é por isso que eu sou uma grande bosta em fazer amigos.

Apesar de eu odiar com todas as forças aquela ameba que fode com meu pai, obedeci e engoli o café da manhã. Saí correndo de casa antes que a coisa começasse a falar para eu fazer amizades e ser simpática. Odeio gente que fala isso mais do que os dinossauros de português, serião.

Alexia (Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora