7- Plano de fuga

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Decidimos sair escondido mas ainda estou com ódio dele, então depois de a gente combinar tudo eu chutei ele pra fora do meu quarto.

Agora tô aqui né, no quarto esperando que algo mágico aconteça, o que claro não vai, então me levanto e passo pelo quarto da minha mãe e procuro algum dinheiro ou cartão, mas NADA. Nossa nem pra deixar uns cem reais pra quando uma pessoa como eu precisar de dinheiro.

Fecho a bolsa e sinto que alguém está me olhando, fudeu, ela já não quer me deixar ir na festa com desconhecidos, se ela me ver me cheiro na bolsa dela, aí me deixa trancada a sete chaves no quarto com a janela de ferro.

Sinto um braço me puxando e tampando minha boca, me desespero e tento me mecher, só que a pessoa é forte e segura firmemente meus braços e eu desisto de lutar (nem tava lutando)

-Esta tudo bem. *a pessoa que está me segurando diz, ah claro, pra você né, porque eu tô aqui quase infartando e você diz que está tudo bem?*

-Hm..me..s-solta... *tento falar, o que tá um pouquinho difícil*

-Não grita, sua mãe tá vindo, se não ela vai perceber que você tava mexendo na bolsa dela ok?
*eu assisto meio desesperadamente e ele tira a mão da minha boca e eu solto um suspiro*

Vejo minha mãe entrando no quarto e pegando a bolsa dela, aperto minha mão com a de Lucas e o encaro, ele me da um sorriso meigo e eu digo um "brigada" e ele sussurra um "de nada, princesa", me viro e coro.

Ela sai e eu praticamente me jogo no chão, mentira, me jogo na cama da minha mãe.

-Como você sabia que eu tava no quarto da minha mãe? *pergunto desconfiada*

-Eu tava passando pelo corredor e te vi mechando, achei meio perigoso já que sua mãe odeia quando mechem nas suas coisas se a permissão dela.. *diz ele como se fosse obvio*

-Mas a porta estava fechada como você sabia que eu estava aqui? *me levanto da cama* você estava me espionando?

-Não! quer dizer... eu só dei uma olhada.. e percebi que não era a tia Julie... e *ele coça a cabeça sem garça*

-Tudo bem, você me salvou, agora não fique espionando pela frestinha das portas senhor Donnavan. *o empurro e saímos do quarto da minha mãe*

-O que você estava procurando na bolsa da sua mãe?

-Ah nada não.. *fico com receio de falar*

-Pelo jeito desesperada não parecia nada. *me encara*

-Era um analgésico, sabe, dor de cabeça... *nossa Roberta melhor desculpa*

-Eu tenho vem aqui. *ele me puxa e me leva pro seu quarto*

*merda, agora vou ter que tomar o remédio*

-Toma. Acho que em meia hora sua cabeça vai estar ótimo. *me entrega dois comprimidos*

-Hm..eu meio que já estou me sentindo melhor... *pego ele e seguro*

-Engraçado nem pra mentir consegue disfarçar...vai fala o que você estava realmente procurando. *pega os comprimidos da minha mão*

-È que eu... queria uma grana pra comprar a roupa da festa...
*digo envergonhada*

-È isso? *ele solta uma risada*-Vamos amanhã no shopping e aí você faz compras.

-Você não escutou o que eu acabei de falar? *o encaro * -Tô sem dinheiro, dura.

-Quem disse que você que vai pagar? *ele diz naturalmente*

-Não precisa comprar nada pra mim, aliás odeio ficar devendo... *abaixo a cabeça e me viro pra descer*

Quando estou descendo...

12 de fevereiro, 2016




Vida De RobertaOnde histórias criam vida. Descubra agora