Capítulo 9

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Acordei no outro dia, com uma baita dor de cabeça e deitada no chão da sala. Olhei para a mesa de centro e vi três garrafas de vinho espalhadas.

Levantei-me devagar, apoiando no sofá. Olhei para o relógio e quase cai de susto: 15 horas. Ah, que lindo, perdi a hora. Bom, não tenho mais aula hoje, então peguei um remédio na cozinha e fui direto para o banho.

Quando entrei e sentei na banheira, sentindo a água quente tocando minha pele, estremeci. Passei a mão pelas têmporas e viajei pelo dia anterior.

Na verdade, foram apenas flashes. Não me lembrava de nada, graças ao meu pequeno descontrole sobre o vinho.

A única coisa clara para mim era o amor que eu guardava em meu peito. Isso eu tinha certeza que não era algo inventado pela minha mente embriagada. Era algo real, tanto quanto o azul do céu. Outra coisa que não me escapava era o sentimento de culpa por fazer florescer uma paixão impossível.

Nunca que a dona Bianca me aceitaria como nora. Aliás, acho que nunca aceitará ninguém para esse cargo.

Terminei meu banho e me vesti. Olhei novamente para o relógio e já havia se passado uma hora. Arrumei-me e fui para a biblioteca.

Cheguei lá, fazendo uma lista mental de possíveis defeitos de Pedro para que eu consiga controlar o incontrolável.

Esperei no lugar de sempre. Como eu havia chegado bem antes do horário combinado, dei uma volta entre as prateleiras cheias de vida. Cada passo entre essas guardiãs de diferentes histórias, eu me acalmava. Como se fossem um analgésico para a alma.

Ouvi passos no corredor e dei uma espiada. Era ele. Já senti minhas pernas bambearem e borboletas no estômago. Parecia que tinha voltado na época que tinha 13 anos e tinha exatamente essas reações.

Bom, ia começar a minha luta.Y<


Superações do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora