Capítulo 2° - "Tão... Tudo"

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Abri à porta e dei um sorriso forçado para Yolanda, assim que ela entrou.

- Eu juro que te mato quando ela não estiver. - Esbravejei na direção do Dylan assim que ela passou por nós. Deixei ele para trás, pisando firme para meu quarto, fazendo ele rir e fechar à porta.

Ódio! Dividiria a atenção com ela nessa noite. Ou nem teria.

Respirei fundo, jogando minha bolsa no pé da cama.

Assim que entramos no carro, formou-se um silêncio desconfortável, por Yolanda estar ali e ser uma estranha, e por não termos assunto.

Eu tinha uma cara emburrada, braços cruzados e cenho franzido.

Tinha vontade de gritar e dizer que Dylan era meu, e não dela para ela querer que ele converse com ela a caminhada toda. Raiva. Tristeza. Tudo estava misturado.

Pensei que quando ele voltasse, seria mais fácil de matar a saudade, mas a única coisa que consegui foi um abraço e um beijo. Beijo não, porque certo pingo de gente interrompeu.

Yolanda parecia típica filha de papai, cartão de crédito, chofer, a hora que quisesse. Tinha cara de mimada, talvez muito. (Mas dizem que as aparências enganam). Apesar de ser pequena, um pouco menor que eu, ela era ruiva, dos cabelos cacheados, e tinha curvas, era corpuda, deveria ter os rapazes que quisesse. E eu não duvidaria muito que Dylan se interessase por ela.

Quem era eu perto de Yolanda?

A namorada de Dylan, pensei.

E aqui estamos nós, depois de Bette ter parado o carro dela em frente ao meu novo apartamento, Yolanda desceu junto. Eu olhei confusa para Dylan, e quando ele se aproximou de mim, jogando o charme que tinha, feito minhas pernas bambearem, eu fraguejei e concordei em deixar Yolanda por uns dias na minha casa.

Dylan disse que seria rápido, alguns dias, apenas. Pois logo ele alugaria uma casa e deixaria ela lá.

Foi aí que parei para pensar. Ele alugaria uma casa. Uma casa dele. Uma casa que seria dele e colocaria ela lá dentro junto com ele.

Foi nessa parte que fiquei puta. Ele tinha planos para paparicar ela em um lugar particular.

Eles ficariam juntos dentro de uma casa. Sozinhos.

- Amor. - Como Dylan era sonso. Que ódio. - Ally? - Senti sua mão tocar meu ombro.

Não tinha medo de ficar sozinha. Tinha medo de ele me largar, depois de tanto tempo esperando por ele.

- Oi? - Sorri amarelo.

- Faz uma massagem em mim? - Ele fez a pergunta, seguida de uma carinha de coitado. Olhos brilhantes e penetrantes. Sentia minhas entranhas formigarem por ter o seu olhar em mim. Assim que ele se aproximou, beijou minha testa e tirou a blusa. O taquinho, de lavar várias peças de roupas, estava ali na minha frente.

E, nossa, Dylan estava tão gostoso fisicamente. Tão... Tudo.

Seguia cada passo seu em câmera lenta, até ele deitar na cama de bruços e resmungar meu nome.

Tirei meus sapatos, e subi em cima de suas costas nuas, ficando sentada na sua bunda.

Fiz círculos na parte da costela, e nos ombros. Passei as mãos por seus braços musculosos. Apertei-os e eram durinhos, sem nenhum esforço.

Queria tanto saber o que tanto ele fazia em Miami. Na maioria das vezes, ele postava ou era marcado em fotos de festas, rodeados de pessoas. A maioria garota. O que me deixou muito pirada, louca, maluca, paranóica. Quando fui ver, eu já estava fuxicando o facebook das que foram marcadas nas fotos do amigo de Dylan, que se chamava Henzo, vendo o quanto elas eram bonitas, peles morenas, olhos variados do claros para escuros, tamanhos de cabelos diferentes, corpos e suas curvas sem nenhum resquício de que comiam hambúrguer todas as noites, o que me fez notar que elas deveriam fazer academia para tirar qualquer excesso de gordura de dentro delas.

- Dylan... - Cutuquei o lado de seu corpo, e por incrível que pareça, ele tinha dormido.

Bufei, pensando que teríamos uma noite de "matar a saudades".

A Gravidez - Volume 2Onde histórias criam vida. Descubra agora