Capítulo 9

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Eu não sei mais o que fazer. Eu vou morrer de qualquer jeito. Então só tem uma coisa a fazer. Vou enfrentá-los. Peguei o punhal que Sora me deu, escondi e desci para almoçar.

- Oi, fofa. - Haru falou. - Demorou a descer.

Percebi que Hayato não estava na mesa.
Comi rápido e fui para a sala. Hayato estava lá.

- Oi. - Eu disse pegando o punhal e escondendo atrás das minhas costas.

- Oi. - Ele disse com aquela voz séria dele.

- Me desculpe. Mas preciso fazer isso.

- Hã? - Eu joguei o punhal nele.

No mesmo momento ele pegou o punhal e colocou no meu pescoço. Acabei de perder minha única arma.

- Uma arma contra vampiros? Guarde com você e nunca mais tente me matar. - Hayato me entregou o punhal e sumiu.

Eu não posso lutar contra vampiros. Se não consigo derrotar um, como vou derrotar vários?

- Oi fofa. - Haru apareceu. - O Sora e os outros foram caçar. Agora os únicos na casa são eu e o Hayato. Mas ele não vai interferir.

- Não! - Ele me mordeu.

Ele estava bebendo muito do meu sangue. Eu estava ficando fraca. Usei minha últimas forças para empurra-lo.

- Você não vai se aproveitar de mim. Não sou se brinquedinho! - Nesse momento minha visão ficou embaçada e eu desmaiei.

- Você finalmente acordou? - Eu estava no sofá e Haru estava me olhando. - Acho que agora vou te deixar em paz. Você ainda está fraca.

Ele desapareceu. Eu levantei e fui até a cozinha. Eu estava com fome. Peguei uma maçã e comi. A última maçã da minha vida. Peguei o punhal e olhei para ele.

- Se não posso matar vampiros, ainda tem um jeito de fugir dessa vida. - Peguei o punhal e enfiei em minha barriga.

Estava saindo muito sangue. Logo tudo ia acabar.

- Lisa? - Vi Hayato. A última coisa que vi, antes de tudo ficam escuro.

- Ai. - Eu estava na minha cama. - Eu não morri?

- Por que tentou se matar? - Hayato estava ali.

- Para fugir dessa vida. Não posso matar vocês, mas posso me matar.
- Você é nossa presa. Não pode simplesmente se matar. - Daisuke apareceu. Ele estava ainda mais sombrio do que antes.

- Nossa fofa. Isso magoou. - Depois apareceu Haru.

- Quem você acha que é? Nossa presa não pode se matar. - Depois foi Sora.

- Se for para você morrer vai ser por minhas mãos. - Depois foi Shota.

- Você se acha demais para uma presa. - Rokuro tinha uma cara de raiva. Ele bateu na parede e fez um buraco nela.

- Eu cansei de vocês! De todos vocês! Eu odeio essa vida! Odeio vocês! Eu quero voltar para minha casa. Voltar para meus amigos. Para minha escola. Para a minha verdadeira vida!

- É melhor se acostumar querida. Você vai ficar aqui até a sua morte. - Haru disse, com um sorriso diabólico que me deu medo.

- Vocês não são reais! Eu devo estar em um pesadelo. Vampiros não existem! Sumam! - Eu fechei os olhos.

Quando abri eles não estavam lá. Mas eu continuava no meu quarto. Na mansão.

- Pelo menos eles não estão aqui. - Eu começei a chorar. - Por que tinha que ser comigo?

- Oi. - Me virei e vi uma mulher.

- Quem é você? - Ela não é nenhuma das mulheres que vi naquelas fotos. A não ser...

- Eu sou Katherine.

- Você é a...

- Sim. Sou a mãe de Rokuro.

- Você não estava morta?

- Eu sou um fantasma. Mas não por muito tempo.

- Hã? - Ela entrou dentro de mim.

- Então antes de ela morrer ela conseguiu convencer um dos filhos dela a deixar essa garota viva. A garota da profecia. A garota em que eu entraria. A filha adotiva de Koit. Eu sempre soube que meu filho iria me matar. Koit não concordou em dar Lisa para mim. Mas ele morreu. E agora consegui o corpo dela. Estou novamente viva.

O que está acontecendo? Parece que eu desmaiei e não vou mais acordar.

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