Louis Tomlinson

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Vocês poderiam vir almoçar aqui hoje." - Li a mensagem da minha mãe com pesar. Eu teria que sair, pra sair eu teria que levar a (s/n) e isso era sinônimo de apenas uma coisa: vergonha.

"Pode ser, vou ver aqui." - Respondi.

"Consulte sua mulher sobre isso, sim?"

"Certo." - Revirei os olhos e me levantei à procura de (s/n).

- (s/n)? - Chamei descendo as escadas, ela não estava em canto nenhum. Fui até o jardim e a vi sentada na grama com as flores que regávamos todas as manhãs no colo. - O que você fez? - Gritei correndo até ela.

- Nada.

- Me dá essa tesoura (s/n). - Pedi.

- Por quê? Está com medo de mim?

- Claro que não! Eu só não quero que você termine de estragar o nosso jardim, passamos quatro anos da nossa vida regando essas plantas de merda pra você no final fazer isso, porra? - Eu estava muito irritado. Depois que a minha mulher desenvolveu um problema psiquiátrico, nossa vida como casal virou um inferno.

- Estavam feias, Louis. Murchas, sem vida, sem cor... - Encarou as flores em seu colo e me entregou a tesoura ainda olhando-as. - Acho que elas refletem o que acontece conosco.

- Isso é balela! - Tirei as flores mortas de seu colo e a levantei. - Vamos tomar banho e ver algo pra comer.

- Não! - Gritou. - Eu não vou!

- E por quê?

- Porque eu não quero. - Continuou gritando. - Me solta! - Gritou ainda mais alto e alguns vizinhos apareceram pra nos olhar, provavelmente pensaram que eu estava a maltratando.

- Você tem que tomar banho e ficar como uma pessoa normal. - Expliquei falando baixo.

- Eu sou normal! - Gritou novamente.

- Não, você não é, você é louca. - Falei. - Louca. E eu tenho que cuidar de você, portanto comporte-se e entre agora. - Eu disse entre dentes e apertando sem querer seu braço. Ela apenas se calou e entregou junto comigo, acenei para os vizinhos antes de entrar.

- Se eu sou louca e você me carrega como uma cruz, então acabe o casamento. - Ela disse após tomar banho e sentar-se na cama. Respirei fundo e me aproximei dela.

- Caso eu quisesse acabar contigo eu já tinha feito, não tinha aguentado quatro meses de loucura sua.

- Então pare de me chamar de louca ou quem te deixa sou eu. - Disse ofensiva e saiu do quarto. Ela tinha aquele tipo de esquizofrenia que só atacava em alguns momentos, em outros ela estava mais lúcida que eu e minha família juntos.

- (s/a)... - Eu a amava, não queria perdê-la. O problema era que às vezes ela me irritava demais e me fazia passar vergonha na frente de todos. - Não vou permitir que você me deixe. - Falei beijando-a e ela correspondeu.

- Será que eu posso comer?

- Pode.

- Não estou perguntando pra você, eu quero saber se a Meena deixa. - Olhou para uma das cadeiras da mesa como se estivesse alguém.

- Quem é Meena?

- A dona disso tudo. - Ótimo, atacou de novo.

- Olá Meena. - Eu falei olhando para a mesma cadeira e (s/n) riu. - Ela deixou você comer?

- Deixou.

- Eu posso também?

- Pergunte a ela.

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