Since the First Time

Your smile

Já é domingo e eu não fui ontem à biblioteca porque saí com meus pais, já que tiveram folga do hospital. Até fiquei um pouco aliviada, estava nervosa de ir e o encontrar lá. Parece estranho, na verdade é estranho, pelo fato de eu não saber absolutamente nada dele. Apenas acho que se meus olhos encontrassem os seus novamente seria difícil desviar, e ele me acharia uma completa psicopata.

Nesse momento eu estou sofrendo uma conversa sufocante com Kate. E eu não paro de pensar que meu celular vai explodir com os gritos dela.

— Qual é, Liza?! Vem, aproveita e me mostra esse boy que roubou seu coração. — ela sugere, um pouco mais calma.

— Como assim? Ele não roubou meu coração. E eu não estou afim de ir hoje.

— Jura? Por favor, tenho folga hoje. E olha que quando isso acontece não faz parte do meus planos passar minha folga no lugar onde eu trabalho.

Suspirei e pensei na hipótese. Se eu fosse 1) Poderia tomar um café e ler um pouco. 2) Vou conversar com Kate sobre algum garoto que ela se interessou, já que toda semana é um novo. 3) Existe uma possibilidade de o encontrar, e só de pensar minha barriga revira.

Bufo irritada comigo mesma. Ele é só um garoto e eu estou como se estivesse me escondendo e com medo dele.

— Meu bem, eu não tenho todo tempo do mundo. Mas vou considerar essa demora como um sim, sim? — ela fala e eu reviro os olhos com sua insistência.

— Arrg, tudo bem Kate, ok, eu vou! Te vejo as 18h. — suspiro derrotada e ela da um grito escandaloso, ri pelo nariz.

— A gente se vê lá, meu amooooor! — falou e gritando a última palavra.

Olhei no relógio em cima da minha escrivaninha vendo que ainda eram 13:34h. Fui pra cozinha e vi meus pais rindo.

— Posso saber sobre o que estão falando? — Ergui as sombrancelhas.

— Nada demais, filha. Vai sair hoje? — Meu pai pergunta.

— Sim, vou pra biblioteca com Kate.

— Hoje vamos sair por volta das seis pro hospital, consegue se virar por aqui? — Minha mãe fala enquanto arruma a mesa.

— Podem me dar uma carona? Vou sair essa hora também.

— Claro. — Minha mãe sorri — o almoço já está pronto.

Comemos conversando e rindo sobre algumas coisas. Meus pais, ambos são médicos e se conheceram na faculdade. Meu pai, Chris Becker, é cardiologista. Já mamãe, Carla, é psicóloga.

Depois de comer voltei pro meu quarto conversando com Kate até as 17:00h. Então fui me arrumar. Estava fazendo um frio considerável, então peguei uma calça jeans preta apertada, uma camiseta branca lisa com uma jaqueta jeans azul e nos pés um coturno também preto. No meu rosto coloquei apenas rímel e um batom vermelho não muito escuro matte, deixando meu cabelo solto.

Passou pela minha cabeça a ideia de ele me achar tão bonita quanto eu acho que ele é ou se ele acha que eu fico bem nessa roupa.

Ai meu Deus.

Eu estou enlouquecendo.

Saio desses pensamentos idiotas com o grito da minha mãe me chamando. Peguei minha bolsa e fui de encontro com eles. A viagem até a biblioteca foi tranqüila. Me despedi dos meus pais e entrei.

Rodei meus olhos por todo o estabelecimento e encontrei Kate acenando pra mim, fui de encontro com ela. Ela me puxou para um abraço caloroso a qual eu correspondi me sentando na frente dela.

— Já pediu? — perguntei sorrindo.

— Não estava esperando você chegar. — ela sorri de volta e logo fizemos nossos pedidos. — E então... Já viu se ele estar aqui? — Ela fala e eu observo o local. Jovens conversando, outros lendo e bebendo café, mas nada dele. Provavelmente ele só veio aqui aquela vez e não vai voltar. Me pego triste só de pensar que talvez não o veja mais. Suspiro e respondo:

— Não, e acho que nunca mais ire.. — Sou cortada por mim mesma quando vejo o corpo que está passando pela porta de entrada.

Ai cacetada.

— O que? É ele? É seu boy? — Desviei o olhar pra ela que parecia aflita e ansiosa.

— É ele, Kate. Mas não olha agora, ok — Ela afirma com a cabeça e olha pra trás, exatamente pra mesa onde ele estava. — Kate! Falei pra não olhar! E ele não é meu boy. — dei um tapa no braço dela.

— Ai! Desculpa — Ela fala e abre um sorriso — Amiga, ele tem nome — Ela fala e eu ergo as sombrancelhas esperando ela continuar —, Harry. Harry Styles.

— Vocês se conhecem ou....?

— Nós temos alguns amigos em comum. Eu acho que você deveria falar com ele. Ele é bem gente boa... — Ela fala dando um gole no café.

— Quê? Claro que não! Não vou falar com ele. — Ela bufa e revira os olhos.

Tomei coragem e olhei por cima do ombro de Kate. Harry está tomando café e folheando um livro que eu não consegui identificar, tão sereno. O jeans colado junto com uma camisa preta e um gorro lhe caem tão bem. É loucura, eu sei, não é nenhum tipo de obsessão. Talvez pelo fato de eu já ter sentindo isso outras vezes em relação a garotos, mas não era a mesma coisa, agora é mais forte.

Não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra que saia da boca de Kate ou que estava escrita naquele livro que eu segurava. Olhei mais uma vez pra ele, só que dessa vez ele estava me encarando.

Ai caramba.

Ele fechou o livro e continuou a me encarar, eu não tinha dúvidas que eu estava bem vermelha. Ele franziu um pouco a testa como se estivesse me testando, e então percebi que ele queria ver quem quebraria o contato primeiro. Eu não vou perder. Ah, não vou mesmo. Apertei meus olhos e continuei a olhar até que senti um tapa no meu ombro fazendo com que eu desviasse o olhar. Droga.

— Porra Liza, tô te chamando a um tempão!

— Ai caralho! — Resmunguei irritada. Olhei novamente pra ele e o vi com as sombrancelhas erguidas sorrindo pra mim em um ar vitorioso, não aguentei e sorri de volta desviando o olhar para minha amiga que estava mais que irritada.

— Agora é sério, se você não for conversar com ele eu te levo nem que seja arrastada. — Kate fala e eu arregalo os olhos com a hipótese.

— Não. Não, não! Kate, não — respiro fundo - Não hoje, ok? — ela bufa mas concorda depois, me fazendo ficar aliviada. Olho novamente pro Harry e o encontro me encarando. Ele sorri abertamente fazendo sua covinha aparecer, me fazendo sorri de volta na mesma intensidade.

Eu nunca namorei pelo simples fato de nunca ter achado a pessoa correta. Mamãe fala que sou jovem demais e que a pessoa certa ainda vai aparecer. Até concordo com ela, tirando o fato que todas as garotas de 18 anos que eu conheço já tiveram um namorado. Claro que já fiquei com alguns garotos, mas nenhum me fez amar. Eu queria saber mais sobre Harry, saber mais que seu nome ou que ele é irresistivelmente lindo. Queria sabe o porquê de ele ter tanto efeito sobre mim.

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Oi de novoo!
Primeiramente: Não achem que a história vai se passar apenas na Biblioteca porque não é apenas lá, ok? Esse é só o primeiro capítulo e muitas coisas ainda vão acontecer!

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